Segunda-feira, 25 de junho de 2012 - 19h57
Embora o mundo político ofereça inesgotável material para divertir o público e provocar a hilariedade geral, o substantivo do título aí de cima refere-se a outro significado da palavra. Diversão, ou diversionismo, é instrumento ou manobra muito usada nos meios políticos para iludir os adversários, levando-os a crer que aquilo que aparenta ser definitivamente não é.
Interessante é que todo o mundo sabe disso e todos praticam, o que acaba resultando em uma divertida situação na qual cada um engana a si mesmo. Amabilidades, conversas demoradas, negociações, mil gentilezas e elogios na busca de alianças e acordos, tudo isso se esgota nesta semana, para dar espaço à verdadeira guerra que tem início marcado para o próximo domingo, primeiro de julho.
Até lá, nada do que foi dito até o momento merece credibilidade total. Os candidatos anunciados avançam, recuam ou desistem do jogo na dependência da avaliação de sua própria conjuminância (que palavra feia) de forças. E nós, jornalistas, sem outra coisa a fazer, divulgamos o que aparece e especulamos sobre tudo o mais.
Pode-se assegurar, por exemplo, que dois candidatos já estão fora do páreo: Erminio Coelho e Mariana Carvalho. O primeiro já anunciou sua decisão, enquanto Mariana ainda deverá fazê-lo.
A expectativa é que novos nomes abandonem a peleja no decorrer da semana. Meu amigo Mário Português, velho companheiro de Bangalô, caso tenha avaliado corretamente os resultados dos primeiros dias de exposição pública, deverá mostrar que tem juízo e abortar a iniciativa de uma candidatura que somente convence seu mentor, Ivo Cassol.
Mauro Nazif é outro candidato absolutamente introspectivo e já recuou tanto que já aparenta não convencer nem a si mesmo de que é candidato. Sua estrutura, que praticamente não existia, resume-se agora a ele e seu irmão. Até a comunidade árabe já desistiu de seu nome.
Lindomar Garçom é outro que está perto de jogar a toalha, especialmente depois de ter sido listado como inelegível pelo Tribunal de Contas. Ele diz que já pagou a multa e exibe o comprovante, mas permanece condenado por órgão colegiado, ou seja, ficha suja. Resta-lhe a esperança de que a decisão do TSE não tenha validade este ano, mas o estrago já está feito.
Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos nos próximos dias. O certo é que muita coisa vai mudar a o número de candidatos ficará reduzido no máximo a meia dúzia. Vamos ver.
Quer saber? Melhor não cassar Sérgio Moro!
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