Sexta-feira, 12 de outubro de 2007 - 07h21
Com a decisão, em caráter definitivo do Supremo Tribunal de Justiça-STJ, que anulou o indiciamento pela Polícia Federal de dois senadores, ganha a impunidade neste Brasil varonil. A medida beneficia a todas as autoridades com foro privilegiado, além de senadores, deputados federais, ministros de estado, presidente e vice.
Encoberto e mantido com o apoio das raposas felpudas da política brasileira no Senado, Renan Calheiros agora enfrenta uma frente suprapartidária formada por senadores e deputados federais para que tirá-lo do poleiro. A tropa de choque de Calheiros é liderada pelo senador rondoniense Valdir Raupp de Mattos, títere de José Sarney, o articulador da permanência do alagoano.
O deputado estadual Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná) explicou que a sua saída do PSL ocorreu opor falta de espaço político no partido e jamais chegou a cogitar que a medida pudesse implicar na perda de seu mandato. "Esta história que eu queria entregar o mandato para o Carlão é balela. Vou defender meu mandato na justiça", explicou.
Maciel também anunciou que estará no mesmo palanque do prefeito José Bianco e não como candidato a vice como foi propalado pela imprensa regional. "Este negócio de acumular cargos dá desgaste na base", arremata. Mas confirmou que se Bianco não for para a reeleição ele entra na peleja pelo Palácio Urupá. "Aí é outra conversa enfrento a tudo e a todos", conclui.
Bode expiatório
Já, o diretório estadual do PSL afirma que Maciel está buscando um bode expiatório pelo seu equívoco e justificar-se na justiça para assegurar o mandato. A presidente regional Silvana Davis informa que quem determinou a caça aos infiéis é o próprio Diretório Nacional enviando um advogado, o Dr. Geraldo Fortes, especialista em direito eleitoral.
Imagem negativa
A imagem negativa de Rondônia no cenário nacional por conta dos deslizes da classe política não acabam mesmo. Seja pelos golpes aplicados na Assembléia Legislativa, pelos rombos no Beron e na Ceron deixados pelos governos passados, agora temos pela frente a Corte da Comissão Interamaericana de Direitos Humanos condenando o Brasil pelas denúncias de tortura e maus-tratos no presídio Urso Branco.
Mudanças no PP?
O publicitário e empresário Miguel Monte já conta com apoio do presidente regional do PP Agnaldo Muniz e do líder da bancada do partido na Assembléia Legislativa, Maurão Carvalho para assumir o comando do Diretório Municipal em Porto Velho. A troca de comando pode acontecer nos próximos dias, desde que haja a concordância da atual Comissão Executiva Municipal.
Novas rodadas
Dois importantes institutos de pesquisas rondonienses entram em campo nos próximos dias para avaliar a situação dos prefeitos dos principais colégios eleitorais e as possibilidades dos pré-candidatos já lançados pela mídia. Em Ji-Paraná serão avaliados as intenções de votos de: 1 Bianco 2 Joarez Jardim 3 Zé Otônio 4 Jesualdo Pires 5 Euclides Maciel 6 Edvaldo Soares 7 Leudo Buritis.
Em Porto Velho
Já na capital, as novas rodadas de pesquisas deverão contar com os seguintes nomes para consultas 1 Prefeito Roberto Sobrinho (PT) 2 Deputado estadual Alexandre Brito (PTC) 3 Deputado federal Lindomar Garçon (PV) 4 Médico Amado Rahal (PPS) 5 professor Adilson Siqueira (PSOL) 6 Mauro Nazif (PSB) 7 Davi Chiquilito Erse (PC do B).
Do Cotidiano
A recontagem do IBGE
Por conta de uma horda de prefeitos furiosos com os resultados do Censo 2007, o IBGE vai começar uma recontagem da população rondoniense nos próximos dias. Na contagem recente, com 311.791 habitantes, o município de Porto Velho se apresentava como o mais populoso de Rondônia e o terceiro da Amazônia, perdendo somente para Manaus e Belém.
Já, Pimenteiras, na fronteira com a Bolívia, no extremo sul do estado, é o menor município rondoniense com apenas 2.341 habitantes. Vilhena foi o que mais cresceu, ultrapassando Jaru, ficando agora na 5ª colocação do ranking das maiores cidades rondonienses.
Embora haja uma enorme gritaria dos prefeitos com relação aos números preliminares do censo e o eleitorado de municípios como Porto Velho 240 mil eleitores sinalize para uma população de pelo menos 360 mil, valores bem maiores do que os auscultados pelo IBGE, sabe-se que o Estado de Rondônia foi objeto de deslocamentos migratórios internos e externos nos últimos anos.
Alguns municípios, toma-se como exemplo Ouro Preto do Oeste, perderam habitantes para novas frentes de colonização em Rondônia, Mato Grosso, Acre e Sul do Amazonas e, também, exportou mão de obra operária para os Estados Unidos, Portugal e Espanha. Atualmente milhares de pedreiros empregadas domésticas, eletricistas e azulejistas da região central estão trabalhando em grandes empreiteiras americanas, espanholas e portuguesas.
O mesmo problema ocorrido na Bacia Leiteira de Jaru e Ouro Preto também foi detectado em Ji-Paraná, cujas perdas demográficas tem a ver com o avanço da exploração da madeira e da pecuária nas regiões da Ponta do Abunã, Buritis e Nova Mamoré, onde pipocaram várias localidades em plena selva nos últimos dois anos.
A rigor, poucos municípios conseguiram números positivos. A própria Buritis, campeã nacional de crescimento na última década, também acabou cedendo migrantes para a Ponta do Abunã e Vale do Guaporé. Mesmo assim teve força para ultrapassar Pimenta Bueno conquistando a décima colocação entre os 52 municípios do estado.
Os números do Censo 2007, no entanto, serão revistos porque muitos municípios se sentem prejudicados com a contagem para efeito de repasses do Fundo de Participação dos Municípios FPM.
Via Direta
*** Os temporais neste inicio de outubro prenunciam um inverno rigoroso em Rondônia *** Quem mora nas regiões mais baixas de cidades como Porto Velho e Ji-Paraná, que já procurem abrigo em vista das rotineiras alagações *** A possibilidade da confirmação de um foco aftosa em Rondônia esta deixando de cabelos em pé os pecuaristas e as autoridades sanitárias *** Ocorre que uma boa parte do nosso PIB é fruto da exportação da carne e seus derivados.
Fonte: csperanca@enter-net.com.brLéo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
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