Quinta-feira, 14 de abril de 2016 - 14h39
Todos já sabemos como terminou 2015 o mercado do boi em Rondônia. De julho a dezembro passados os preços de aquisição da matéria-prima caíram de repente, e sem muita explicação no mês de julho e em setembro mais ainda, acumulando no final do ano uma diferença média em relação ao mercado de São Paulo em quase R$ 30,00 reais. Isso nunca havia ocorrido na série histórica de preços comparativos desde 2004.
Pois bem. Estava dado o sinal vermelho para toda a cadeia, na medida em que os preços internos - por exemplo da carne nos açougues e frigoríficos de Porto Velho tiveram majoração de mais de 7% em dezembro e janeiro; e com as exportações de carne e miúdos para mais de trinta países com acréscimo de mais de 5%.
Ora, apenas para o produtor rural ficou a conta desses números positivos. Sim. Para os pecuaristas de céu aberto e de confinamento ficou uma margem de menos de 2% de ganhos na arroba do boi gordo e da vaca comercializada. Fechados agora os números do primeiro trimestre de 2016 e realizadas ações organizadas pelos pecuaristas e pelos produtores rurais ocorreu um fato novo; motivado também pelo excelente trabalho prestado, ainda que inicial, pelos deputados membros da Comissão CPI dos Frigoríficos: os proprietários de plantas industriais resolveram sentar e mediar os preços, prometendo graduar até em R$ 130,00 a aquisição média do boi, que registra em 1° de abril o maior valor para o município de Vilhena - R$ 128,00 onde quem comanda o abate é a planta frigorifica da empresa JBS FRIBOI.
Os produtores rurais de classe média e os pecuaristas de RO tiraram desses últimos seis meses, alem de amargar perdas comerciais, um valioso ensinamento: juntos, coordenados e organizados a coisa vai.
Por exemplo o fato de a pauta do boi e da vaca terem sido ajustados pelo governo do estado em janeiro, permitiu que mais de 124 mil cabeças acima de 24 meses pudessem seguir para abate fora dos limites das plantas locais. Com isso, e mesmo arcando com as despesas do transporte, o vendedor auferiu margens de até 8%, salvando o caixa desse inicio de ano.
Outro fator foi a Assembléia, por meio da CPI tornar público o debate sobre as necessidades de melhoria desses preços para o setor produtivo rural e questionar os proprietários industriais sobre a possibilidade de oligopsônio ou alinhamento de preços em 2015.
Para os leitores desse artigo quero registrar que o setor rural da pecuária é responsável há mais de 10 anos por fatia considerável do PIB e dos empregos e serviços rurais formais no estado, gerando um volume de receitas superior a 5 Bilhões de Reais anualmente.
Há muito o que se fazer até o final deste semestre, especialmente em tempos de crise, mas o mercado do boi em Rondônia promete aquecer e isso não deve significar elevação de preços na gôndola do supermercado. Para quem gosta de registros de preços, deixo esse artigo finalizando com o alerta de que o preço atual da carne para o consumidor está em média R$ 18,70 na praça de Porto velho, segundo pesquisa do DIEESE. Vamos acompanhar.
Francisco Aroldo Vasconcelos de Oliveira
Economista - Registro no CORECON 0462
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