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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 05/10


As definições
O PT decidiu escolher o vice de Roberto Sobrinho através de pesquisas, conforme revelam fontes credenciadas. Também ficou acertado entre os petistas desde já que o atual prefeito cumprirá seu mandato integralmente, só pensando em vôos maiores depois da próxima gestão. “Ele é jovem e pode esperar”, alega-se no partido

Ao governo
Com tudo isso acertado, e sem a sombra de Sobrinho para perturbar os cardeais da legenda petista, a disputa pela candidatura ao governo em 2010 ficará entre a senadora Fátima Cleide e o deputado federal Eduardo Valverde. Por enquanto nenhum  deles arreda o pé e Fátima acelerou o passo no interior: nos últimos doze meses foi figura carimbada nas cidades da região central e do Vale do Jamari.

No alto clero
Mesmo pertencendo ao alto clero da política brasileira, participando de decisões importantes no cenário nacional, o senador Valdir Raupp, presidente regional do PMDB, não comete o mesmo erro de Amir Lando, que abandonou suas bases e acabou sua carreira política exorcizado pelo eleitorado rondoniense.

Novas adesões
Raupp tem sido uma presença constante em Rondônia e consegue  encontrar tempo  também para conquistar novas filiações, como a do prefeito Bráz Rezende de Ouro Preto do Oeste e do apresentador Edivaldo Soares em Ji-Paraná. Favorito em alguns colégios eleitorais, o PMDB buscará alianças onde não é uma legenda de ponta. É o caso de Porto Velho.

Larga folha
Com uma larga folha de serviços prestadas a Porto Velho e a Rondônia,  o médico Amado Rahal credencia-se a disputar a prefeitura da capital pelo PPS. Esvaziado depois da saída de Ivo e Expedito, o partido hoje tem Moreira Mendes para reavivar a legenda que obteve grande sucesso nas eleições passadas. Amado, sem dúvidas, é uma boa alternativa ao eleitorado.

Ficha no bolso
Aterrorizado com a possibilidade de perder o mandato por conta do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o caso dos infiéis, o deputado estadual Euclides Maciel (Ji-Paraná)  ainda  ontem guardava a ficha de filiação do PSDB no bolso. Caso a coisa esquentasse para seu lado tentaria voltar correndo para o PSL. Reolon ( e não Carlão) já estava a espreita desde ontem para assumir a vaga...

Como entender?
Entender qual é a estratégia adotada pelo governador Ivo Cassol para derrotar o prefeito Roberto Sobrinho (PT) em Porto Velho se transformou num desafio para os analistas políticos. A base aliada do governador já colocou três pré-candidaturas em andamento: Lindomar Garçon (PV), Alexandre Brito (PTC) e Amado Rahal (PPS).  Afinal de contas,  quem será seu ungido?

A fragmentação
Com três candidatos em campanha – e Cassol continua conversando também com Mauro Nazif do PSB – o que se vê é a perspectiva da fragmentação do eleitorado governista. Todo este racha beneficia o alcaide petista que terá mais facilidade para alcançar o segundo turno e botando ainda uma  boa diferença no segundo colocado. Qual é a do governador?

A insegurança
A grande verdade é que o governador não emite sinais claros de quem será o seu candidato na capital. Com isso os três nomes da base aliada acabam ficando inseguros, mesmo porque Ivo apresenta essa quarta alternativa: lançar mão de Mauro Nazif, que diga-se de passagem já é uma carta queimada na disputa pela prefeitura. Já perdeu duas vezes seguidas.

As façanhas
Quando se trata de eleições municipais o governador, tão hábil nas suas articulações quando se diz respeito  as suas postulações, se mostra ruim de serviço. Nas eleições municipais de 2004 seus candidatos perderam de ponta a ponta no estado. Levaram peia até em Rolim de Moura. Mesmo assim, Ivo seria magnífico em 2006, na façanha da reeleição e de lambuja em primeiro turno. Ivo é mesmo um mistério. 


Do Cotidiano

Índio agora é empresário

Há muito tempo em Rondônia que índios, principalmente aqueles da região de Roosevelt, deixaram suas ocas por modernas casas, trocaram seus cavalos por modernas caminhonetes, ingressando no mundo dos negócios. E temos visto muito mais do que isto: os índios matando garimpeiros pelo vil metal, mantendo relações promiscuas com madeireiros e fazendeiros, já temos silvícolas intermediando negócios no tráfico internacional de diamantes.

No Nordeste busca-se outra modalidade de negócios para os índigenas, o que poderia ser praticado em nossa amada Rondônia. Lá, o Sebrae, uma escola de empreendedorismo, conseguiu transformar índio em empresário. Este é o caso da empresa FrutaSã, talvez a primeira empresas indígena do Brasil, criada em Carolina, sul do Estado, onde a soma de forças para preservar os recursos naturais do Cerrado brasileiro e encontrar alternativas de geração de trabalho e renda deu origem à fábrica.

Com o processamento e a comercialização de polpa de frutas, a FrutaSã gera trabalho e renda para seis mil índios das comunidades Timbira e 500 famílias que sobrevivem da agricultura familiar e do extrativismo. A empresa resulta do projeto Frutos do Cerrado, iniciado em 1993, parceria entre a organização não-governamental Centro de Trabalho Indigenista e a Associação das Comunidades Timbira do Tocantins e Maranhão. “A exploração das frutas do Cerrado foi uma dica dos próprios índios, preocupados em encontrar uma alternativa econômica para conter o avanço desordenado da fronteira agrícola que ameaça o território deles”, disse o coordenador do projeto, antropólogo Jaime Siqueira. A meta para os próximos anos inclui planos para triplicar a produção e diversificar a oferta com a extração de óleos vegetais, utilização de resíduos sólidos para ração e uso de sementes no artesanato.

Buritis, muricis, bacuris e mangabas são algumas das frutas industrializadas pelos índios Timbira, um negócio também exeqüível em Rondônia para fomentar a economia de nossas aldeias, muitas ao contrários dos índios da região de Cacoal e Espigão, passando sérias dificuldades de saúde, alimentação etc. Quem sabe o Sebrae-RO não importe o projeto?    

Via Direta

*** Em vários pontos do país começa a haver o registro de uma escassez anteriormente desconhecida: o sumiço do cimento ***  O Ministério Público Eleitoral do Amapá proibiu nomes, imagem e pronunciamentos nas propagandas institucionais do Governo ***  Algumas das mais renomadas instituições de ciência e tecnologia do país se uniram para criar a Rede Fito Amazônia, projeto idealizado pela Fiocruz.
Fonte: [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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