CONTA GOTAS 26/06/10

Ao final leia a coluna Olá, doutor!,
discutindo Eficiência x Eficácia

PARINTINS

Começou nesta sexta-feira o Festival de Parintins, e vai até domingo. A Bandeirantes trazendo toda a festa a partir das 21 horas. Na abertura, o Garantido, que tem maior número de títulos da festa, já deu a primeira mostra do que vem por aí na luta contra o Caprichoso: o apresentador vermelho-e-branco foi trazido por um guindaste, descendo de 50 metros dentro do bumbódromo. Faço o convite. Vale a pena assistir.

JOGO

Caso o Brasil passe para as semi-finais do Mundial, o jogo será dia 6, data pré-agendada pela Academia de Letras de Rondônia para realizar o seminário 50 anos da BR-364. Então, o jeito será a ACLER e o Departamento de História e Arqueologia da UNIR , promotores do evento, reposicionarem o seminário, provavelmente para dia 7. Mas as inscrições estão abertas no emeio [email protected].

ENGOLINDO

O Banco do Brasil precisa, com urgência, mandar trocar seus equipamentos tipo caixa eletrônico. Na agência da Presidente Dutra é comum clientes encontrarem o recado alegando que não sai recibo. Nesta sexta-feira fui sacar na agência central e a máquina alegou que não conseguiu concluir a contagem das cédulas. Mas debitou na minha conta como se tivesse feito toda a operação. Resultado: Tive de esperar acabar o jogo do Brasil para resolver o problema.

CORREIOS

E aí? Falta carteiro? E o concurso? Uma empresa que alega ser tão organizada, precisa com urgência provar isso com fatos concretos.

E AQUI?

No Rio de Janeiro, dezenas de mautoristas por causa da bebedeira após jogo do Brasil. E aqui? Até quando vamos ficar no ora veja?

FESTIVAL

Temos dia de tudo no Brasil. O presidente Lula sancionou esta semana a Lei 12.267/21.6.2010, criando o Dia Nacional da Cidadania, 5 de outubro.

E nos outros dias não se exerce a cidadania? Cidadania, conforme nosso sábio presidente, só dia 5 de outubro. Portanto só me cobrem prática de cidadania no dia que o presidente mandou. Nos outros, nem me venha com essa palavra.

LEMBRANDO

5 de outubro, para quem não se lembra, foi, em 1988, o dia da Promulgação da atual Constituição, transformada em colcha de retalhos.

Olá, Doutor!

Eficiência x Eficácia

É, doutor, não sou exatamente a pessoa certa para debater futebol, até porque sou dos que se tiver de escolher entre olhar as meninas da seleção de vôlei (campeã olímpica, doutor) e o time do Dunga, fico com as meninas. Não só porque gosto de voleibol, mas porque enchem-me mais os olhos do que ver um bando de homens correndo atrás de outros homens, ainda que a bola seja o alvo deles.

Mas, doutor, como gosto de história, sempre é bom lembrar outros casos passados para entender, e até aprovar, o futebol feio (segundo comentaristas e outros que andei ouvindo e lendo) da seleção brasileira nesta sexta-feira. Foi eficiente? Se o senhor considerar “eficiente” como gols, aí você coloca de lado e torce o nariz. Mas, doutor, se considerar como eficaz, dentro do conceito do resultado, o time foi eficaz.

Ora, doutor, o que a história tem a ver com o empate num futebol de trombadas, com a gente tendo de aturar (conforme experts que andei ouvindo) o Júlio Batista, o Josué e o Gilberto, mas, paciência, faz parte do show da vida.

Não nego: durante os 90 minutos de jogo saí pelo menos quatro vezes de frente da televisão e se assisti realmente a 20 minutos do jogo foi muito. Portanto, não considere, doutor, que aqui eu vá analisar jogadas e táticas.

Meu caso é outro. Doutor, o Brasil, no futebol, sempre jogou para a frente. Lembra da seleção de 1982, badalada, mas que não ganhou nada, porque foi eliminada pelo Paulo Rossi (quero dizer, pela Itália)? Pois é, doutor, o Brasil não precisava se desgastar tanto, porque um empate bastaria. Não foi eficaz.

Nesta sexta-feira, doutor, o time foi eficaz. Não agradou aos olhos? Dane-se quem achou isso, só porque não ganhou. No entanto, doutor, fez o que importava, somou mais pontos, ficou em primeiro na chave, e (recorro-me, doutor, novamente, aos experientes comentaristas de várias emissoras) terá pela frente uma sequência teoricamente mais, digamos, encaráveis.

Está certo, doutor, o senhor é dos que defendem a tese de que time que quer ser campeão não pode escolher adversário. Eu entendo isso, doutor, mas, convenhamos, se eu posso ir de ônibus leito para Ji-Paraná, por que vou querer ir de ônibus duro, sem conforto?

Por isso, doutor, é que acho que o Dunga e o time foram eficazes.

Só espero, doutor, que nas próximas some a eficiência à eficácia.

Inté outro dia, se Deus quiser!
 

Lúcio Albuquerque
[email protected]