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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 15/04/09




Na estaca zero

Enquanto em alguns estados a sucessão estadual mobiliza os partidos, em Rondônia muita coisa continua nublada. Até na situação, onde se acreditava que o ungido governista João Cahula estivesse garantido para a disputa do Palácio Presidente Vargas, tudo voltou à estaca zero. Despontaram novas chances para o deputado estadual Neodi Carlos (PSDC) e o senador Expedito Júnior (PR), que já está no trecho.



Oposição na espreita

Ainda em termos de sucessão estadual, o que se vê é uma oposição na espera da escalação governista – os nomes dos candidatos ao governo e ao Senado – para então se articular. Espera-se jogar no erro do adversário, numa escalação equivocada do governador. Não será difícil, pois até agora não pintou um nome de consenso e Cahula, Neodi e Expedito buscam a aprovação de Cassol.



Quem é quem?

O fato é que se Cassol, esta em dúvidas para escalar seu time – depende do julgamento de vários “atletas” – e dele próprio – com pendengas na justiça eleitoral e a oposição também se mostra muito indefinida. Só no PT existem três possíveis postulantes ao governo: Fátima Cleide, Roberto Sobrinho e Eduardo Valverde.



Aliança PT/PMDB

Então, o PT precisa se desenrolar para então abrir negociações com o PMDB, seu aliado preferencial que indicará o vice e um candidato ao Senado - no caso Valdir Raupp a reeleição. O PMDB não quer Fátima Cleide como postulante ao governo e ameaça cair fora da aliança ou até lançar um candidato próprio. No caso, seria o prefeito de Ariquemes Confúcio Moura.



A terceira via

Enquanto Cassol e aliados, petistas e peemedebistas continuam enrolados, vai se formando uma terceira via - também ainda sem um candidato ao governo definido. A coalizão seria formada pelo PSDB/DEM/PPS/PDT e PSB. Mas tudo isso poderá implodir se os aliados do governador Ivo Cassol tomarem o PSDB goela abaixo.



Carcará sanguinolento

Como um carcará sanguinolento, o governador Ivo Cassol quer matar a terceira via no ninho. Se tomar o PSDB, como espera, ele praticamente arrebenta esta coalizão de forças, ainda embrionária, unindo o DEM e o PPS a se unir com o PDT e PSB, formando um poderoso agrupamento. Como se vê, o jogo esta catimbado e tudo esta bem complicado para se definir ainda neste ano.



Poder feminino

Pela primeira vez na década, as mulheres entrarão com boas chances de ampliar a bancada feminina na Assembléia Legislativa de Rondônia, atualmente representada apenas por uma deputada, a ex-prefeita de Ariquemes Daniela Amorim. As ex-prefeitas Milene Motta (Rolim de Moura), Lucia Tereza (Espigão Oeste) Inês Zanol (Pimenta Bueno) devem entrar na peleja.



Maior representação

Além das ex-prefeitas, nomes como Glaucioni Néri e Sueli Aragão (Cacoal), Mariana Carvalho (Porto Velho), as Sônias petistas (Jaru e Ouro Preto), Elis (Porto Velho), Lurdinha do PT (P.Médici), Ana da Oito (Nova Mamoré) já estão com as asas crescidas para a disputa das 24 cadeiras da Assembléia Legislativa em 2010. E tem outros nomes pintando com força, no meio feminino.



Articulação funciona

A articulação política do prefeito Roberto Sobrinho funciona bem. Aos poucos a administração municipal vai reduzindo os focos de oposição no Poder Legislativo da capital, atraindo ex-adversários, como o vereador Marcelo Reis (PV), agora guindado líder do governo municipal. Para os petistas um grande negócio. Para Reis, só mais adiante ele vai perceber, os prejuízos eleitorais por virar a casaca.



Do Cotidiano

Os dramas amazônicos

Ao meio de metrópoles desenvolvidas e com maior infra-estrutura como Manaus e Belém, a Amazônia padece com deploráveis índices de qualidade de vida, conforme recente levantamento da agência Amazônia. Para se ter uma idéia do atraso que impera na região, mais de 13 por cento as população da região Norte ainda não é alfabetizada. A maioria das comunidades do interior não tem acesso a todas as séries do Ensino Fundamental e isso tem sido um dos motivos da migração para as cidades, com centenas de jovens deixando o campo. 

Como não bastassem indicativos sofríveis no campo da educação, na área de saúde existe uma outra tragédia: a oferta de leitos nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) é de apenas 1,6 leito para cada mil habitantes. Menos de 40 por cento dos partos são precedidos do necessário pré-natal e 30 por cento das mulheres ficam grávidas com menos de 20 anos.
Com 14 por cento da população sem moradia, a Amazônia até 2003 tinha pelo menos 1 milhão de domicílios com acesso a eletricidade. A universalização, desencadeada pelo governo Lula melhorou esses indicativos apenas nos últimos dois anos.
Tema constante das Campanhas da Fraternidade desenvolvida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB, a Amazônia sofre coma grilagem de terras, devastação ambiental, corrupção, exclusão social, falta de serviços públicos e uma série problemas que exigem soluções rápidas como relata o jornalista Chico Araújo, da agência Amazônia.
Neste cenário é que os povos da Amazônia, uma região de imensa riqueza de biodiversidade e de cobiça internacional, tentam sobreviver e superar todas as mazelas. 

Recente documento da CNBB chama atenção dos brasileiros para a reflexão: “o problema crucial está ligado ao ser humano, As populações da região convivem com os males das desigualdades reinantes no país, como os problemas de direitos humanos, sociais, econômicos e culturais que deveriam ser garantidos a todas as comunidades. E os sucessivos governos, mais preocupados com a exploração das riquezas, pouco fazem para pagar a dívida social as populações. 

Nos dias de hoje, outro grande desafio da Amazônia é o crescimento das populações dos centros urbanos. O processo de urbanização cresceu de forma acelerada e esse crescimento ocorre sem que o poder púbico consiga acompanhar as demandas sociais párea garantir infra-estrutura e as mínimas condições de qualidade de vida.



Via Direta

*** A chegada do verão enseja o início da malha viária da capital arrebentada durante o inverno amazônico *** O corte de despesas na administração estadual indica que a queda na arrecadação abalou os cofres do erário*** Ninguém esperava que o impacto fosse tão grande *** O funcionalismo já está chorando as mágoas *** De tanto chorar os prefeitos conseguiram compensações pelas perdas de FPM. 

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br 
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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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