Quarta-feira, 21 de maio de 2025 - 11h35

Poucas
vezes vi um “coup
de force” tão bem aplicado, nos meus muitos anos de cobertura política. E olha
que estou nessa vida há mais de meio século. Pode também ser chamado de “mata
leão” argumentativo o discurso do ex-vereador Jabá Moreira, de Cacoal. Ele
deixou com falta de ar os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, além dos
deputados Crisóstemo, Maurício Carvalho e Fernando Máximo. O ex-vereador
transformou em verdadeira pantomima a audiência pública patrocinada pelo Senado
na Câmara Municipal de Ji-Paraná a pretexto da discussão rigorosamente fora de
hora da concessão da BR-364.
A
iniciativa, da
Comissão de Infraestrutura do Senado, presidida pelo senador Marcos Rogério,
buscava encontrar uma justificativa perante o eleitorado rondoniense para o
descaso da bancada federal em relação ao processo de concessão da rodovia.
Seria algo como recuperar o prejuizo. Como se fosse possível reverter, com
aquela patacoada, o que já está consolidado pelo processo licitatório. Não é!
Pode-se aplicar aí o celebre postulado do consagrado filósofo Luiz Roberto
Barroso, ministro presidente do STF: - “Perdeu, Mané!”
Circula
na web, via
“globalnoticias.com.br”, uma referência furiosa ao episódio. O texto culpa o
governo do estado e a Sesau pelo que chama de “tentativa de tumultuar o
ambiente institucional”(???). Sem responder aos questionamentos de Jabá Moreira
especialmente dirigidos ao senador Marcos Rogério, o texto diz que sua
manifestação indica “despreparo e desespero de quem, ao que tudo indica, teme o
avanço do controle e da fiscalização dos atos do governo estadual”.
O
que, acredito, deveria
ser uma resposta contundente ao ex-vereador, parece ter pegado um desvio na
concessão da BR-364 para denunciar filas nos hospitais, estradas esburacadas e
“serviços públicos precários”. Além de um cargo comissionado na Sesau, com
salário de R$ 22.590,61, ocupado pelo ex-vereador. Claro que ninguém imaginou
comparar isso com os rendimentos dos políticos que ocupavam a área nobre do
plenário da Câmara Municipal de Ji-Paraná naquele evento.
Mas
vamos lá: filas nos
hospitais, estradas esburacadas, precariedade do serviço público e o excelente
salário do ex-vereador justificam em que medida o imobilismo de dois terços de
nossa representação no Senado e parte da bancada de deputados federais em todo
o processo licitatório da Concessão? Em que ponto isso deixa de ser tarefa de
vereadores e deputados estaduais para virar tema de debate em audiência pública
sobre a concessão da BR patrocinada pelo Senado da República?
Evidentemente, tudo isso merece ser discutido e
fiscalizado. Mas, não é coisa de senador, como Marcos Rogério já deveria saber,
depois de sete anos de mandato. Os demais convivas federais dessa reedição do
“Febeapá” (Festival de Besteiras que Assola o País), senador Jaime Bagattoli e
deputados Coronel Chrisóstomo, Mauricio Carvalho e Fernando Máximo não fazem
idéia do que fazer por lá, a não ser negociar a destinação de emendas.
Não estou
sugerindo que haja alguma ilegalidade no processo de destinação das emendas
parlamentares. Disso já se encarrega a Polícia Federal. Mas quem conhece o
setor de obras públicas sabe que é até natural a inserção de um providencial
“delta” na composição de custos das empreiteiras.
A
propósito do
“political coup de force” aplicado pelo ex-vereador Jabá Moreira, que
literalmente instalou um “clima de barata voa” na audiência pública em
Ji-Paraná. Se verdadeira a conversa do gordo salário de assessor comissionado
da Sesau, o quer se pode dizer é que ele vale cada centavo. Chama inclusive a
atenção a desenvoltura com a qual os protagonistas da paródia parlamentar
“passam recibo” no episódio. Foi uma resposta digna de conduzir o ocorrido a um
lugar de honra no anedotário político da região.
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