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Aroldo Vasconcelos

A grande saída para o trabalhador pode ser as cooperativas


A grande saída para o trabalhador pode ser as cooperativas - Gente de Opinião

Esse final de semana saiu no BBC News que na Europa e também aqui nas nossas grandes capitais do sudeste o fato dos rendimentos caírem em média 30% e o aumento dos riscos provocados pela pandemia de coronavírus na atividade de entregadores de aplicativos fez com que esses se mobilizassem.

E ao longo dessas três últimas semanas eles fizeram pressão nas grandes empresas como iFood, Uber Eats e Rappi para aqueles aumentar o valor das corridas e melhorar as condições de trabalho. Doce ilusão jovial. Voltamos à velha discussão das lutas de classes que muita gente engomadinha tem tentado esconder por baixo de Iphones de R$ 8.000 reais e muita propaganda disléxica.

De acordo com a matéria da BBC, a segunda paralisação nacional do Breque dos Apps ocorreu no sábado (25/7) em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Vitória, Porto Alegre e Rio Branco, mas, em geral, com atos menores que os realizados no início do mês; ora, enquanto a mobilização contra as plataformas perde fôlego nas ruas, parte dos entregadores está tentando criar um caminho alternativo para melhorar de vida ­­— querem fundar uma cooperativa, com seu próprio aplicativo de entrega, para trabalhar "sem patrão".

Aqui em Porto Velho, aconteceu algo parecido durante exatamente 05 (cinco) semanas; foi no mês de março e abril, quando apareceu gente interessada em criar uma associação, reviver um sindicato e fundar uma cooperativa estadual... que morreu de inanição antes do mês de maio...

O que soa uma grande pena – ausência de lideranças preparadas e de orientação técnica abalizada no tema e lógico um bom assessoramento jurídico.

Tanto agora, como em abril aqui em Porto Velho; quando as corridas do transporte de aplicativos caiu 90% e mais de 500 trabalhadores entregaram seus veículos na segunda semana de abril, quanto agora em julho, com esse novo e necessário movimento internacional, o que resta é esse grito para todos de uma obviedade perene: a saída de pequenos é organizar suas associações, sindicatos e cooperativas.

Essa é de verdade a mais perfeita e necessária saída, sempre foi a melhor alternativa; está na Lei e está na veia da vida urbana; mas tem que saber promover os caminhos corretos para fundar, estabelecer, manter e concorrer no mundo nada de ALICE das concorrências globais, onde empresários bem vestidos, moradores em grandes capitais metropolitanas do globo, pagam uma equipe técnica e vários jurídicos para acalmar os ânimos daqueles que costumeiramente são explorados.

Essa é a realidade virtual, atual, nua e crua. Mesmo num mundo digital, modernoso e carinhosamente cheio de ideais futuristas, a verdade é que, na essência, nada mudou, continuam explorados e exploradores, talvez com apenas essas sutilezas e essas novas formas de aplainar a vontade do trabalhador de ter mais renda e dignidade para as suas famílias, sendo negada pelo simples pensamento de esperteza e superioridades impostas.

Você que me lê nessas poucas linhas e que está na base da pirâmide social anote na sua agenda ou no seu celular: por favor, definitivamente, não acredite que grandes empresas vão cuidar bem de você e de seus interesses...

O mundo competitivo é radical. Mova-se, una-se, estude e alinhe-se com os outros; realize coletivamente seu sonho de ser proprietário da sua empresa, ou seja, funde uma cooperativa que nada mais é que uma empresa associativa.

Eu, particularmente conheço um pouco do associativismo e do cooperativismo urbano e rural desde o final do ano de 1.999, quando fui, em Rondônia o coordenador estadual do programa federal Comunidade Solidária e também do programa comunidade ativa (programa de cunho de formação de cidadania ativa e empreendedorismo coletivo que foi criado pela saudosa doutora Ruth Cardoso e que sobreviveu no âmbito federal em todo o Brasil até 2003).

Para os pequenos agricultores da rede de agricultura familiar a saída é com certeza o associativismo e o cooperativismo.

Para os pequenos empreendedores (informalidade cresceu 35% esse ano no Brasil) e para os trabalhadores formais de determinadas atividades e serviços urbanos a saída é realmente fundar uma cooperativa e trabalhar duro para o sonho crescer e se manter.

Graça e paz, Deus no comando sempre... Mas, por favor, faça a sua parte.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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