Sábado, 15 de março de 2014 - 23h14
Crise sobre crise
As águas que desabam dos altiplanos bolivianos agravaram uma crise recém iniciada com o pós auge das usinas em Porto Velho. A economia da capital rondoniense já andava abalada, e os registros do Cadastro Geral de Empregos – Caged já indicavam nossa castigada cidade como aquela que mais tinha demitido em 2013 entre as capitais brasileiras.
Estamos sofrendo uma crise sobre crise e muitos fundamentos da nossa economia abalados. Só a submersa região do Cai N’Água Z 5 mil pessoas em poucas semanas e minou também o ganha pão dos ribeirinhos que vendiam suas produções nas feiras livres de final de semana e dos comerciantes beiradeiros que forneciam os “ranchos”.
O setor hoteleiro despencou ladeira abaixo. Muitos restaurantes fecharam. As imobiliárias estão garimpando clientes. As lojas que vendem roupas e sapatos em plena Avenida 7 de Setembro reclamam uma queda de 30 por cento no movimento. A chiadeira dos taxistas, dos cabeleireiros, açougueiros, padeiros e o SINE lotado de desempregados na caça de ocupação mostram que podem vir tempos difíceis também para o funcionalismo mais adiante. Afinal, dependendo da queda na arrecadação o bicho pode pegar mais pesado ainda...
Modus operandi
No mesmo modus operandi de sempre quando rolam tragédias, a presidente Dilma Roussef visitou as enchentes de Rondônia e sensibilizada com tanta desgraça anunciou recursos para infra-estrutura, etc. Que desta vez tenha mais misericórdia já que em eventos anteriores fazendo aniversário no RJ, MG, SP, SC, ES e PR, muito do que foi anunciado não chegou até agora.
ASSISTA COLETIVA DA PRESIDENTE DILMA NA BASE AÉREA DE PORTO VELHO
AS IMAGENS SÃO DA TV CANDELÁRIA, CANAL 11 DE PORTO VELHO
Minha sugestão
Na possibilidade da chegada de tantos recursos prometidos para Rondônia – já estamos escaldados com os PACs pela metade – que a dinheirada remetida seja escoltada por delegados, PMs, policiais federais e PMS de boa procedência. Como se sabe, a classe política rondoniense não merece confiança. Temos dois ex-presidentes da ALE presos e 800 processos de corruptos correndo no Ministério Publico Federal.
Um panorama
Com o cenário ainda turvo para a disputa do governo do estado entre os grandes partidos, os pequenos começam a se movimentar, com enchentes e tudo. E temos novidades, entre balões de ensaio e peças de encenações, para todos os lados. Os blocos mais fortes estão chutando as composições para o mês de junho, último prazo das convenções.
No PC do B
O partido é da base aliada do governador Confúcio Moura (PMDB) e estuda o lançamento do professor Francisco Pantera ao Senado. Terá forte nominata para disputar as cadeiras da Assembléia Legislativa, mas terá problemas para compor a listagem de candidatos à Câmara dos Deputados. Para o governo deverá se coligar.
PSOL definido
As últimas reuniões do PSOL decidiram pelo lançamento de candidaturas próprias ao governo e ao Senado. Para disputar o Palácio Presidente Vargas, a missão será delegada ao engenheiro florestal Luiz Alberto Cantanhede, enquanto para o Senado, a indicação recaiu no pastor e psicólogo Aloizio Vidal, cotado até então para disputar a ALE.
Os Democratas
No partido liderado pelo ex-governador José Bianco, a tendência é acompanhar a aliança nacional com o PSDB. Enfraquecido na última década em Rondônia, o DEM terá que se coligar com outras legendas para a disputa de cargos a Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados. O partido respira indefinições, já que tudo a ser resolvido depende do cacique Bianco.
Partido Verde
Agora comandado pelo deputado estadual Luizinho Goebel (Vilhena), a legenda não é mais aquela dos tempos de Garçon que disputou palmo a palmo a prefeitura de Porto Velho. Mas novas lideranças ingressaram no partido e a legenda trabalha para eleger pelo menos dois estaduais e um federal. Goebel também estuda alianças com o bloco governista, com a turma de Ivo Cassol e o pessoal de Alex Testoni.
Via Direta
***Como a capital é desunida *** Num colapso sem precedentes em Porto Velho não se justifica quebra-quebra em posto de saúde e a ameaça de greve do Sintero*** São milhares de desabrigados, outros milhares desempregados e outros tantos milhares ilhados *** Enfim é preciso pelo menos um pouco de sensibilidade num momento tão aflitivo.
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