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Carlos Henrique

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A ética é uma
coisinha relativa?
 
Um excelente artigo publicado por D. Estevão Bettencourt, no site católico “Plesbíteros” diz, em síntese que: “O relativismo é uma corrente que nega toda verdade absoluta e perene assim como toda ética absoluta, ficando a critério de cada indivíduo definir a sua verdade e o seu bem. Opõe-se-lhe o fundamentalismo, que afirma peremptoriamente a existência de algumas verdades e algumas normas fundamentais. O indivíduo se torna o padrão ou a medida de todas as coisas. Tal atitude está baseada em fatores diversos, entre os quais o historicismo: com efeito a história mostra que tudo evolui e se tornam obsoletas coisas que em tempos passados eram plenamente válidas”.
 
É seguramente por esse caminho que transita a realidade brasileira. Salvo algumas exceções que confirmam a regra, não escapa ninguém. Alguns dos que se consideram “expoentes” na imprensa exploram a relatividade da ética e a utlizam como norma de conduta, já que ninguém está absolutamente certo ou redondamente enganado. Políticos de uma forma geral praticam também uma ética muito particular. Será que deputado estadual Luiz Moura (PT/SP), que participou de uma reunião, em março deste ano, em que estavam presentes pelo menos 13 integrantes da facção criminosa PCC cometeu algum desvio ético? Ele, com segurança. diz que não, pois estava ali como representqante do povo. Então?
 
Leitora e colaboradora do Blog do CHA (além de minha irmã querida), Maria Auxiliadora Angelo Amorim enviou um comentário: O sociólogo Peter Berger autor do livro "Introdução à Sociologia", ensina, em um dos capítulos, "Como trapacear e se manter ético ao mesmo tempo". 
 
É um título estranho à primeira vista. Mas logo se percebe que é de suma importância para a sociedade a capacidade de conciliar  ética e trapaça. Para explicar, o autor conta uma historieta: - Havia numa cidade dos Estados Unidos uma igreja Batista. Os batistas, como se sabe, são um ramo do cristianismo muito rigoroso nos seus princípios éticos. Havia, na mesma cidade, uma fábrica de cerveja que, para a igreja batista, era a vanguarda de Satanás. O pastor não poupava a fábrica de cerveja nas suas pregações.
 
Aconteceu, entretanto, que, por razões pouco esclarecidas, a fábrica de cerveja fez uma doação de 500 mil dólares para a dita igreja. Foi um auê.. O s membros mais ortodoxos da igreja foram unânimes em denunciar aquela quantia como dinheiro do Diabo e que não poderia ser aceito.

Mas, passada a exaltação dos primeiros dias, acalmados os ânimos, os mais ponderados começaram a analisar os benefícios que aquele dinheiro poderia trazer: uma pintura nova para a igreja, um órgão de tubos, jardins mais bonitos, um salão social para festas. Reuniu-se então a igreja em assembleia para a decisão democrática. Depois de muita discussão registrou-se a seguinte decisão no livro de atas: 

"A Igreja Batista Betel resolve aceitar a oferta de 500 mil dólares feita pela Cervejaria na firme convicção de que o Diabo ficará furioso quando souber que o seu dinheiro vai ser usado para a glória de Deus." 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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