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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 22/09/10


Uma coluna sem papas na língua 22/09/10 - Gente de Opinião


 

 

Uma coluna sem papas na língua 22/09/10 - Gente de OpiniãoQuadro inalterado

 

Faltando agora apenas 12 dias do pleito de 3 de outubro vai se confirmando em Rondônia a realização de eleições em dois turnos. Os últimos debates não tem interferido e o governador João Cahulla (PPS) e o ex-prefeito de Ariquemes Confúcio Moura (PMDB) vão se encaminhando para a próxima etapa, enquanto que ao Senado embolam Ivo Cassol (PP) e os atuais senadores Valdir Raupp (PMDB) e Fátima Cleide (PT).

 

Uma coluna sem papas na língua 22/09/10 - Gente de OpiniãoEm vantagem

 

Na disputa pela ponta no primeiro turno em Rondônia, o candidato do PMDB Confúcio Moura vai levando vantagem sobre o oponente João Cahulla (PPS) no voto urbano. Em contrapartida, o candidato governista vai levando a melhor no voto rural. Fazendo as contas, tocará para Cahulla dançar com a mais feia do baile: o transporte dos eleitores na roça esta prejudicado em várias regiões do estado.

 

Uma coluna sem papas na língua 22/09/10 - Gente de OpiniãoCâmara Federal

 

Na disputa para a Câmara Federal em Rondônia, já é previsível uma renovação de quadros já que os atuais deputados federais Eduardo Valverde (PT) disputa o governo estadual e Ernandes Amorim (PTB) desistiu da reeleição e pleiteia uma cadeira a deputado estadual.  Despontam dois nomes embalados no interior – Carlos Magno (PP –Ouro Preto do Oeste) e Padre Tom (PT- Zona da Mata) e um novato na capital – Israel Xavier (PT).

 

Uma coluna sem papas na língua 22/09/10 - Gente de OpiniãoA representatividade

 

Os municípios de Ji-Paraná (mais de 80 mil eleitores) e Cacoal (cerca de 60 mil votantes) desenvolvem fortes campanhas para aumentar as suas representações parlamentares na Assembléia Legislativa e Câmara Federal. A campanha pelo voto local tem sua razão de ser: a fragmentação de votos nestas cidades pólos tem reduzido a eleição de deputados nas últimas jornadas, beneficiando cidades de pequeno e médio porte.

 

Eleições nos estados

 

Quem vê a presidenciável Dilma Roussef nadando de braçadas e encaminhada para se eleger em primeiro turno, pode até acreditar que os tucanos estão levando uma sova do PT no Brasil inteiro.  Na disputa aos governos estaduais, no entanto, os tucanos estão levando a melhor, um consolo para a passarada.

 

No controle tucano

 

 O PSDB esta garantindo vitórias expressivas no Paraná, com Beto Richa; em São Paulo com Geraldo Alckmin; em Minas Gerais com Antonio Anastásia; em Goiás, com Marconi Perilo; no Pará com Simão Jatene e Roraima com Anchieta Júnior. E o aliado DEM esta emplacando os governadores de Santa Catarina, com Raimundo Colombo e Rio Grande do Norte, com Rosalba Carlini.

 

PT nos estados

 

O PT tem uma performance apenas razoável nas disputas estaduais. Os petistas lideram a corrida no Rio Grande do Sul, com Tarso Genro; no Sergipe com Marcelo Deda; na Bahia com Jaques Wagner; no Distrito Federal com Agnelo Queiroz e no Acre com Tião Viana. Sempre lembrando que o PT sacrificou candidaturas em vários estados para o projeto de eleger Dilma.

 

A verdinha sobe

 

Ainda sobre as eleições 2010, já é possível constatar um salto da presidenciável verdinha Marina Silva em vários estados, como já ocorre no Rio de Janeiro. O crescimento da acriana também  é detectado no Paraná e nos estados de maior presença evangélica, como Espírito Santo e Rondônia. Se crescer mais um pouco na região Sudeste poderá ajudar o tucano José Serra cavar segundo turno.

 
 

Do Cotidiano

Uma campanha perdida

A expressão “voto de Minerva” é uma herança que vem da tragédia grega Eumênides, de Ésquilo. Na peça, escrita cerca de 500 anos antes de Cristo, há uma lição ainda plenamente válida para hoje, mais de dois mil anos depois de Cristo: “Um voto a menos pode provocar uma grande desgraça; um voto a mais basta para levantar uma casa”.

Sendo assim tão importante o voto, as eleições deveriam servir para debater os rumos de uma comunidade, um Estado, um País. No entanto, as campanhas eleitorais no Brasil vêm se perdendo entre denúncias, batalha de egos e factóides.

Dossiês, corrupção investigada por arapongas para só denunciar em épocas de eleições ou para fazer chantagens, distorção de declarações, ataques pessoais, uma grande falta de respeito pelos semelhantes e pela população têm sido práticas lastimáveis mas corriqueiras em muitos partidos. Eles apoiam atitudes insensatas por acreditá-las boas fontes de votos, não importa que ao preço da honra de um inocente ou da conivência com o crime no tempo em que se guarda informações a respeito de atos dolosos sem fazer a necessária denúncia.

Dentre outras coisas, a campanha eleitoral de 2010 se perdeu por uma completa ausência de debates sérios sobre os rumos nacionais. Os espetáculos midiáticos da TV se mantiveram ao largo dos graves problemas do País e estiveram longe de identificar consensos ou mesmo o entrechoque de diferentes concepções a respeito de itens essenciais como as reformas tributária e previdenciária.

Ninguém ouviu dos candidatos uma palavra séria e corajosa sobre a necessidade de fazer ajustes fortes na máquina pública, que não vai bem das pernas. O que se ouviu foi à velha cantilena das promessas de salários maiores, bolsas mais generosas, tudo considerado “prioridade”.

Os repasses do Fundo de Participação dos Municípios vêm minguando nos dois últimos anos. Por que? Simplesmente porque a crise mundial, que não afetou o Brasil em nada, segundo o que se acredita, afetou “apenas” os municípios, que é onde vivem os cidadãos.

Ora, se afetou os municípios, afetou a população inteira do País. Acreditar que a crise não alcançou o Brasil é o mesmo que cair em outra esparrela corrente – a de que o Brasil quitou suas dívidas.

Claro que os municípios estão impedidos de tomar dinheiro para custear suas necessidades e se endividar, mesmo tendo patrimônio para garantir o encargo, uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal é especialmente dura com esse tipo de excesso.  

Com isso, a “seca” de recursos ameaça muitas prefeituras de pequenos municípios de fechar as portas, sem condições até de repassar o duodécimo das câmaras locais.

 

Uma coluna sem papas na língua 22/09/10 - Gente de OpiniãoVia Direta

 

*** Preso e desmoralizado o candidato Gebrim despencou em Ji-Paraná *** A maioria dos candidatos indeferidos pela justiça eleitoral em Rondônia esta em plena campanha, como se nada tivesse acontecido ***O deputado Mauro Nazif (PSB) vai se recuperando da derrota de 2008 entrando firme na peleja da reeleição.  

 

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Fonte: Carlos Sperança - [email protected]
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