Sábado, 28 de março de 2020 - 11h20
É
de conhecimento até do migrante mais recente, que o município de Porto Velho
com seus mais de 20 distritos –alguns distantes 350 quilômetros – padece de
infraestrutura, a começar com o abastecimento de água – só metade da população
conta com água encanada – e com esgoto sanitário cujos índices de coleta são
inferiores a 5 por cento dos seus quase 600 mil habitantes. Temos necessidades
gritantes como o combate as alagações na estação as chuvas, debatidas nas campanhas eleitorais e rapidamente
esquecidas pelos políticos que se elegem.
Como
um cartão postal às avessas, a atual rodoviária chegou até ser iniciada na
administração do prefeito Roberto Sobrinho (PT) mas detonada por problemas de
documentação na área escolhida, onde se encontra o antigo logradouro. A classe
comercial, especialmente a hoteleira cobra um centro de convenções, os
esportistas um novo estádio já que o
sexagenário Aluízio Ferreira ficou ultrapassado.
Com
as fezes pululando nas ruas e avenidas da capital, a cidade padecendo com os piores
índices das capitais em termos saneamento básico, a cidade de Porto Velho se
assemelha a uma Dallas estadunidense na
região do Centro Cívico, com as majestosas sedes da Assembleia Legislativa,
governo do estado e seus suntuosos
tribunais e, ao mesmo tempo uma terceira mundista Bengala africana em tantos
bairros desprovidos de atenção dos poderes públicos. E pergunta-se até quando
vai perdurar esta situação?
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O pesadelo
Quando
passar o pesadelo da Covid-19, o mundo já não será mais o mesmo. Poderá ser
pior, já que as estimativas otimistas quanto à superação, já visível na China,
são também acompanhadas de estimativas muito pessimistas: enquanto o medo e a
concentração de esforços sobre a doença avançam, as piores expectativas para a
Amazônia são de mais desmatamento, problemas para os povos da floresta e menos
respeito à lei.
Baita desafio
Poderá
e será melhor, de qualquer maneira, porque o desprezo à ciência cultivado pelos
negacionistas e a perseguição aos cientistas movida pelos fanáticos se
dissolvem como neve ao sol diante das ações de pesquisadores na busca incessante,
coletiva e global por soluções adequadas ao enfrentamento das doenças antigas e
novas. A humanidade em peso torce para que num amanhã bem próximo a ciência
vença mais este desafio e os cientistas anunciem a cura para essa atemorizante
enfermidade.
O isolamento
A
flexibilização das restrições ao colonavirus em Porto Velho acabou de vez com o
isolamento tão preconizado pelo Ministério da Saúde, que voltou atrás em
algumas de suas determinações para se
alinhar as exigências do presidente Bolsonaro. Em vários segmentos, o comércio
voltou a funcionar. E não tem como controlar a população no quesito distância,
por exemplo. Mais ajustes poderão surgir contrariando a ciência e obedecendo a
linha política do Planalto.
A biodiversidade
Preservar
a biodiversidade amazônica é um imperativo, sobretudo considerando que há
muitas pesquisas em andamento em busca de fármacos eficazes. É o caso exemplar
de estudos com plantas regionais como a pimenta-de-macaco e a vassourinha, de
grande potencial em diversos usos industriais, inclusive na recuperação de
áreas poluídas, como sinaliza a Escola Superior de Tecnologia da Universidade
do Amazonas.
Eleições 2020
No
bico do corvo e com elevadas taxas de rejeição os atuais prefeitos e vereadores
nutrem a maior esperança a prorrogação de mandatos até 2022 para coincidir com
as eleições gerais. Não gastariam nadica de nada para se manter nos poleiros e ainda ganhariam mais
dois anos de mandato – muitos sem merecer a continuidade – para seguir suas
rapinagens tão pouco fiscalizadas pela ex- Controladoria Geral da União que
diga-se de passagem já foi mais rigorosa no controle dos gastos.
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Via Direta
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