Domingo, 14 de novembro de 2010 - 13h52
O "peão" a serviço do DNIT se distrai com o dominó: rotina dessa pequena Rodoviária, que é quase uma extensão do canteiro de obras da BR-364 /MONTEZUMA CRUZ |
MONTEZUMA CRUZ
Amazônias
JACY-PARANÁ, Rondônia – Uma pausa para o estatutário descanso após o almoço. É assim nesta antiga vila da rodovia BR-364, cortada pelos trilhos e dormentes da extinta Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. “Servimos almoço, salgados e refrigerantes” – anuncia o Bar e Restaurante da Rodoviária, à beira da estrada. Vive cheio.
Nesse local, a 88 quilômetros de Porto Velho, reúnem-se barrageiros da Usina Hidrelétrica de Jirau, operários de engenharia, garimpeiros, viajantes e outros profissionais ou turistas que transitam diariamente na rota Rondônia-Acre. A estrada é muito usada também por bolivianos e peruanos em trânsito para seus países.
Jacy-Paraná foi redescoberta após o início das obras da usina. Para lá concentram suas atenções a Secretaria de Saúde do Município de Porto Velho, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental e a Coordenadoria de Posturas do Município (órgão da Secretaria Municipal de Serviços Básicos).
Novas posturas são agora essenciais no distrito que vem crescendo a passos largos – repetindo-se um velho clichê jornalístico. É que a fiscalização da prefeitura decretou um breque ao esgoto a céu aberto, construções irregulares de fossas e barracas fora do padrão. Alguns desses problemas vêm de longa data, muito antes de o rio Madeira oferecer seu enorme potencial energético aos consumidores paulistas.
De notificação em notificação, de conversa em conversa, de pedra em pedra, de asfalto em asfalto, moradores de Jacy-Paraná vão experimentando esse novo tempo.
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