Segunda-feira, 6 de outubro de 2025 - 08h15

A
justa comemoração dos 17 anos do Fundo Amazônia, em agosto, deu margem a muitas
reflexões. A mais importante delas é quantos anos ainda serão necessários para
que o FA produza seus melhores resultados a partir da reversão do modelo predatório
de exploração da floresta para uma compreensão maior, em torno da ideia de que ela
vale mais em pé que devastada. É uma ideia simples, mas tem que ser provada com
números e a elevação social dos povos que nela vivem.
Vale
também lembrar que há 170 anos a Amazônia viveu sua primeira grande epidemia
reportada, com a chegada de navios vindos de Portugal, que a expandiram pelo
país, causando uma grande mortalidade e pondo a nu a precaríssima estrutura de
saúde do Império. Por esse exemplo terrível se tem a noção de que as boas
ideias demoram a se impor na sociedade, mas uma epidemia a abate rapidamente,
como se viu com a Covid.
Há
170 anos se acreditava que a cólera podia ser vencida por muita reza e um
remédio chamado quinaquina, que se mostrou inútil, rimando com a cloroquina.
Mesmo o médico inglês John Snow anunciando que a doença se espalhava por meio
da água contaminada, a consciência dessa verdade demorou a convencer as
autoridades da urgência de promover o saneamento básico. É justo esperar que os
elevados propósitos do Fundo Amazônia não demorem tanto tempo para maturar e
produzir bons efeitos.
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Caravana da esperança
Numa
demonstração de força na região central do estado A Federação Rondônia Esperança,
aglutinando nove agremiações partidárias, manteve importante encontro estadual
em Ji-Paraná no último sábado. A militância da chamada Caravana da Esperança
começa a se entusiasmar com o movimento que provavelmente terá como candidato a
govenador o senador Confúcio Moura e ao Senado o ex-senador Acir Gurgacz. No conclave
oposicionista ao bolsonarismo, os dirigentes dos partidos também trataram da formação
de chapas para as 24 cadeiras da Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.
Eleições 2026
Abaixo
um cenário político nas principais regiões do estado de Rondônia para as eleições
2026. Em Porto Velho, tudo indicando mesmo um racha entre três candidatos ao
governo estadual. O vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), o
ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal Fernando Máximo
(possivelmente pelo Podemos) nome confirmado para a disputa pelo senador Marcos
Rogério, mandachuva do bolsonarismo em Rondônia. Uma fragmentação de votos é
previsível, com isto entre os candidatos da capital, beneficiando os postulantes
do interior, como o senador Confúcio Moura (MDB) e o atual prefeito de Cacoal
Adailton Fúria (PSD).
No Cone Sul
No
Cone Sul rondoniense, polarizado por Vilhena, a expectativa do clã Donadon era
eleger um deputado federal da família, no caso o ex-deputado federal Natan
Donadon. No entanto, as restrições mantidas pela lei da ficha limpa deixaram o
ex-parlamentar ainda inelegível. A família segue com força na região, tem emplacado
deputados estaduais há 30 anos, prefeitos e contou até com um presidente da Assembleia
Legislativa, no caso Marco Antônio Donadon ainda na década de 90. O patriarca
do clã atualmente é o ex-prefeito Melki Donadon que coordena as articulações do
clã.
Céu de brigadeiro
Sem
Natan na peleja a federal o céu fica de brigadeiro para o atual deputado estadual
Ezequiel Neiva para uma cadeira a Câmara dos Deputados. Ele foi um dos estaduais
mais votados no pleito passado em Rondônia e o clã Neiva de Carvalho, que
nasceu ainda nos anos 80 em Cerejeiras, está em ascensão. Seu filho Wiveslando,
que espichou seu reduto a Porto Velho, vai disputar uma cadeira na Assembleia
Legislativa. Certamente será um dos nomes novos no Legislativo estadual que tem
a tradição de eleger familiares dos políticos. Atualmente tem meia dúzia de parlamentares
com filhos, irmãos e esposas de políticos.
Na região central
Na região
central do estado, o que se vê e o deputado federal Lucio Mosquini, atualmente
no MDB se preparando para mudança de mala e cuia para outro partido na janela partidária
do mês de abril. Mosquini tem base eleitoral em Ouro Preto do Oeste e tinha anunciada
a disposição de pleitear uma vaga ao Senado ou entrar na batalha pelo Palácio
Rio Madeira, mas acabou desistindo das pretensões e deverá mesmo disputar a
reeleição. Ainda na região central, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná)
confirma a disposição de pleitear a reeleição, numa dobradinha com o pecuarista
Bruno Scheidt, afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Disputa empolgante
O
município de Ji-Parana terá a disputa mais empolgante ao Senado dos últimos
anos. Além de Marcos Rogério e Bruno Scheidt (PL) conta com a postulação da
deputada federal Silvia Cristina (PP) e com o ex-senador Acir Gurgacz (PDT) que
estará elegível a partir de fevereiro e deverá pilotar a candidatura pela
Federação Brasil Esperança que coloca no mesmo palanque nove partidos, entre o
MDB, PDT, PT, PSB, PC do B, Partido Verde e outras siglas que aderiram ao
projeto. Centro e a esquerda beneficiados pelo racha conservador na região.
Vale do Jamari
No Vale
do Jamari, região polarizada por Ariquemes, tudo se encaminha para dois
deputados federais disputando a reeleição, no caso Thiago Flores e Rafael Fera,
um candidato ao Senado, o emergente Delegado Camargo e um candidato ao governo
estadual, o atual senador Confúcio Moura (MDB). Na eleição passada tivemos nesta
região uma chuva de candidatos conservadores conquistando mandatos, seja por
Ariquemes, Buritis ou Machadinho. O clã Follador perdeu força mas buscará a reabilitação
com o ex-deputado estadual Adelino Folador. Já, o clã Amorim deixou de eleger
representantes, mas também buscará reabilitação em 2026.
Via Direta
*** São tantas farmácias em Porto Velho
que algumas já estão à venda. Não suportaram a concorrência das grandes redes
como a Ultrafarma, Drogasil e FTP que disputam o mercado dos medicamentos na
capital rondoniense numa peleja a foiçadas *** Mesmo assim as grandes redes seguem
inaugurando novas unidades denotando que o negócio é dos melhores *** Temos notícias dando conta da prisão de
vereador por rachadinha em Manaus. Ora, se for levar a coisa a sério as câmaras
municipais e assembleias legislativas ficariam desertas de parlamentares ***
Volta e meia em Rondônia também temos notícias desta mesma prática pelos
políticos locais.
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