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Ciro Pinheiro

Antônio Nóbrega que Porto Velho não viu



Porto Velho deixou passar a rara oportunidade de aplaudir um dos mais completos artistas brasileiros, que fez uma apresentação sábado, dia 18, no Teatro Um - SESC, com quase a metade da arena vazia. Antônio Nóbrega, pernambucano famoso, apresentou uma aula-espetáculo - encerrando a terceira edição do “Rumos Educação, Cultura e Arte 2011-2013” (Itaú Cultural). Antônio Nóbrega que Porto Velho não viu - Gente de Opinião

Antônio Nóbrega apresentou a aula espetáculo “Mátria, Uma Outra Linha de Tempo Cultural”, com quase 1 hora e meia de duração, reunindo música e dança entremeadas da exibição de vídeos e comentários sobre uma linha de tempo da cultura brasileira que, concebida por ele, destaca a prevalência não européia e a considerada popular. Ele fez considerações sobre a cultura brasileira e a européia, além das peças do samba, da tradição oral e da música clássica.

Nóbrega é um caso excepcional no Brasil. Com quase 60 anos de idade e 38 trabalho, ele canta, dança e toca, mistura obras da tradição oral e autorais, como sambas de Nelson Cavaquinho, canções de Dorival Caymmi e dele próprio, com peças coreográficas sobre música de Bach, além de outras atrações que, em Porto Velho, prenderam a atenção dos presentes (dos poucos presentes), tanto pelo seu conteúdo, como pela forma de harmonizar o discurso com a performance inimitável. É destaque na criação de nosso folclore, da literatura de cordel, do circo mambembe, das folias carnavalescas, trabalho de um artista com formação erudita que se dedica a resgatar as melhores tradições nas artes populares. Ele é um brincante que cuida da arte procurando educar divertindo, usando os mais diversos elementos que possam contribuir para transformação da sociedade.

Rondônia foi o último estado a receber a equipe de Antonio Nóbrega que, apesar de pouco visto, manifestou o desejo de voltar a Porto Velho. Ele pretende promover debates, oficinas e palestras visando, na sua área a defesa da Cultura. Foi notada, no Teatro do SESC, com entrada franca, a ausência de gente da área cultural, artistas, estudiosos, educadores, estudantes, jornalistas, folcloristas e pesquisadores. Não sabem o que perderam.

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Fonte: Ciro Pinheiro - [email protected]
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