Terça-feira, 26 de março de 2024 - 07h40
O
explorador espanhol Ponce de León supunha que a lendária Fonte da Juventude
estaria localizada em Cuba. No Brasil, aventureiros em várias épocas investiram
suas vidas em busca da tal fonte, perseguindo lendas que surgiram em Minas Gerais e São Paulo. Mas talvez se Ponce de
León aproveitasse seu grande poder junto à coroa espanhola para financiar uma
expedição à Amazônia tivesse melhor sorte.
Ele
poderia, por exemplo, ter encontrado a trapoeraba, planta da biodiversidade
amazônica. Dela, dizem os agricultores que é uma praga, mas no passado ninguém
imaginava que veneno de cobra fosse tão valioso, com aplicações diversas,
inclusive a de salvar vidas quando adequadamente preparado. Não é algum bruxo
ou pajé, mas um especialista em fitotecnia, Valdely Knuppi, que defende essa
praga difícil de combater como benéfica para a saúde humana, inclusive com
poderes rejuvenescedores.
Só
a imaginação pode calcular quantas plantas e seres que poderiam trazer soluções
para problemas da humanidade foram destruídos em séculos de devastação. Por
ora, a trapoeraba corre na frente pelo título de fonte da juventude porque não
precisa de demoradas e custosas preparações laboratoriais: basta fazer um chá
das folhas para evitar a retenção de líquidos no organismo, prevenindo o
envelhecimento precoce. A Amazônia não cansa de surpreender quem a estuda com o
devido respeito.
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JK de Rondônia
Nesta
coluna lembro algumas curiosidades históricas, atendendo a pedido de universitários.
O presidente JK, aquele responsável pela construção da rodovia 364, ligando
Cuiabá a Porto Velho (na época, tinha outro nome, BR 29), e pela construção de Brasília,
entre outras façanhas, sempre foi inspiração para a classe política brasileira.
Na fundação de Tocantins, Palmas foi inspirada em Brasília, imitando até os prédios
públicos e avenidas largas. Inspirado também em JK, em Rondônia, na década de
80 o então governador Jeronimo Santana planejou transferir a sede
administrativa, que era em Porto Velho, para a região central, visando a
construção de uma nova capital no estado.
Vingança maligna!
O
então governador Jeronimo Santana (MDB), ex-guerrilheiro do MR-8, estava em
baixa politicamente em Porto Velho, levando pau de todo lado e transferindo a
capital para o interior, que já contava com dois terços da população rondoniense,
tencionava melhorar seus índices de popularidade no restante do estado. Uma
vingança maligna! E tudo estava dando certo, o projeto corria na Assembleia Legislativa
tinha tudo para ser aprovado. Urupá já festejava! Deputados se confraternizavam.
No entanto, o deputado estadual Amizael Silva (PDS) com auxílio do deputado Silvernani
Santos (PFL) desarmou a vingança de Bengala. A capital não mudou de lugar.
Onda divisionista
Nos
anos 80 e 90 o País vivia uma onda divisionista e existiam projetos de criação
de novos estados em várias regiões do País, como acontecia no Sul, com a
criação do Estado do Iguaçu, se desmembrando do Paraná e Santa Catarina, do
Triangulo em Minas, etc,etc. Foi assim que o então deputado federal Reditário
Cassol, se inspirou, para criar o estado do Aripuanã, unindo mais metade de
Rondônia – desde Cacoal, atingia também
Rolim de Moura, Pimenta, Vilhena, municípios do Cone Sul, Zona da Mata e
região do café e parte do Nortão do Mato Grosso. Mas a matéria foi rejeitada no
Congresso.
É coisa de louco!
Com
tantas propostas emancipacionistas pelo Brasil afora, inclusiva em Rondônia, até
o nosso municipalismo foi atingido por ideias polemicas. Prega-se em Ji-Paraná,
a criação de um novo município, que seria instalado do outro lado do Rio Machado
e poderia se denominar de Nova Brasília. Porto Velho não queria ficar para trás,
e aqui se chegou a se projetar a criação do município de Ulisses Guimarães,
separando quase toda a Zona Leste (Ulysses, Ronaldo Aragão, Marcos Freire,
Mariana etc) do restante da cidade. Mas com o tempo as coisas se aquietaram e tudo
permaneceu inalterado
As coisas mudaram
Quem
vê hoje Rondônia acomodada e pacificada, repleta de vereadores e deputados
cordeirinhos, não era capaz de imaginar o sofrimento dos governadores
rondonienses no passado. O jogo era bruto, era sujo e a oposição (tanto de um
lado como de outro, se alternando no poder) chegava a travar a liberação de
recursos em Brasília para o estado, ocasionando grandes transtornos até no
pagamento dos servidores, seja à esquerda ou à direita. Sendo assim, cada governador
que assumia o então Palácio Presidente Vargas pegava batata quente na mão. Um
verdadeiro abacaxizal para descascar.
Via Direta
***
O empresário Assis Gurgacz, personagem relevante da colonização rondoniense
desde os idos do território, lança hoje
livro com sua biografia em Ji-Paraná com muitas revelações a respeito da sua epopeia ***
Aumenta a movimentação da sociedade organizada de Porto Velho visando
combater a ditadura das empresas aéreas
no estado, com voos suspensos e tarifas escorchantes *** Que a Assembleia Legislativa e a Câmara de Vereadores se integrem a
mobilização para dar força ao movimento popular numa causa de importância relevante
*** As empreiteiras seguem causando prejuízos
em Rondônia com obras pela metade, com casas e apartamentos entregues com
rachaduras e coisa e tal.
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