Terça-feira, 30 de janeiro de 2024 - 08h05
Em
“O Mundo Depois de Nós” (livro e filme), a distopia da morte de um grande país
orgulhoso de seu patriotismo resulta de um plano aplicado por um inimigo
desconhecido que se aproveita dos rancores da polarização eles x nós, brancos x
pretos etc e se aproveita do caos para jogar uns contra os outros, danificar as
relações ambientais, causar doenças à distância e disseminar fake news, até
completar o golpe com a invasão militar.
Os personagens
se questionam de quem é a culpa e uma das conclusões é o abandono: o egoísmo
geral, o ódio contra o outro, o vizinho, o adversário, produziu o abandono e
desprotegeu as pessoas em seus lares e empregos. A Amazônia ainda está longe e
provavelmente nunca chegará ao estágio final descrito de forma assustadora pelo
autor, o americano Rumaan Alam, mas há sinais preocupantes e infelizmente bem
visíveis de que alguns efeitos das confusões incentivadas pela polarização e a
desunião geral já se fazem presentes na sociedade e nas instituições.
Em
5 de janeiro, o Ibama informou que cerca de 95% dos fiscais desistiram de ir ao
trabalho alegando “total abandono” do governo. É preciso acordar para o fato de
que estimular o patriotismo é positivo, mas não mascara crimes. E
principalmente que a propaganda pode até criar a expectativa de melhora, mas só
ações práticas eficazes criam a verdadeira realidade e evitam o apocalipse das
incompreensões e da desunião nacional.
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Os tentáculos
Com
o senador Confúcio Moura (MDB), comandando a poderosa comissão de infraestrutura
do Congresso e puxando claramente a brasa para a sardinha de Rondônia, funcionando
como um verdadeiro governador paralelo do estado na distribuição de recursos
aos municípios e na agilização de obras federais, o MDB volta a se tornar
protagonista nas eleições municipais deste ano e na corrida sucessória 2026.
Como um baita polvo e seus tentáculos ou uma sucuri careca enorme, Confúcio vai
tomando conta do pedaço e tem se tornado onipresente no estado.
A tradição do MDB
O
MDB tem tradição em Rondônia desde os tempos do falecido Jeronimo Santana, um
ex-guerrilheiro do MR-8 que governou o estado, sendo o primeiro governador eleito
pelo voto direto. E de lá para cá o partido se alternou no poder. Valdir Raupp
(Rolim de Moura) virou em cima de Chiquilito Erse em 94, Confúcio Moura (Ariquemes)
traria o MDB novamente ao então palácio Presidente Vargas na década passada,
sendo reeleito. Além de Jeronimo, Raupp e Confúcio, o MDB também emplacou num
mandato tampão o governador nomeado Ângelo Angelim (Vilhena) em 1985. O partido
tem fortes raízes e sempre que unido não perde eleição no estado.
Unindo forças
Se
o MDB conseguir se unir será um adversário temível pela disputa do governo
estadual em 2026. Confúcio precisa voltar a se entender com Raupp, aparar as
arestas, superar as mágoas de 2018. É da conveniência do próprio Raupp, para dar
a volta por cima se eleger algum cargo, seja ao Senado ou a Câmara dos Deputados
deixar aquele embate que levou a derrota de Maurão de Carvalho ao governo e de
Raupp ao Senado. Por causa da confusão Confúcio se elegeu ao Senado por um
triz, quase ficou de fora também. O MDB unido é uma coisa, desunido estará à
mercê dos adversários.
As conspirações
Acompanho
atento as conspirações da base do governador Marcos Rocha projetando rifar a
candidatura da ex-deputada federal Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho
e retirar o prefeito Hildon Chaves da disputa sucessória estadual em 2016,
favorecendo o atual vice-governador Sergio Gonçalves. Muita coisa em jogo, tudo
fervilhando nos bastidores. A palavra de ordem dos conspiradores é asfixiar a
aliança Hildon com Rocha e escolher um candidato de consenso nas bases bolsonaristas
para a peleja sucessória local que seria Fernando Máximo ou Leo Moraes, com o presidente
da ALE Marcelo Cruz apontando o vice. Chapa poderosa.
Uma arapuca
Os
conspiradores montaram uma verdadeira arapuca para o governador Marcos Rocha
(União Brasil). E é da conveniência do vice-governador Sergio Gonçalves que
assume a titularidade para Rocha disputar o Senado se projetando para uma nova
eleição, como de Máximo e Leo Moraes, fortemente avaliados na disputa a prefeitura
da capital em outubro. Na minha avaliação não vai adiantar nada Hildon rifar
Mariana na disputa ao Prédio de Relógio. O projeto dos adversários é a degola
dos dois, tanto de Mariana agora como de Hildon para a peleja 2026. Portanto,
temos aí uma sinuca de bico.
Via Direta
*** Final de janeiro e começamos agora
em fevereiro as atividades carnavalescas, início das aulas, pagamento dos
boletos, etc ***
Rezando para a economia reagir, pois temos muita gente endividada ainda em
Rondônia ***Estava mapeando o eleitorado
da capital neste final de semana e constatei o óbvio: a maior parte do eleitorado
de Porto Velho está realmente na Zona Leste descontada a evasão populacional
vigente *** O segundo maior contingente de eleitores se concentra na Zona
Sul. Os representantes vereadores destas regiões vão explorar o bairrismo no
pleito de outubro *** A maior criminalidade
também está nestas duas regiões, nos conjuntos Orgulho do Madeira e proximidades
(Zona Leste) e Morar Melhor e adjacências, na Zona Sul. Olho vivo, pois.
O clã Rocha vem com tudo para as eleições de 2026
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