Quarta-feira, 8 de abril de 2009 - 07h11
Regularização fundiária da Amazônia
deve sair dentro de duas semanas
Montezuma Cruz
Agência Amazônia
BRASÍLIA – Dois anos são suficientes para que os estados amazônicos concluam o zoneamento agroeconômico e ecológico. Foi a posição defendida na tarde desta terça-feira pelo presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), durante reunião com líderes partidários, deputados da Comissão da Amazônia, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, para debater a Medida Provisória 458/09, que trata da regularização de terras na Amazônia Legal. "Três anos é tempo demais", ele queixou-se.
Ao final de três rodadas de café servidas na sala da liderança do Governo, o relator da matéria, deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) negou que a lei “seja um incentivo à invasão da floresta”, como vêm criticando organizações ambientalistas. Atualmente, a Amazônia tem 67,4 milhões de ha de terras federais não destinadas, o que representa 13,42% da área total da região. Na região, 172 municípios têm a totalidade de sua sede situada em terras federais não destinadas. No Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária existem mais de 260 processos com pleitos de doação para municípios.
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| Zequinha: três anos é tempo demais / M.CRUZ |
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Cassel (2º da esq. p/dir.): 100 milhões de hectares serão regularizados / M.CRUZ
“Falta de títulos produz a violência”
BRASÍLIA – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse que o problema da regularização fundiária na Amazônia é de legislação e previu a votação para o prazo de duas semanas. “Esta negociação antecipada entre os líderes partidários permite deixar poucos pontos pendentes”, observou. Cassel advertiu que a colonização sem a titularidade das posses gera um clima de violência”. Disse que, no cotidiano da pistolagem e da falta de documentação, o colono “está sujeito à insegurança jurídica e será vítima em potencial”.
Segundo o ministro, detectar o desmatamento não é difícil, mas considera um entrave saber exatamente a quem punir pelos excessos. Cassel distribuiu um mapa atual da situação fundiária da Amazônia Legal, no qual constam 67,5 milhões de ha de áreas arrecadadas da União; 120,1milhões de ha de terras indígenas; 38,3 milhões de ha de assentamentos; 65,9 milhões de ha de unidades de conservação federais; 57,1 milhões de ha de unidades de conservação estadual; 49,4 milhões de ha de áreas arrecadadas do Instituto de Terras do Estado do Amazonas; 15,1 milhões de imóveis (certificados e títulos em Rondônia); 7 milhões de ha do Estado Maior das Forças Armadas; e 81,9 milhões de ha de outras ocupações. “É inaceitável que o Estado Brasileiro não saiba quem ocupa suas terras”, alertou.
Os estados amazônicos controlam mais de 100 milhões de ha em condições de serem regularizados. Por que a regularização fundiária não é massiva na Amazônia? – questiona o ministro. Ele próprio afirma que a legislação trata a regularização fundiária como uma exceção e não como uma política ativa, o que ocasiona um conjunto de exigências quanto à comprovação do tempo de posse, forma de pagamento, regras de mensuração e certificação do imóvel e condicionamentos para o devido registro.
“Tampouco, assinala Cassel, há uma diferenciação de regras entre imóveis da Amazônia e o restante do Brasil. Exemplo: um ribeirinho na mais remota região amazônica tem as mesmas exigências de documentação e obrigações que o ocupante de uma área pública do interior de São Paulo”.(M.C.)
Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopiniao e da Opinião TV.
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