Domingo, 22 de dezembro de 2013 - 00h02
Por Carlos Sperança
O quadro sucessório estadual rondoniense foi marcado pelas indefinições ao longo de 2013 e somente agora, ao apagar das luzes, os blocos começam a se formar, emitindo os primeiros sinais de vida. Do lado do PMDB, o partido já recebeu o “sim” do governador Confúcio Moura quanto ao seu projeto de reeleição, enquanto que na oposição vai se formando uma coalizão de 9 partidos, liderados pelo PSDB do ex-senador Expedito
Junior, dos Democratas do ex-governador José Bianco e do PSDC de Neodi Carlos.
Armando as machadinhas de guerra, tucanos e democratas deixam dia 1º de janeiro o governo da Cooperação para firmarem o pacto oposicionista que deve atrair outras legendas, entre elas algumas que começam a abandonar o senador Ivo Cassol, condenado pela justiça e já considerado ficha suja para as eleições de 2014.
Como reação ao surgimento de uma Frente de Oposição, que pode ter Expedito Junior, Bianco ou Neodi Carlos ao governo, o ex-governador Ivo Cassol abriu durante a semana entendimentos com o PMDB e o PT simultaneamente. Neste acordo, com o PMDB, unindo no mesmo palanque tradicionais rivais – Valdir Raupp e Ivo Cassol – o PP liderado pelo ex-governador indicaria o vice. Um nome seria selecionado entre o atual deputado federal Carlos Magno (Ouro Preto) ou do deputado estadual Maurão de Carvalho (Ministro Andreazza).
Com a aliança com o governador Confúcio Moura, ou mesmo numa outra alternativa com o PT onde indicaria seu irmão César Cassol, o senador Ivo Narciso pretende furar a proposta de isolamento criada pelo Frentão e que já começa a namorar legendas cassolistas. Ivo se move com duas alternativas no tabuleiro. Num destes dois galhos ele deve se apoiar para as eleições do ano que vem.
Sobre a oficialização de Confúcio a reeleição ele disse que considera cedo para tratar do assunto e afirma que isto será discutido oportunamente. “Não tenho interesse em antecipar a corrida sucessória, pois o governo seria prejudicado pelos embates e existem muitas ações em andamento”.
Já, o possível representante do Frentão, Expedito Júnior declarou que neste momento “existem muitas conversações entre os partidos e isto deve se prolongar até as convenções de julho”. Acrescentou que é um diálogo sadio que levará a um acordo em torno da sucessão estadual e que a partir de agora a tendência do “Frentão” é encorpar cada vez mais.
Abaixo confira a situação das duas grandes forças antagônicas em formação, que são o Bloco da Cooperação, com Confúcio Moura e do Frentão em formação. E tem ainda uma terceira via que pode ser criada a partir das discussões envolvendo PT e PP.
BLOCO DA COOPERAÇÃO
O candidato ao governo é Confúcio Moura, reúne 17 legendas (deve perder pelo menos quatro para a oposição), tem como virtual candidato ao Senado Acir Gurgacz (PDT) e o vice deveria ser indicado pelo Partido dos Trabalhadores – PT. O candidato alternativo do PMDB ao governo, Mário Português já foi pacificado e concordou em disputar a prefeitura de Porto Velho em 2014.
O favorito para a indicação a vice-governador seria o deputado Padre Tom. No entanto, um fato novo, criado pelos entendimentos abertos com o cacique Ivo Cassol (PP), que controla cinco siglas partidárias, pode mudar o curso da aliança PT/PMDB quando as coligações serão sacramentadas de forma definitiva.
A Aliança da Cooperação contaria com o respaldo dos dois prefeitos melhor avaliados no estado, Alex Testoni (Ouro Preto do Oeste) e Jesualdo Pires (Ji-Paraná)
FRENTÃO OPOSICIONISTA
O embrião começou a se formar a partir de uma opção pela verticalização dos diretórios nacionais do PSDB e Democratas. Também integram o escrete, lideranças políticas que vão se agrupar ao movimento por se acharem perseguidas ou não prestigiadas pela atual gestão estadual.
Nesta semana a composição começou a deslanchar após algumas reuniões dos partidos envolvidos. O agrupamento, que tem como pré-candidato ao governo o ex-senador Expedito Junior deve ter como postulante ao Senado o atual deputado federal Moreira Mendes (PSD) que espera se livrar de embaraços com a justiça eleitoral.
ALIANÇA PT/PP
Além da formação dos outros blocos em curso, um acordo nacional entre o PP e o PT, impõe goela abaixo uma aliança entre os partidos em Rondônia, formando uma terceira via na disputa estadual. O presidente nacional do PP Ciro Nogueira apóia o acordo e pediu para o diretório estadual abrir conversações com o partido de Lula. Desta forma, Ivo Cassol, pelo PP e o Padre Tom, pelo PT, começaram a ouvir as bases para oficializar a coisa. Como o PP apóia Dilma Roussef à presidência, pode receber em troca o carinho do PT em vários estados. É o combinado.
O clã Rocha vem com tudo para as eleições de 2026
O Brasil mudouUm dos brasileiros mais respeitados em todo o mundo, o cacique Raoni disse em entrevista à imprensa internacional que vai pedir ao pr
Léo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
Preço e saborO apreciado escritor Roger Stankewski, guru dos melhores empresários brasileiros, cunhou a fórmula do melhor vendedor do mundo: “O clie
Pelo menos cinco governadores estão se preparando para a disputa presidencial em 2026
Prato de comidaA devastação das terras indígenas sempre foi um espinho cravado na consciência nacional. Os massacres de índios ao longo da história
Mesmo com tantas medidas protetivas continua explodindo em todo o país casos de feminicídios
O nome certoA palavra “revolução” tem sido usada sem muito critério. O golpe de Estado de 1964 foi assim considerado, até se desmoralizar por mau us