Terça-feira, 11 de outubro de 2016 - 05h02
Os grandes desafios
Com uma população de 512 mil habitantes, cerca de 320 mil eleitores, um orçamento de R$ 1,4 bilhão, o município de Porto Velho com quase 20 distritos espalhados em distâncias de até 370 quilômetros – caso de Nova Califórnia – é objeto de grandes desafios para o próximo prefeito a ser eleito no próximo dia 30 de outubro. Das alagações habituais no inverno amazônico às carências de água esgoto, da precariedade da saúde, na educação e segurança, a cidade se vê as voltas com os problemas da mobilidade urbana, coleta de lixo e cobranças que vem de longe, relacionadas a uma nova rodoviária, a um centro de convenções, melhor atendimento no transporte coletivo, dragagem do Rio Madeira, limpeza e urbanização dos canais e igarapés que cortam a cidade.
A população urbana clama pela pavimentação das ruas – mais da metade da cidade não é pavimentada – enquanto que na zona rural as estradas coletoras e vicinais precisam ser reparadas todo ano em vista do impacto gerado pela estação chuvosa. Urge barreiras de contenções das enchentes na capital e nos distritos e Porto Velho é penalizada pela falta planejamento e de um Plano Diretor atualizado para enfrentar organizadamente os grandes desafios para o final desta década.
A economia
A campanha do segundo turno começou com os dois candidatos Hildon Chaves (PSDB) e Léo Moraes (PTB) economizando recursos. Além de pedirem a diminuição do espaço no horário gratuito de 10 para cinco minutos para o TRE (que autorizou) os postulantes ao Paço Tancredo Neves estão requentando programas do primeiro turno. São tempos bicudos e os gastos com gravação de TV são caríssimos.
A liberação
Depois do PDT, ainda na semana passada, também o Partido os Trabalhadores -PT liberou sua militância para escolher seu próprio candidato para o segundo turno em Porto Velho. Os pedetistas se dividiram entre Léo Moraes e Hilton Chaves, mas os petistas resolveram adotar Léo Moraes como seu candidato. Até o assessor de Roberto Sobrinho, Itamar da CUT esta engajado na peleja de Leo, sinalizando a preferência do ex-prefeito.
Manter o ritmo
Logo depois de conhecer o resultado do primeiro turno e tomar conhecimento de que tinha levado um pé do eleitorado de Porto Velho, o prefeito Mauro Nazif (PSB) reuniu sua equipe e pediu que fosse mantido o forte ritmo de trabalho, com várias frentes de serviços na cidade, tais tapa- buracos, limpeza pública, encascalhamento e pavimentação das ruas nos bairros da cidade. As obras estão a todo vapor.
A austeridade
A crise municipalista aumentou com a falta de recursos advindos do Fundo de Participação dos Municípios – FPM e até das emendas parlamentares. Sentindo a necessidade da aplicação de um choque de gestão, com mais austeridade, o prefeito reeleito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires adotou o horário corrido, o turno único, medida já adotada em outras municipalidades para reduzir as despesas e fazer frente aos compromissos com o funcionalismo e fornecedores.
Ataque e defesa
Como aquela equipe de futebol derrotada no primeiro tempo, o candidato Léo Moraes esta atacando firme a cidadela de Hildon Chaves considerado o grande favorito neste segundo turno e cuja equipe acabou recuando para tentar aproveitar os contra-ataques. Foi o que se viu no último debate, que foi de ataque e defesa - e com a defesa do tucano fraquejando em alguns momentos – e até catimbando o jogo, como fazem jogadores argentinos e uruguaios.
Via Direta
*** Com Léo Moraes mais forte nos bairros tradicionais do centro de Porto Velho e Hildon Chaves liderando em bairros das zonas Leste e Sul – as mais populosas – a campanha do segundo turno segue agitada na capital *** Os prefeitos rondonienses que ganharam as eleições em 3 de outubro vão ter pouco tempo para comemorar *** Ocorre que a situação das prefeituras é de mendicância e os problemas de saúde e infraestrutura se acumularam nos últimos anos.
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