Sexta-feira, 13 de junho de 2025 - 14h25

Ainda
não havia
internet, mas os memes já ensaiavam os primeiros passos. Exemplo disso circulou
nos recursos então disponíveis com a versão satírica do fado “Tiro liro liro”,
da imortal Amália Rodrigues: “Portugal não entrou na guerra, mas também não
acovardou-se / Cobriram Portugal com um pano e escreveram por cima Portugal
mudou-se”. Tudo a ver com a histórica fuga da corte portuguesa para o Brasil,
comandada por D. João VI.
Perdoem
os patrícios, mas o blague me ocorre a título
de ilustração da atitude do ex-presidente Jair Bolsonaro, que literalmente
rasgou a fantasia de machão “Imorrível, incomível e imbroxável” e optou por
acovardar-se, sem confrontar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Uma
tentativa desesperada de salvar a própria pele e evitar, pelo menos por
enquanto, a eventualidade de uma prisão preventiva..
Ao
admitir, quase aos prantos, ter se acostumado a mentir rotineiramente para
conquistar o eleitor, o ex-presidente pediu perdão ao ministro, para
classificar seus seguidores mais fiéis como “malucos” e “pobres coitados”. Não
poupou nem mesmo os que acamparam às portas dos quartéis ou enviaram milhões em
Pix para assegurar sua boa vida. Sem contar que foi para as calendas a
história de anistia para os condenados pelo 8 de janeiro.
Está
claro que cantar o
hino nacional para pneus ou pedir ajuda aos ETs com celular na testa diz muito
sobre a sanidade mental dos manifestantes. Mas o efeito imediato da atitude
amesquinhada do fanfarrão assustado foi devastador, como até ele poderia
imaginar. Isso pouco lhe importa, pois confia que tudo será rapidamente
esquecido e a própria legião de “malucos” vai encontrar justificativa para sua
atitude.
Quando
nada, para
argumentar que “o mito é assim mesmo” e “todo político faz isso”. Não faz! Pelo
menos não assim tão descaradamente. O problema é que mesmo tamanho choque de
realidade não é capaz de superar a vergonha de admitir o erro e o que se
considera “humilhação” pela evidente derrota. Não se pode esquecer que o
radicalismo destruiu antigas amizades e dividiu famílias, exemplos que podem
ser contados aos milhões por todo o país.
-
Então não tem jeito mesmo! – pensarão alguns. Nada disso! É preciso agora o exercício do
acolhimento dessa multidão de desgarrados. Não se pode reativar o ressentimento
que foi cuidadosamente explorado na formação dessa legião de seguidores. Não se
pode esquecer dos (muitos) oportunistas que se beneficiaram, elegendo-se na
esteira de tudo aquilo pelo que Bolsonaro, humilhado, se penitenciou frente
aquele que sempre considerou como seu perseguidor.
Não
é, no entanto e por
definitivo, momento de exploração vingativa dessa frustração pela covardia do
líder. A evidente admissão de culpa de Bolsonaro no depoimento já é um açoite
doloroso, castigo suficiente. É imperioso trabalhar agora pela superação
dessa vergonhosa página da história política nacional.
s
à missão do Sebrae de transformar vidas por meio do empreendedorismo.
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