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Lucio Albuquerque

O silêncio ensurdecedor da morte do lado errado - Por Lúcio Albuquerque


Tenho dito, e já escrevi, que sou favorável ao movimento dos caminhoneiros, mas também tenho dito e escrito que sou contra a violência, a ameaça a quem pretende trabalhar e ao direito líquido, mas não certo, porque o poder público tem sido omisso nisso, de ir e vir – prova maior são mobilizações do MST e agora dos caminhoneiros.

Quarta-feira desta semana duas cenas de violência clara, uma quando um cegonheiro tentava continuar sua viagem foi agredido vil e estupidamente por – supostamente – condutores de carretas em greve. No mesmo dia, e bem aqui dentro de Rondônia numa ação típica de brutalidade, um caminhoneiro foi morto atingido por uma pedrada apenas porque queria continuar a viagem.

Do lado do governo as citações vazias de sempre – pelo menos até esta quinta pela manhã, típicas de quem não quer efetivamente agir em defesa da coletividade. O ministro anuncia medidas que estão sendo tomadas medidas duras etc e tal, mas em nenhum momento o Governo, através de seus porta-vozes incluindo aí o próprio presidente da República, tem a coragem de admitir que se há uma culpa no contexto o grande culpado é justamente o poder público.

É apenas uma das faces da moeda, mas há outra: a representada por aqueles setores, incluindo dentro  do próprio poder público, como é comum ouvir-se de diversos segmentos da população, citando que “basta um policial olhar de forma dura” para quem cometa uma ilegalidade logo aparecerem entes que dizem representar “direitos humanos” para criticar e, como aquela rainha louca de “Alice no país das Maravilhas”, saia bradando “cortem-lhe a cabeça”. Pior que, talvez por ligações extra-profissão ou outro motivo, logo a imprensa adere às acusações e assim confirma aquilo que Winston Chuchill dizia sempre; “Não há opinião pública. Há opinião que se publica (*)”.

(*) A frase era muito repetida entre nós pelo governador Jorge Teixeira e duas vezes que eu citei que Teixeira não era o autor fui criticado. Como àquelas ocasiões sugeri à dupla que lessem sobre o assunto.

Sim, no caso da impacto da morte do caminhoneiro, o que se ouve de quem deveria já estar urrando contra aquele absurdo é um silêncio ensurdecedor, que, lógico, não seria igual caso – e torço muito para não acontecer isso – fosse um dos grevistas a vítima.

Considere-se dito!
 



ONDE A EXTORSÃO PASSA LONGE
 

Um amigo que tenho em Aracaju, e que só conheço pelo apelido, Kiko, manda um recorte interessante para demonstrar diferenças entre alguns países, que sofrem autênticas hecatombes, e o Brasil.

EUA 2005: Furacão Katrina – Após os estragos o comércio vendia bens a preço de custo para ajudar a população.

Japão 2011: Tsunami – população comporá o estritamente necessário para não prejudicar outras pessoas.

França: Atentados terroristas – Taxistas desligam taxímetros e fazem corridas grátis.

BRASIL: Greve de caminhoneiros -  Comerciantes vendem gasolina a mais de 200% do preço comum, supermercados logo esvaziam prateleiras, feirantes vendem hortaliças e frutas a 400% acima do valor normal.

Só há um raciocínio a fazer, diz o recorte: “Não há governo honesto com população corrupta e nem governo corrupto com população honesta”.


DATAS DE RONDÔNIA

Junho

Dia 1 – Em 1948 – O governador Frederico Trotta assina o decreto 83, criando a Biblioteca Pública “Raimundo Morais”, inaugurada no dia do mesmo mês (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Rondônia)

Dia 2 – Em 1909 – à frente de uma comitiva formada por militares e cientistas, Rondon inicia, na serra da Juruena (MT) a caminhada para a Serra do Norte e o Rio Madeira (Amilcar Botelho de Magalhães, Pelos Sertões do Brasil)

Inté outro dia, se Deus quiser!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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