Quarta-feira, 17 de dezembro de 2025 - 08h16

A
expressão vem da profecia de João Batista, em um tempo no qual as caravanas na
Judeia concentravam pessoas para viagens cruzando o deserto e compunham a
audiência das pregações religiosas. Pregar no deserto valia a pena, pois mais
gente ouvia. Em tempos recentes, o professor José Marengo, pesquisador no
Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, prega na
floresta amazônica, avisando que “vai chegar um momento em que a floresta já
não será mais uma floresta”.
Isso
é assustador, mas tem mais: “Se nada for feito em dez anos, os dez anos
seguintes serão piores”. Ou seja, se a destruição acelerada não cessar nem
medidas de conservação e restauração forem promovidas, o professor Marengo
acabará pregando também num deserto, pois já existem manchas sem vegetação
vistas até do espaço, na borda sul da Amazônia, com degradação rápida, rios
secando e aumento da mortalidade de árvores.
Isso
é consequência de uma desastrosa polarização – a batalha entre bandos radicais
cheios de ambições e apetites políticos. É preciso unir a sociedade na ideia
salvadora de que é possível ganhar muito mais com uma agropecuária capaz de
conciliar as necessidades de exportação com as orientações científicas. No
entanto, isso não será possível com líderes que ao contrário de servir a todos
se dedicam apenas a fomentar ainda mais a polarização. Sem união nacional o
deserto vai prevalecer.
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Eleições 2026
O
ano que está se encerrando começou com múltiplos candidatos ao governo de
Rondônia e finda com tantos que ficaram já no meio do caminho sem conseguir
viabilizar suas candidaturas. Mesmo assim vão surgindo ouros nomes, como o
coronel Braguim, com amplo apoio dos militares, tentando se transformar num
novo coronel Marcos Rocha (União Brasil) que saiu da rabeira para chegar ao topo
nas eleições ao Palácio Rio Madeira no seu primeiro pleito em 2018. Nomes antes
cogitados, por um motivo ou outro, já estão sumindo das rodas de pesquisas.
Cenário nebuloso
Com
o ex-governador Ivo Cassol considerado definitivamente inelegível, Lucio
Mosquini que era presidente estadual do MDB caindo do cavalo e Hildon Chaves objeto
uma proposta de isolamento, a sucessão estadual vai começar o ano de 2026 ainda
bem nublada. O vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), depende da renúncia
do atual governador Marcos Rocha para a peleja. Estão indecisos ainda os senadores
Confúcio Moura (MDB) e Marcos Rogerio (PL) e ainda não se sabe se o prefeito de
Cacoal Adailton Fúria (PSD) terá coragem de renunciar ao cargo para entrar nesta
disputa. O cenário é bem nebuloso, ninguém sabe quem e quem nesta balburdia
toda.
Nomes ao Senado
Também
na disputa ao Senado o quadro se apresenta instável com alguns nomes citados
como eventuais candidatos ao governo estadual também figuram no quadro de postulantes
as duas cadeiras ao Senado da República. São os casos dos senadores Confúcio
Moura e Marcos Rogerio, também ocupando vagas nas pesquisas de sondagens eleitorais
ao Senado. Também se apresentam como pré-candidatos ao cargo de senador, o ex-senador
Acir Gurgacz (PDT), Delegado Camargo (Republicanos), o governador Marcos Rocha
(União Brasil), a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), o
deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), a deputada federal Silvia Cristina
(PP), o pecuarista Bruno Scheidt (PL) e o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB)
Racha bolsonarista
No
âmbito rondoniense a direita, onde predomina um universo de eleitores conservadores,
se vê o segmento bolsonarista terrivelmente rachado na peleja senatorial. São
considerados postulantes ligados a
liderança do ex-presidente Jair Messias, os candidatos Fernando Máximo, Silvia
Cristina, Bruno Scheid, delegado Camargo, a ex-deputada Mariana Carvalho. Fora
deste processo de canibalização a direita, estão os nomes do pedetista Acir
Gugacz (PDT) e Hildon Chaves (PSDB). Seriam os dois nomes beneficiados pelo racha
bolsonarista.
Fraquejando as pernas
Fraquejando
as pernas em Rondônia e no Acre, onde o bolsonarismo é mais forte e sem
candidato exequível no Amazonas, a expectativa do MDB na região Norte é com uma
vitória no Pará com a vice-governadora Hanna Chassan Tuma. No Pará o decadente
manda-brasa tem força a partir da liderança do clã Barbalho, onde o governador
Helder e o mano e ministro Jader Filho são nomes consolidados. O antigo MDB que
elegeu governadores em Rondônia, Acre e no Amazonas agora se vê com as melhores
chances apenas no território paraense, onde Lula também tem boa performance na
peleja presidencial visando sua reeleição.
Via Direta
***Ao participar do encontro da caravana
da esperança em Vilhena, no último final de semana, o senador Confúcio Moura, presidente
estadual do MDB se mostrou indeciso na disputa pelo governo estadual. Admitiu
que também poderá ser candidato a reeleição *** Festejando a boa performance na
economia, o governador Marcos Rocha vai para seu último ano de mandato
fracassando nas esferas de saúde e segurança pública *** Lembrando que ex-governadores também performaram com insucesso em
saúde e segurança e foram reeleitos, como Ivo Cassol e Confúcio Moura ***
Rocha ainda vai decidir se permanece do
Palácio do Governo ou disputa uma cadeira ao senado em 2026.
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