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Carlos Henrique

Eleições 2014: Despreocupação de Confúcio preocupa


A determinação do governador Confúcio Moura, que vai retardar ao máximo o anúncio que marcará o início da campanha eleitoral para o Governo do Estado, está a cada dia tirando mais o sono dos adversários. Não adianta. Ele vai manter o suspense até quanto possível, para desespero inclusive de integrantes de seu próprio partido ou de siglas aliadas, que precisam antecipar a largada da corrida eleitoral para assegurar alguma chance de chegar ao pódio. Tudo o que se fala e se especula por ai é conversa fiada. São armadilhas plantadas por aqueles que esperam desgastar seu cacife eleitoral ou pelos que esperam acompanha-lo na busca dos votos e, claro, tirar vantagem disso. Quem tem posição consolidada, como a deputada Marinha Raupp, nem trata do assunto.
 
O governador está certo quando admite a possibilidade de não participar, que só vai decidir mais na frente. Quem sabe, assim, lhe dão algum sossego para prosseguir em seu trabalho. Que ninguém se iluda, no entanto, com o que plantam e comentam especialmente nas mídias sociais. Cada palavra postada nos sites, comentadas pelos leitores ou reproduzida no Facebook objetiva atender a uma ampla diversidade de interesses, que vão desde pedido de dinheiro até o simples registro de presença. Sem desconsiderar o óbvio, que é o trabalho de minar o potencial do candidato mais forte para equilibrar melhor as coisas na parte de baixo da tabela, onde invariavelmente estão instalados os que mais barulho fazem.
 
Confúcio Moura sabe que seu governo vai bem. Que chegaria com folga em primeiro lugar ao segundo turno e venceria com perto de 70% dos votos. Mas a situação ainda vai melhorar para o governador. Basta seguir este caminho para chegar à vitória no primeiro turno. Se anunciasse agora a própria candidatura ele teria que deixar de governar para fazer campanha. Os adversários também concordam com isso. sabem disso. Só não podem admitir, já que isso significaria jogar a toalha antes de começar a luta. Ademais, precisam se cacifar eleitoralmente, para permitir o crescimento dos candidatos de seu grupo.
 
Por isso o ex-senador Expedito Júnior, por exemplo, percorre o estado em franca campanha, mesmo sabendo que pode não conseguir o registro da candidatura. Ele precisa criar um palanque forte para Aécio Neves, de forma a favorecer sua nominata de candidatos ao Senado, Câmara Federal e Assembleia. A mesma coisa acontece com o petista Padre Tom, que vai deixar rolar essa conversa de candidatura majoritária até o limite, para inclusive facilitar seu retorno à Câmara Federal. Se Confúcio Moura estivesse na oposição seria, possivelmente, obrigado a fazer o mesmo. Mas não está. Ele comanda um governo reconhecidamente vitorioso, conforme atestam as pesquisasde que dispõe. Então a história é outra. É assim que as coisas realmente funcionam. Confúcio passa enquanto a caravana ladra, com o perdão do trocadilho infame.

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