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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 05/12/09




Rivalidades tribais

As rivalidades tribais se acirram na Ponta do Abunã e podem refletir em problemas na realização do plebiscito. As comunidades de Vista Alegre do Abunã e Nova Califórnia não querem ser transformadas em Distritos de Extrema. Sendo assim, preferem continuar como distritos de Porto Velho, que tem mais recursos.

Boicote à Extrema

Já se teme na região um boicote ao plebiscito, confirmando-se Extrema como a nova sede do município a ser criado. Para as lideranças de Vista Alegre e Nova Califórnia, só Extrema teria a ganhar com a emancipação e, com parcos recursos, puxaria a brasa para a sardinha no que se refere à infra-estrutura. A briga ameaça esquentar. Como conciliar todos os interesses?

Os “contras” tudo

Administrar o município de Porto Velho e o estado de Rondônia não tem sido tarefa fácil. Trata-se de uma capital desunida politicamente, como também é o próprio estado, com cada corrente política pensando no próprio umbigo. Temos os contras às hidrelétricas, os contras as obras de saneamento básico, os contra novo prédio da ALE. Já teve até os contras o shopping. É coisa de louco.

O dedinho governista

Como os 14 deputados contrários à construção do prédio da sede própria da Assembléia Legislativa são governistas (os chamados cassolboys), já se suspeita que a insurreição armada na Assembléia Legislativa tenha um dedinho do Palácio Presidente Vargas. Existem vários indícios apontando para isso.

Emendas parlamentares

Ainda sobre o imbróglio travado no poder Legislativo estadual, acredita-se que os recursos da edificação da nova sede devolvidos ao Executivo, seriam distribuídos em forma de emendas parlamentares para reforçar a campanha 2010 do Grupo dos 14. Os deputados do PT – exceto Ribamar Araújo que luta contra as forças do mal – também preferem a sua parte do prédio em emendas?

Cartões postais

Coube ao prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho transformar dois cartões postais as avessas da capital rondoniense. Primeiro, com a urbanização do célebre canal da rodoviária e agora com a implantação do terminal do porto do Cai N’Água, já com as obras bem adiantadas. Embora apupado por alguns segmentos da oposição, Sobrinho vai fazendo história.

Conferindo na roça

Como todo ano faço, percorro o interior do Estado para ver como as coisas estão para não falar da situação dos municípios por ouvir dizer. Tenho boas informações de Ariquemes, da evolução do quadro administrativo em Ouro Preto. Também as gestões de Alvorada do Oeste e Nova Brasilândia têm recebido avaliações positivas. No entanto, Pimenta Bueno e Guajará, a coisa quase que parando.

Em Guajará Mirim

Como não bastasse o divisionismo político, algo marcante na Peróla do Mamoré, a cidade carece de um projeto de desenvolvimento. Sua economia esta em cacos, não é de hoje. A expectativa é que a construção da ponte binacional sobre o Rio Mamoré, na divisa com a Bolívia, reacenda um novo ciclo de prosperidade.

Viadutos de Pimenta

Já, em Pimenta Bueno, que era denominada antigamente de Princesinha da BR, vitima de sucessivas administrações ineficientes, acabou se transformando no patinho feio da BR. A retomada das obras de dois viadutos parados (elefantes brancos, diga-se de passagem) no ano que vem poderá servir para melhorar a auto-estima da comunidade que aposta num pólo de confecções para reativar sua economia. 

Do Cotidiano

O paraíso da cassiterita


Ela foi desprezada por todos os caçadores de tesouros que percorreram seus grandes e invisíveis “veios”. Em busca de ouro, prata e pedras preciosas, os bandeirantes e exploradores em geral não perceberam que aqueles pedregulhos incômodos e aparentemente inúteis ocultavam em sua composição um metal que viria a se tornar um dos mais importantes para a civilização humana: o estanho.
O estanho não era mais um estranho já no tempo das grandes navegações e dos primeiros passos para a formação do Brasil Colônia. Um dos mais antigos metais conhecidos e utilizados, há registros de seu emprego em objetos de uso cotidiano e armas há mais de cinco mil anos.
Com o chumbo, deu na solda. Com o aço, deu na lata – as embalagens de folha de flandres. São canecas, vasilhas, recipientes, uma infinidade de produtos de uso diário. O estanho protege outros metais da ferrugem, encorpa sedas, combate as cáries nos dentifrícios e protege a agricultura de fungos.
O Brasil abriu o olho para o estanho através da Bolívia, que chegou a ser o principal fornecedor de estanho no mercado internacional no século XX. Quando a revolução de 1952 nacionalizou o estanho boliviano, as autoridades do país vizinho perceberam que as jazidas estavam bastante exploradas. E os brasileiros descobriram que esse metal arisco se escondia e se espalhava em quantidades pequenas, quase invisíveis, num material ao qual ninguém dava importância: a cassiterita.
A região de Rondônia, que já se tornara notícia mundial com as obras da ferrovia Madeira–Mamoré e a Missão Rondon, voltaria, no final da década de 50, a frequentar os noticiários internacionais, como nos tempos de Rondon. Havia sido um tempo de desprestígio, pois, os governos republicanos, como os bandeirantes e os dois imperadores, também tropeçavam nos pedregulhos “grávidos” de estanho, mas sua exploração só viria quando a cassiterita abundante no vale do rio Jamari inaugurou a extração de estanho na área.
Como nos tempos da primeira onda da borracha, milhares de garimpeiros descobriram as perspectivas da região de Ariquemes, onde o garimpo denominado “Bom Futuro” seria considerado o maior campo do mundo de retirada de cassiterita. Com isso, o grosso da produção nacional de cassiterita veio se concentrar na Amazônia–Rondônia, Amazonas e Pará. O mineiro vinha parar tirar ouro, mas acabava tirando cassiterita. No início da década de 70, Rondônia produzia cerca de 70% do produto no Brasil.
 

Via Direta

*** Ainda carente de drenagem, Porto Velho pena com as alagações em cada chuvarada *** Em algumas regiões da cidade, no entanto, já houve melhoras com relação ao ano passado *** Trocando de saco para mala: Ficou mais difícil à vida para as famílias mais carentes na capital *** O custo de vida, de aluguel etc tem disparado neste final de ano. 

Fonte: Carlos Sperança - [email protected] 
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