Quinta-feira, 7 de março de 2013 - 06h34
![]() |
No seringal acreano, movido a bateria, certamente o Programa Luz para Todos tem mais importância que comércio fronteiriço /DIEGO GURGEL |
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Não se vê na lista uma citação apenas aos problemas fundiário e indígena, aos lucros e perdas do setor mineral, aos garimpos de ouro e de diamante, muito menos ao combate à corrupção em órgãos públicos. No entanto, preparem-se: a Comissão de Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional debaterá fibra ótica, transporte e, se o palco iluminado de 2013 permitir, o desmatamento e os investimentos governamentais na região sem saneamento básico, sob o ataque constante da pirataria de plantas, insetos e recursos minerais estratégicos.
Bem antes de a Capela Sistina revelar o novo Papa da Igreja Católica, a Comissão de Amazônia escolhe seu novo presidente: ele é o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que supervisiona um colegiado integrado por parlamentares do Norte e do Nordeste.
![]() |
Goergen é do Rio Grande do Sul, cumpre o primeiro mandato de certamente necessita uma dúzia de viagens a estados amazônicos para certificar-se da gravidade dos seus problemas /BRASIL247 |
Gorgen declarou em Brasília que centrará discussões em "temas relacionados à integração nacional e ao desenvolvimento regional". Prioridade para ele é a instalação de free shops em áreas de fronteira, medida já aprovada no Congresso mas pendente de regulamentação. Uma pena que a visão sulista da Amazônia Brasileira se restrinja aos encantos do mundo globalizado. Por esse ótica, vale mais o comércio do que o leque de problemas, cujas soluções são adiadas a cada ano.
Diz a biografia do parlamentar gaúcho que esse é o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Não se sabe se um dia visitou algum estado amazônico e também ignora-se o seu conhecimento geográfico e político do imenso continente amazônico. No entanto, já está ele, presidindo a importante comissão. Goergen foi titular das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania; e de Finanças e Tributação.
O deputado é advogado, e nessa condição pode muito bem contar com valorosa assessoria para apoiá-lo na investigação de negociatas fundiárias, do abandono à saúde dos povos indígenas, e do emperramento de programas de hidrovias. Uma assessoria capaz de fazê-lo pôr na ordem do dia as mudanças climáticas, o financiamento e assistência técnica à agricultura em projetos do Incra, e tantos outros itens que implicam a edição de uma cartilha de recomendações.
Parlamentares amazônicos, os senhores têm por obrigação apontar o fim do túnel ao recém-chegado parlamentar suilista, indicando-lhe a pauta completa, inadiável. E, se possível, aceitarem pôr à mesa todos os temas mencionados.
Ditadura deu cadeia a militar que governou Rondônia duas vezes, operando milagres
A história do tenente-coronel paraquedista Abelardo e Alvarenga Mafra, ex-governador do extinto Território Federal do Guaporé não aparece em livros, t
Bacellar agrada no 1º ano de governo
Em 1º de janeiro de 1918, passados 107 anos, a edição nº 65 do jornal Alto Madeira via "tudo azul", ou seja, o Estado do Amazonas estava bem em sua gi
O agrônomo William Curi teve efêmera passagem pela Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, onde ensaiou seus passos políticos, sem obter o mes
Gênese rondoniense (3) – No xadrez sucessório, a continuidade de Cury espremeu Teixeirão
Depois da exoneração de William Cury e do êxito do Polonoroeste, o INCRA daria conta de titular 3,4 milhões de hectares de terras em Rondônia, somando