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Gente de Opinião

Dom Moacyr

Leigos, protagonistas da evangelização!



Hoje, solenidade de Cristo Rei e encerramento de mais um ano litúrgico, celebramos também o Dia dos Leigos e Leigas, forças vivas de nossa Igreja. O Concílio Vaticano II resgatou seu papel fundamental como membros do povo de Deus e protagonistas da Evangelização e da promoção humana. No documento de Aparecida, ficou expresso que os leigos e leigas são discípulos missionários, luz do mundo, onde quer que se viva, trabalhe, reze e se divirta. São "homens e mulheres no coração do mundo, e mulheres e homens do mundo no coração da Igreja" (DAp 209).

Ressaltamos com esta celebração, a importância da organização dos leigos em nossa Arquidiocese, que, além de constituírem a maioria da Igreja, são chamados a ser sal, luz e fermento neste chão da Amazônia, participando nos diferentes campos de inserção na Sociedade e se colocando a serviço do reino de Deus e da igreja através das diversas pastorais, organismos, movimentos e serviços na promoção da vida. Sem os leigos a Igreja não realiza sua missão

Por isso, alegramo-nos com todos os que assumem a sua vocação batismal e a dimensão eclesial da própria fé no exercício de um ministério eclesial ou na presença transformadora e santificadora no mundo.

Campanha da Evangelização 2010

Dia 21 de novembro marca o início da Campanha da Evangelização em todo o Brasil, com o tema: “Encarnação e nova criação”(Gal 6,15), e o lema: “Em Cristo, somos novas criaturas”(2Cor 5,17).

A Campanha para a Evangelizaçãoquese integra à Campanha da Fraternidade 2011 e à Campanha Missionária, tem como eixo centralde reflexão o mistério da Encarnação e procura pensar a missão evangelizadora como caminho para o que o Evangelho seja encarnado na realidade, colocando o seu foco no anúncio.Ela vai refletir sobre a nossa responsabilidade enquanto evangelizadores diante da questão climática.

O objetivo geral da Campanha para a Evangelização é despertar nos fiéis a relação entre a fé e a vida, através da conscientização sobre a responsabilidade diante da vida no planeta como elemento essencial para a realização do trabalho evangelizador a fim de que, pela palavra, pela ação e pela doação pessoal e material, todos contribuam de maneira mais efetiva para a ação evangelizadora da Igreja.

Tendo como Objetivos específicos relacionar o tempo do Advento com a missão evangelizadora da Igreja e mostrar a relação entre o Batismo, a obrigação, o direito e a necessidade da participação de todos na ação evangelizadora da Igreja a Campanha da Evangelização deste ano quer ainda mostrar a responsabilidade de todos diante da criação como exigência de testemunho de coerência entre o que anunciamos e o que vivemos, motivando a todos para que contribuam espiritual e materialmente para a ação evangelizadora da Igreja no Brasil, nos Regionais da CNBB e nas Dioceses.

Esta Campanha acontece no Advento para que reflitamos na resignifição do natal como o anuncio de Jesus Cristo, a grande festa do mistério de Deus encarnado na historia humana. É o momento de rever nosso testemunho e a ação evangelizadora, tornar-nos membros vivos da Comunidade de Cristo, assumir o projeto de evangelização como adesão ao projeto do Pai.

Evangelização e Advento

A Campanha para a Evangelização, além de estar em perfeita harmonia com o espírito do tempo do Advento, também tem a finalidade de angariar fundos que garantam a continuidade da obra evangelizadora no nosso país.

Esta Campanha, assumida por todos nós, nasceu em 1998 visando despertar os batizados para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil. A colaboração dos fiéis é partilhada, solidariamente, entre os organismos nacionais da CNBB, os seus 17 regionais e as dioceses, visando à execução das atividades evangelizadoras, programadas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora e nos Planos Bienais.

Contribui para a superação da mentalidade individualista e da visão subjetiva da religião por uma atitude solidária, voltada para o bem comum; propõe a vivência de uma fé adulta, testemunhada em atitudes e ações coerentes de conversão pessoal permanente e de transformação social segundo as exigências evangélicas; garante recursos para fazer o trabalho da Evangelização seja nas regiões pobres, como a Amazônia e a periferia das grandes cidades, ou nas ações mais estratégicas, como a realização de grandes encontros nacionais como os de leigos, de Comunidades Eclesiais de Base, e ajudar na manutenção da própria CNBB com seu Secretariado Geral e seus Secretariados Regionais.

A Igreja precisa, como Jesus, fazer-se solidária com as pessoas seja qual for a sua situação, e precisa da solidariedade de cada batizado para dispor de recursos para realizar sua missão. A Evangelização precisa contar com a generosidade de muitos que, como as mulheres do Evangelho, ajudem com os bens que possuem e ofereçam a força do apoio fraterno que anima e renova.

Solidariedade na Evangelização é, primeiramente, dispor-se a ser evangelizado.

Quem está em verdadeiro processo de Evangelização se torna evangelizador. A experiência do encontro vital com o Senhor modifica a vida da pessoa e impulsiona a anunciar a outros a feliz descoberta. No tempo de Advento, de modo especial, deve ser forte o questionamento: quem experimenta o imenso amor de Deus Pai pode ficar parado, indiferente diante de tantas pessoas que não chegaram ao conhecimento de Cristo, Verdade que liberta e salva a humanidade, ou já esmoreceram na fé?

A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para canalizar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso País. Com isso, segue o exemplo das primeiras comunidades, às quais Paulo recomendava que os que têm “se enriqueçam de boas obras, dêem com prodigalidade, repartam com os demais” (1Tm 6, 1; e 2Cor 8, 12).

A coleta nacional para a evangelização acontece no 3o Domingo do Advento, que neste ano acontece nos dias 11 e 12 de dezembro.

Conversão e Evangelização missionária

“Temos que ser de novo evangelizados”, afirma Pe. Estêvão Raschietti. Todos os batizados são chamados a recomeçar a partir de Cristo (DAp 549).

Na mudança global a Igreja precisa ser evangelizada de novo para converter-se numa Igreja cheia de ímpeto e audácia evangelizadora (DAp 549). Conversão é um convite para Igreja e não, primeiramente, para o mundo. O conteúdo dessa conversão consiste no surpreendente e profundo re-encantamento com a essência do Evangelho, um Evangelho assumido e vivido não como doutrina, mas como “práxis de vida baseada no dúplice mandamento do amor”.

O motivo da conversão missionária não é novo. “A graça da renovação não pode crescer nas comunidades, a não ser que cada uma dilate o campo da sua caridade até aos confins da terra e tenha igual solicitude pelos que são de longe como pelos que são seus próprios membros” (AG 37).

O princípio da missão consiste no seguinte: não podemos esperar que as pessoas venham a nós, precisamos nós ir ao encontro delas e lhes anunciar a Boa Nova ali mesmo onde se encontram.

Fonte: Pascom

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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