Quinta-feira, 22 de novembro de 2018 - 18h40
Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de navegar no
universo maravilhoso do chamado Terceiro Setor, gostaria de dividir um pouco da
experiencia e aprendizado próprio, alcançado em jornada iniciada em lá no ano
2.000 quando fui o coordenador estadual de dois programas ligados a essência do
3 setor.
Naquele ano estava saindo de moda no Brasil um programa federal comandado pela primeira dama, doutora Ruth Cardoso, era o Comunidade Solidária que ao longo de 48 meses de estrondoso sucesso gerencial e de valiosas parcerias com o Estado e com as empresas (mercado) e também com muitos voluntários importantes do meio cultural e empresarial, fez surgir seis fundações - entidades privadas com ações de caráter público.
Neste eu trabalhei com uma equipe maravilhosa aqui em Rondônia por 14 meses, naquele foram 42 meses.
Nasceu então o novo programa nacional, com o viés de empreendedorismo social e com o apoio do SEBRAE e de outros organismos locais e regionais como o BNDES, BB, BASA e Banco do Nordeste, entre outros.
Sob o comando inteligente e desapegado de uma equipe de 41 profissionais ligados ao gabinete da Casa Civil da presidência da república, nasceu e cresceu um novo paradigma de ajuda federal as organizações associativas de caráter filantrópico, era o programa COMUNIDADE ATIVA.
Esse programa tinha um conselho de notáveis com 29 atores
sociais do governo, das empresas e da sociedade civil organizada e que mesclou
propostas e ações de desenvolvimento social, caridade, desenvolvimento de
talentos produtivos e trouxe os processos de micro crédito
produtivo; além de ativar a vontade politica de prefeitos para
ativar o desenvolvimento local por meio de uma agenda de 10 projetos
prioritários em seus municípios; ora, ao mesmo tempo que o protagonismo e a
cidadania e o voluntariado fomentaram açoes desconcentradas, o setor politico
local promovia uma agenda de obras e serviços vindas dos ministérios com uma
contrapartida de, acreditem apenas 1%.
Essa estratégia vigorou até o final de 2003.
Aqui em Rondônia por exemplo foram 19 municípios e na expansão entre meados de 2002 em diante chegamos a realizar esse programa para 31 municípios.
Curiosamente entre 2003 e 2004, com um novo governador e um novo presidente da república o esforço de continuidade, feneceu.
Mas a semente veio a tona em alguns municípios e o jeito de fazer desenvolvimento local floresceu em alguns municípios, entre eles, Cerejeiras, Colorado do Oeste, Pimenta Bueno, Espigão do Oeste, Jaru, Cacoal, Nova Brasilândia, Seringueiras e Machadinho do Oeste.
Passados tantos anos, já se foram 14; percebe-se que no Brasil, o Estado cresceu, o Mercado (empresas) em determinados setores retroagiu, no campo (rural) elevou sua importância e suas receitas, mas no setor associativo - o terceiro setor, onde gracejam a atuação voluntaria e o conceito de cidadania plena; viu-se uma paralisia.
Me chama a atenção que foi exatamente em 14 anos de poder exercido por agentes políticos auto-conclamados de esquerda que não conseguimos ver ou perceber um empoderamento, um apoio e um fortalecimento, com uma base legal, que fomente de fato as ações e os projetos do terceiro setor.
Em resumo, tempo perdido; poucos avanços, quase nenhum eu diria; houve um vácuo e uma aparente acomodação.
O Terceiro Setor é o real motor da democracia, da COMUNIDADE ATIVA.
Ele é o que forja lideres de verdade é o que produz e alimenta os protagonistas de direitos e de deveres constitucionais - não apenas Estado ou agentes públicos moldados pelo Estado - onde ocorre o controle obsessivo e o comando ditatorial dos recursos públicos - muitos esquecem da importância do retorno social dos fundos arrecadados, muitos esquecem do valor do contribuinte.
O próximo presidente da republica e sua equipe econômica e jurídica, os próximos governadores e os próximos legisladores federais e estaduais precisam ouvir a voz e o pensamento do Terceiro Setor.
Eles precisam de NOVA LEI, apoio, redução de impostos e desconcentração de fiscalização por fiscalização - deixem eles trabalhar por 24 meses e o Brasil trará de volta, sem medo de errar, 9 milhões de empregos com carteira assinada.
Assim como falam os liberais sobre a presença desnecessária do governo em muitos assuntos econômicos, vamos também deixar o terceiro setor mostrar seu valor e por favor, dirigentes, reduzam a presença do Estado também nos espaços de atuação pública que não são essenciais.
Agindo assim, esses atuais dirigentes eleitos, pautados por uma agenda de cooperação e de progresso promissor, valorizando o que de melhor há nestes três setores que formam a sociedade brasileira, certamente que vão acertar no plano e na ação correta. E tudo vai melhorar.
Teremos enfim, uma feliz próxima década
Grandes Cidades têm comunidades de mortos vivos
Estimados leitores dessa minha coluna, esse artigo de hoje dia 02 de junho traz mais um dos vários alertas que tenho publicado; muitas vezes alertas
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Caríssimos leitores desta coluna, estamos no mês de maio. Para o mundo católico é o mês de Maria a mãe de Jesus, o Cristo de Paulo (de Deus).Me veio
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Hoje é dia 30 de abril no nosso calendário neste planeta Terra que curiosamente tem muito mais de ¾ da sua superfície envolto em águas salgadas que