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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 11/07


Enorme repercussão

 

Repercute em todo o país e com grande destaque nos meios de comunicação da chamada grande imprensa a liberação da licença prévia para a construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira. Isso demonstra a importância dos projetos para todo o país. O Complexo do Madeira e Angra III são as grandes apostas de Lula para o Brasil escapar de um eventual apagão.

 

Baita embrômaichan

 

A aprovação de consulta plebiscitaria para a criação do município de Tancredo Neves, unificando os distritos de Extrema, Nova Califórnia, Vista Alegre do Abunã e Fortaleza do Abunã, não passou de embrômaichan. Para a  criação do novo município, a Ponta do Abunã depende do Congresso Nacional. Mesmo assim tem gente festejando até agora.

 

Grande injustiça

 

No tocando a emancipação de novos municípios, o Estado de Rondônia é o grande injustiçado no país. São Paulo e Minas Gerais, por exemplo. tem municípios com pouco mais de 1 mil habitantes. O município de Tancredo Neves (desmembrado de Porto Velho) nasceria com quase 30 mil almas. Tarilândia (em Jaru), com mais de 15 mil.

 

Mais de uma dúzia

 

Ora, com mais de mil ou dois mil habitantes, como existem municípios em São Paulo, Minas, no Nordeste e no Rio Grande do Sul, Rondônia tem pelo menos umas vinte localidades. Em Porto Velho, além das localidades que formariam o município de Tancredo Neves, temos ainda Abunã, União Bandeirantes, Jacy-Paraná, Mutum Paraná e Calama.

 

Vulcão em erupção

 

A penitenciária Urso Branco voltou a entrar em erupção, como um vulcão. A estratégia das autoridades de segurança pública e da  própria Supen, que foi a contratação de mais agentes penitenciários, de  instalar um comando mais equilibrado, evitou uma chacina de grandes proporções. Mesmo assim teve mortos e feridos. Os amotinados preparavam uma rebelião de arromba.

 

Casa da Mãe Joana

 

Rondônia se transformou mesmo na casa da mãe Joana. Só em 2007 a BR-364  já foi fechada para efeito de protestos, quase uma dúzia de vezes.  É uma bagunça. Todo mundo quando quer protestar apela para a rodovia JK. Sejam Índios, pescadores, madeireiros, grileiros, posseiros ou ambientalistas. Em 2007 só falta os caminhoneiros entrarem nas paradas. Não descartem...

 

Luta contra o nepotismo

 

A batalha contra o nepotismo em Rondônia coloca na berlinda o Ministério Público Estadual, que já ameaça até ajuizar ação civil pública contra os poderes dos municípios faltosos. Vários prefeituras e Câmaras de Vereadores do estado já foram notificados. Em algumas cidades os ajustes já ocorreram. Mas o que fazer contra o “nepotismo cítrico” criado em Rondônia?

 

Nepotismo cítrico

 

O nepotismo cítrico é aquele onde o governante, prefeito, juiz etc coloca, por exemplo, como ocorre em determinados estados, uma  irmã advogada numa pasta importante de sua administração – sem nomeação oficial, mas com todo poder de mando – com um secretário laranja nomeado com ato para disfarçar a coisa. 

 

A Big One

 

Os cientistas já falam na Big One, a mãe se todas as secas, na Amazônia. Mas pelos dados fornecidos pela marinha em Porto Velho, o fenômeno não deve acontecer este ano em Rondônia, pelo menos. O Rio Madeira baixa rapidamente, a navegação já está difícil em 40 pontos críticos no Madeirão até Manaus e a coisa ainda não assusta? E os poços caseiros que já secaram na periferia de Porto Velho?

 

Do Cotidiano

 
Na busca de equilíbrio

 
Os antigos filósofos se debruçaram com todas as suas energias para tentar descobrir o que, afinal, é o Bem e o que seria o Mal. No extremo, cunhou-se uma radical oposição entre um e outro: Bem seria o que se opusesse completamente ao Mal e vice-versa. Esse par de opostos deu numa filosofia ainda hoje cultivada em certos meios – o Maniqueísmo, um sincretismo de várias religiões elaborado pelo persa Mani.
Não se pode, certamente, dividir as árvores segundo um julgamento moral: de um lado, as árvores do bem; do outro, as árvores do mal. No Jardim do Éden havia a árvore que ao mesmo tempo era do bem e do mal, cujo fruto se costuma figurar como a maçã do pecado original. Mas a natureza, em sua complexidade, permite considerar as árvores jovens mais benéficas, pois são fixadoras de CO², e as velhas, como emissoras desse gás, necessitadas de substituição. Na medida em que a humanidade precisa reduzir as emissões de CO², surge naturalmente uma compreensão: mesmo nenhuma árvore sendo especificamente do bem ou do mal do ponto de vista moral – há diversas plantas ornamentais tóxicas –, é desejável que as florestas tenham sempre um estoque maior de árvores jovens, para impedir que a concentração de CO² se apresente como negativa para o ser humano e o meio.

Essa é a tese de Carlos Adilio Maia do Nascimento, um veterano em questões ambientais e empresariais, dentre outras atividades como diretor da Empresa Nacional de Tecnologias Limpas e membro do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria. Sua justificativa é simples: uma floresta é constituída de seres vivos, cujo metabolismo se caracteriza por três fases. A primeira é a fase do crescimento, e a árvore, quando cresce, fixa uma grande quantidade de CO² do ar para transformá-lo em celulose, o tecido vegetal do qual ela é formada. Assim, nessa primeira fase a árvore exerce um papel de purificação da atmosfera através da transformação do carbono em celulose.

Depois vem a fase do equilíbrio, completado o crescimento da árvore, e finalmente a terceira fase, em que a árvore perde a capacidade de defesa imunológica. Atacada por fungos e bactérias, tende a apodrecer. Nesta fase de envelhecimento, a arvore começa a ser emissora de carbono. Em vez de fixar CO², ela passa a emitir. Compreendido esse fato inequívoco da natureza, cabe aos homens em seu benefício favorecer à floresta ser uma grande fixadora de CO² e purificadora da atmosfera.

Aí é que entra o sempre comentado mas raramente praticado manejo florestal sustentável – a retirada das árvores adultas, ao completar seu crescimento, antes que entrem no processo de envelhecimento e emissão de carbono.

 

Via Direta

 

*** Prossegue a polêmica sobre a proibição da pesca no Vale do Guaporé ***  E muitos pescadores das bacias do Mamoré e Guaporé já querem o couro do autor do projeto para fazer tamborim *** Nesta temporada de  feira exposições, Rondônia exibe toda sua força na agropecuária *** O corte de incentivos tributários já causa  debandada de grandes empresas do estado.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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