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Carlos Sperança

Rondônia terá corte de 30% no orçamento de 2026


Rondônia terá corte de 30% no orçamento de 2026 - Gente de Opinião

Em busca de refúgios

A passagem de um triplo tornado pelo interior do Paraná às vésperas do início da COP30, praticamente varrendo uma cidade do mapa, soa e sopra como um ultimato às autoridades mundiais sobre a urgência de criar meios para amenizar os rigores do clima, que ameaçam ficar incontroláveis e crescentemente destrutivos.

Existe um notável esforço dos cientistas para mostrar conquistas e soluções quanto ao clima e em particular quanto à Amazônia, que é um dos focos centrais dos esforços ambientais e climáticos. Faz parte desse esforço a exposição “Ciência na Amazônia: história, desafios e descobertas”, oferecida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Destaca-se nessa iniciativa o detalhamento da Teoria dos Refúgios: diante da ânsia humana por viver em lugares seguros, ao abrigo dos rigores da natureza, os cientistas que se escoram nela conseguem principalmente passar a ideia de que tudo muda e continuará mudando. Como toda teoria, ela tem defensores e inimigos. Os defensores reforçam a necessidade de estudar com empenho e qualidade os recursos naturais. Os inimigos, por sua vez, apontam a diversidade amazônica como refutação da teoria, já que em diferentes épocas a floresta apresenta situações ora conjuntas, ora isoladas de seca e inundação. O que a teoria tem de mais valioso é justamente permitir um debate focado sobre o que acontece e o que será possível para fazer frente aos fatos.

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Cobertor curto

Com o orçamento do governo estadual de Rondônia desabando em pelo menos 30 por cento já no ano que vem, os governadoraveis já estão com as orelhas em pé. Alguns até reavaliando suas candidaturas ao Centro Administrativo Rio Madeira, sede do governo rondoniense. Existem outros reflexos também sobre esta situação. Os servidores igualmente estão preocupados com a nova ordem econômica depois de tantos anos de vacas gordas. Devem lembrar de décadas passadas quando Rondônia entrou num buraco negro e que demorou para se recuperar, enfim, o cobertor será curto e o próximo governador vai ter que se adequar à nova situação.

Pesquisas auspiciosas

Com pesquisas auspiciosas, desenvolvidas por institutos nacionais sem os costumeiros hábitos dos pesquisadores regionais que maquilam as coisas de acordo com a clientela, o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) voltou a se entusiasmar para uma candidatura ao governo de Rondônia, quando nos bastidores já se falava de uma possível desistência para pleitear uma cadeira a Câmara dos Deputados. Com o peito estufado, o tucano voltou as tratativas com outras correntes políticas, ultrapassando as barreiras da proposta de isolamento que lhe foi imposta pelos adversários.

A motivação

Existem alguns motivos para o entusiasmo de Hildão, além das pesquisas. 1- O outro candidato da capital, o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) não decola nas pesquisas nem no Areal 2- O outro rival local, Fenando Máximo já estaria comprometido com uma candidatura ao Senado 3 – A diferença projetada para o tucano na capital, mesmo com sofrência no interior, mas com bons resultados nos municípios onde morou e lançou suas empresas de educação, como Cacoal, Pimenta e Vilhena, são animadoras. 4- E ainda tem o divisionismo das forças interioranas, com quatro candidaturas já postas rachando o bolsonarismo até o talo.

Uma solução

Lideranças bolsonaristas catarinenses querem fim do impasse criado pela candidatura do vereador carioca Carlos Bolsonaro, vulgo Carlucho para o Senado de Santa Catarina. Sugerem, pela unidade dos conservadores daquele estado, que o ex-presidente Jair Bolsonaro procure outro estado para abrigar a candidatura do vereador do Rio de Janeiro. São sugeridos neste caso, os estados do Acre, Rondônia e Roraima, redutos igualmente a direita, como Santa Catarina. Uma desistência desta postulação no Sul seria uma derrota para o clã~Bolsonaro, já que insurgências também poderão nos estados do Norte do País.

Carece de lideranças

Ao sugerir que o vereador carioca Carlos Bolsonaro (RJ), troque a empreitada da disputa de uma cadeira ao Senado por Santa Catarina para Rondônia, a deputada estadual Ana Campanholo (PL-SC) afirma que Rondônia (Acre e Roraima) carecem de lideranças políticas e precisam mais do que os catarinenses já que SC se trata de um dos estados mais desenvolvidos do país. Esta que Rondônia carece de lideranças doeu na costela, foi um direto no queixo rondoniense. Será possível que seremos obrigados a desenvolver uma campanha Fora Carluxo também em Rondônia?

Com dificuldades

Dois governadores da região amazônica, que querem disputar uma cadeira ao Senado nas eleições do ano que vem, estão em dificuldades com a justiça. Trata-se do governador do Acre Gladson Cameli, liderando as pesquisas locais com larga vantagem no vizinho estado. O outro governador, mais encrencado e já condenado e cassado (mas segue no cargo) é Antônio Denarium, em Roraima, outro governante buscando uma cadeira ao Senado. Ambos foram objetos de operações policiais. Já, o governador Wilson Miranda, do Amazonas está limpo para a peleja ao Senado, mas enfrenta a concorrência de outros nomes expressivos naquele estado, o atual senador Eduardo Braga e o Capitão Neto.

Via Direta

*** Com as famílias endividadas até o talo, o comercio varejista está urrando em vários municípios de Rondônia. Os lojistas aguardam 2026, com juros mais baixos, por causa da campanha eleitoral quando os governistas ficam mais “sensíveis” *** Quem quiser entrar na atividade hoteleira, o Hotel Ecos está à venda em Porto Velho. Faz parte de uma rede de hotéis, que se estende em Ji-Paraná e Rolim de Moura *** Também a prefeitura de Porto Velho tem que se preparar com orçamento mais curto no exercício do ano que vem. Com tantas demandas, o prefeito Leo Moraes (Podemos) vai ter que se espichar bastante. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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