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Abnael Machado

A FACE OCULTA DA HISTÓRIA



Professor Abnael Machado de Lima*

Sobre a criação dos novos municípios do então Território Federal de Rondônia, desmembrados dos municípios de Porto Velho e de Guajará-Mirim, já existentes, criados respectivamente pelas leis estaduais n° 757 de 02 de outubro de 1914 e n° 991 de 12 de junho de 1928, dos governos dos estados do Amazonas e do Mato Grosso, só são feitas referencias ao trabalho e ao empenho junto aos gestores federais para os criar, realizados pelo governador de Rondônia Humberto da Silva Guedes, no período de 20 de maio de 1975 a 20 de março de 1979, prosseguindo e complementado por seu sucessor, Jorge Teixeira de Oliveira no período de sua administração, de 20 de março de 1979 a 22 de dezembro de 1981. Sendo na gestão do primeiro, obtida a expedição da Lei Federal n°6.448 de 11 de outubro de 1977, criando os municípios de Ariquemes, Ji-paraná e Cacoal desmembrados do município de Porto Velho e Vilhena desmembrados dos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim. E na do segundo por intermédio da Lei Federal n° 6.921, de 16 de junho de 1981, foram criados os municípios de Jaru, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Espigão do Oeste, Colorado do Oeste e Costa Marques desmembrados respectivamente, dos municípios de Ariquemes, Ji-paraná. Pimenta Bueno, Vilhena e Guajará-Mirim.

Porém não se encontra nenhuma referencia ao trabalho desenvolvido no Congresso Nacional pelo parlamentar Deputado Federal representante de Rondônia. Dr. Jerônimo Garcia de Santana, em prol da criação de municípios no espaço geográfico de Rondônia como estruturas político-administrativas fomentadoras do desenvolvimento econômico, social e assistência e apoio à população em sua maioria constituída por migrantes, por ele formulado desde 1972, em pronunciamentos, projetos de leis, propostas de emenda à Constituição, entre os quais o Projeto de Lei n° 651/72 dispondo sobre uma nova organização municipal para os municípios do território, a emenda Constitucional n° 8 de março de 1977,propondo a criação dos municípios de Vilhena, Pimenta Bueno, Presidente Médici, Cacoal, Espigão do Oeste, Vila Rondônia, Ouro Preto, Costa Marques e Ariquemes.

A emenda Substitutiva n° 1 ao projeto n° 13/77-CN da Presidência da Republica, propondo a inclusão neste de mais dois municípios além dos citados, o de Jaru e o de Marechal Rondon, o Projeto de lei n° 1.700/79 reiterando o proposto na Emenda Constitucional acima referida e o Projeto de lei n° 4.765/81 propondo a criação dos municípios de Calama, Vila Nova do Yata, Cerejeiras, Alvorada D’oeste e Rolim de Moura.

O supra exposto, comprova o empenho do Deputado Jerônimo Santana em cumprir com eficácia os encargos do mandato lhe outorgado pelo povo de Rondônia, pugnado pela adoção de medidas políticas administrativas e sociais atendendo os interesses da comunidade, superando os óbices obstaculizadores.

O procedimento ditatorial do Poder Executivo Federal apoiado pela ARENA, impediam a concretização dos seus projetos, por ser ele opositor à ambos, filiados ao PMDB, tendo como objetivo desprestigiá-lo, desacreditá-lo perante seus eleitores.

Os cutubas remanescentes em Rondônia, abrigados na ARENA, exerciam sistemática campanha difamatória tendo por alvo seu desprestigio político, tentando ocultar o seu empenho em prol da criação de mais municípios no território, condição imprescindível ao seu desenvolvimento sócio econômico, divulgando como seus exclusivos idealizadores e propugnadores de redivisão política-administrativa de Rondônia, os coronéis Humberto da Silva Guedes e Jorge Teixeira de Oliveira, seus governadores.

O escuso procedimento politiqueiro de o alijar da história rondoniense não surtiu o efeito desejado. O povo aprovando a sua atuação parlamentar, o elegeram consecutivamente, em 1971, 1975 e 1979, Deputado Federal e para os cargos executivos de Prefeito Municipal de Porto Velho, em 1985, o primeiro eleito no Estado, e Governador do Estado, em 1987, também o primeiro eleito.

Dr. Jerônimo Garcia de Santana, é personalidade política e executiva de relevância na história de Rondônia.

É preciso escrever de forma imparcial a história, comprometido com a veracidade dos fatos, sem ocultações ou distorções.               

*ABNAEL MACHADO DE LIMA
Profº. de História da Amazônia da Universidade Federal do Pará
Membro do Instituto Histórico e Geográfico/RO
Membro da Academia de letras de Rondônia - ACLER.

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