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Montezuma Cruz

Amazônia: Sipam é forte ferramenta de apoio



Sipam é forte ferramenta de apoio
ao Plano Amazônia Sustentável


AGÊNCIA AMAZÔNIA (*)

BRASÍLIA – O Sistema de Proteção à Amazônia (Sipam) está em condições de dar suporte técnico ao Plano Amazônia Sustentável (PAS). A afirmação foi feita pelo gerente do Centro Técnico de Operações daquele órgão, José Neumar Morais Silveira, ao avaliar a visita feita no sábado à região, pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. "Foi positiva a visita. Entre as diretrizes estratégicas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira, o Sipam pode contribuir em 11 das 18 estratégias de monitoramento e controle ambiental", garantiu Silveira.

Acompanhado de representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente, Minas e Energia, Integração Nacional e Agricultura, Unger conheceu os programas desenvolvidos pelo Sipam e demonstrou interesse por um deles: o Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE). Via satélite e com imagens de alta resolução, o ProAE monitora os desmatamentos em terras indígenas, unidades de conservação federais e estaduais. Caracteriza-se por detectar desmatamentos em sua fase inicial e, desta forma, funciona preventivamente. Com o programa, o Sipam emite alertas para que os órgãos ambientais executem suas ações de repressão aos desmatamentos.
Aviões vigiados

Os participantes também conheceram o GeoSipam, uma ferramenta baseada em sofware livre, mantida pelo Sipam para armazenamento e manipulação de dados espaciais, com acesso livre via internet pelo site www.sipam.gov.br
Outra ferramenta que chamou a atenção da comitiva foi o GPIS, um sistema de monitoramento de aeronaves no espaço aéreo brasileiro, principalmente nas áreas de fronteira e que serve como fonte de informação para os órgãos de repressão ao tráfico internacional de drogas.

Comitês de queimadas voltarão a funcionar 

Amazônia: Sipam é forte ferramenta de apoio - Gente de Opinião
Os participantes da Oficina Pré-Seca, no final do encontro /ASSESSORIA

RIO BRANCO, AC – A 2ª Oficina Pré-Seca promovida pelo Sipam encerrou-se na semana passada com diversas propostas de articulação e cooperação entre os órgãos ambientais para a prevenção e combate às queimadas no período de estiagem. Instituições públicas de Mato Grosso, Rondônia e Acre participaram. Elas estabeleceram um cronograma de atividades com a formulação de planos de trabalho para ações efetivas.

De acordo com a coordenadora do grupo de trabalho sobre queimadas, a meteorologista Luciana Teles, o eixo que norteou os trabalhos foi a qualidade do ar na região. A saúde das pessoas sofre com as queimadas nesses estados. O grupo decidiu reativar os Comitês Estaduais de Prevenção às Queimadas. No Acre, o comitê atua constantemente desde 2005. Em Rondônia ele foi criado em 2004, mas a atuação se concentra atualmente apenas no combate ao fogo. Em Mato Grossso ele também está em fase de estruturação.

O Sipam quer contribuir com as instituições, definindo quais os tipos de análise necessários para o controle da qualidade do ar e o planejamento de uma rede de monitoramento que consiga abranger os três estados. Pretende ainda buscar verbas nas instituições de fomento. A terceira prioridade será o uso da tecnologia na detecção efetiva das queimadas. "Vimos a necessidade de criar um grupo de pesquisa com foco no monitoramento via satélite da região", destacou Luciana. Lembrou que é possível apontar a localização exata desse fenômeno. "Assim, os órgãos ambientais terão mais condições de reprimir quem queima e em tempo mais rápido", previu.

Seca nos rios

Qualidade e quantidade das águas nos rios também está na mira dos técnicos. A Agência Nacional das Águas (ANA) informou que quatro sensores de qualidade de água serão instalados para atender as demandas dos estados do Acre e Rondônia. Os rios Acre e Madeira já foram definidos para receber os equipamentos, faltando apenas estabelecerem as exatas localizações dos sensores.

Outras ações no monitoramento das águas: a instalação de mais estações pluviométricas (que medem a quantidade de chuva) e fluviométrica (que medem o nível do rio), e a substituição de sensores convencionais por automáticos, com transmissão de dados via satélite em pontos prioritários.

Água durante o período da estiagem também motivou decisões. "O desmatamento da floresta, principalmente das matas ciliares, intensifica a escassez de água nos rios nesta época de seca. A construção de barragens para impedir que os rios sequem não é uma solução eficaz. Então, optamos por outro método de trabalho que é a recomposição das matas ciliares e utilização de técnicas de manejo do solo", disse a coordenadora do grupo, Tatiane Checchia.

(*) Com informações de Luiza Archanjo, da Assessoria de Imprensa do CTO do Sipam em Porto Velho.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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