Sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 - 05h21
Como se fosse um filme de mistério, algo não convencia no caso de um jovem enforcado no teto de uma cozinha em uma casa abandonada no Rio de Janeiro. Os vizinhos garantiam que estava morto há pelo menos quinze dias, mas os exames de praxe, que levam em consideração o estado de conservação, a temperatura e o grau de rigidez do corpo, induziram os peritos a calcular o tempo de morte em apenas uma semana.
Que fazer para tirar a dúvida? Chamar o FBI? A polícia chamou Janyra Oliveira da Costa, perita do Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro, especialista em uma área da ciência que se tornou bastante conhecida por causa dos seriados de TV norte-americanos nos quais de fato o FBI pontifica: a entomologia forense.
Na cena do crime, Janyra concentrou sua atenção não no corpo, mas nas larvas de moscas e besouros que o povoavam e também se espalhavam pelo chão. “A diversidade de insetos era grande, cenário que aponta para um período mais longo decorrido desde a morte”, conta Janyra. “Como o corpo permaneceu o tempo todo pendurado, preservou-se melhor do que se estivesse em outra posição”, explica.
As larvas de insetos que se alimentam da matéria orgânica em decomposição, em uma espécie de reciclagem natural de nutrientes, caíam no chão em vez de permanecer no corpo. A explicação de Janyra fortaleceu a versão dos vizinhos e a polícia ampliou a lista de suspeitos, que passou a incluir pessoas que haviam estado por ali nas duas semanas anteriores.
Dessa forma, os “microdetetives” quase invisíveis começavam a auxiliar de forma decisiva em uma investigação que chegou a bom termo com o apoio de seus testemunhos eloquentes, embora silenciosos.
Trabalhando na identificação das espécies de insetos geralmente encontradas junto aos mortos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Janyra é uma das pesquisadoras que nos últimos anos vem ajudando a desenvolver no Brasil essa especialidade de acordo com a fauna e as características ecológicas daqui, bastante distintas das de outros países.
Mais recentemente, ela tenta incluir a observação da presença e do comportamento dos insetos na rotina da polícia carioca. A razão é que moscas, besouros, vespas e borboletas que se aproveitam dos mortos para nutrir suas proles podem ajudar a esclarecer quando, onde e como um crime ou uma morte misteriosa ocorreram.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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