Uma coluna sem papas na língua 02/09/09

Pacto acertado

Um pacto teria sido acertado entre o governador Ivo Cassol (PR), com o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos (PSDC) e o deputado estadual Miguel Sena (PV), diante da possibilidade iminente de cassação do atual governador. Ivo, um grande estrategista, já prevê os próximos lances para sua corrida sucessória, caso seja desalojado do poleiro.

Termos do acordo 

Com o acordo celebrado, Neodi Carlos ascenderia ao Palácio Presidente Vargas, numa eleição indireta, com apoio do governador, e o deputado Miguel Sena à presidência da Assembléia Legislativa. No acordo, Neodi cumpriria mandato tampão, apoiando em 2010 as eleições de João Cahula ao governo e Ivo Cassol ao Senado.

Tudo arranjado

Com tudo isso arranjado, o senador cassado Expedito Júnior (PR) estaria descartado a disputa ao governo estadual, mas poderia pleitear uma vaga ao Senado em dobradinha com o atual governador. Neste quadro, o deputado estadual Tziu Jidaias (em alta no Vale do Jamari) entraria na disputa a uma cadeira à Câmara dos Deputados,

Clãs políticos

As eleições de 2010 podem ensejar o nascimento de novos clãs políticos regionais, como os existentes em Ariquemes (Os Amorins), em Jaru (os muletas), em Vilhena (Os Donadons), em Rolim (Os Raups), etc. Um deles, será em Ouro Preto do Oeste, onde o atual prefeito Alex Testoni (PTN), tem interesse em lançar parentes á disputa da Assembléia Legislativa e a Câmara Federal.

Conferência das Cidades

Começou ontem e acaba hoje, mais uma edição da Conferência das Cidades Brasileiras, realizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, no auditório Nereu Ramos, em Brasília. A representação rondoniense não foi das maiores, mas muitas experiências serão repassadas a entidade municipalista de nosso estado.

Políticas públicas

Durante o evento foram debatidos temas como transportes coletivos, tarifas, projetos alternativos de transportes de massa. Ao final da 10ª Conferência das Cidades, serão destacados os municípios com melhores projetos públicos de mobilidade urbana, cujos representantes receberão o selo da Cidade Cidadã.

Oxigenação partidária

O ex-vereador Mário Jorge, que recentemente assumiu a presidência do Diretório Municipal do PDT de Porto Velho, realiza uma verdadeira oxigenação partidária na agremiação brizolista, atraindo novos quadros e apostando no lançamento de novas lideranças. Com o Dia das Filiações, 12 de setembro, ele pretende dar uma nova arrancada no socialismo moreno.

Pesquisas eleitorais

Algumas pesquisas eleitorais recentes são casos de boas gargalhadas. Elas pintam políticos com quase 100 por cento de aceitação popular, o que seria mais popularidade do que o próprio Jesus Cristo, nos seus bons tempos de milagres. Infelizmente Rondônia tem tradição nesta modalidade de “pesquisas”.

Definições petistas

Com três pré-candidatos ao governo do estado, o PT começa a definir seu projeto de conquista do Palácio Presidente Vargas a partir de outubro, com o início das convenções municipais. A senadora Fátima Cleide, o prefeito Roberto Sobrinho e o deputado federal Eduardo Valverde estão no páreo. Por causa da forte base rural no meio petista, vejo Valverde saltando na frente na peleia pela indicação.

Do Cotidiano

A busca de novos rumos

Por ignorância ou esquecimento, as pessoas tendem, depois de resolver eventuais problemas de saúde, a deixar acumular nas prateleiras os medicamentos que usaram e já não precisam mais. Em alguns casos, para deixá-los como reserva, para o caso de precisar mais tarde. No entanto, os medicamentos têm datas de validade, ao cabo das quais aqueles comprimidos nas caixas, xarope nos vidro e até ampolas de injeção se tornam um tipo de lixo muito perigoso.
Jogá-los fora sem remorso algum pode ser uma atitude irresponsável. Pois os resíduos de medicamentos contaminam o solo e a água quando descartados no lixo ou na rede de esgoto comum. O problema é que boa parte da população não sabe disso e, pior, não há postos de recolhimento nas farmácias e postos que os vendem ou distribuem. O consumidor não pode fazer a devolução dos remédios para as drogarias, a exemplo do que fazem os proprietários de celular nas lojas do ramo, por não haver lei determinando essa coleta e também porque maus comerciantes poderiam vendê-los indevidamente.
De resto, mesmo dentro do prazo de validade os postos de saúde ou farmácias básicas, por exemplo, não devem aceitar de volta medicamentos que nos domicílios podem ter sido armazenados fora dos padrões necessários, já que as propriedades terapêuticas do remédio são alteradas quando próximo a fonte de calor ou sob umidade.
A exemplo dos remédios, baterias de celulares, lâmpadas fluorescentes e outros resíduos que podem contaminar o meio ambiente, há conceitos e ideias que, sendo mantidas em uma sociedade, podem lhe causar atraso e fragilidade social. O antigo comunitarismo primitivo, por sua fragilidade como sistema – simplesmente não havia sistema – foi substituído pelo escravismo. O escravismo foi um conceito vitorioso à força, defendido pelos antigos sábios e religiosos: o escravo era um insumo do trabalho e um elemento indispensável para a produção. Um mundo sem escravos era impensável.
Então veio o feudalismo e finalmente o capitalismo, que é o sistema de produção mais avançado de toda a história, mas sua atual etapa, de cunho neoliberal, fracassou com o apocalipse financeiro de 2008. Todos esses sistemas resultaram de ideias que a realidade pôs abaixo.
Nenhum sistema de gerência e administração válido há cem, 50 ou mesmo 20 anos passados tem cabimento no mundo atual. Com a atual crise, o planeta está diante da opção de manter seus lixos venenosos e suas ideias ultrapassadas ou procurar novos rumos, marcados por mais humanismo – numa expressão, mais respeito aos semelhantes.

Via Direta 

*** Para o deputado Alexandre Brito (PTC) só o prefeito Roberto Sobrinho é culpado pelo colapso da saúde na capital *** Mas por acaso o petista comanda o Hospital de Base e o Pronto Socorro João Paulo II? *** Por falar no JP II, no final de semana não havia vagas para os pacientes sequer nos corredores. 

Fonte: Carlos Sperança - [email protected] 
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