Quarta-feira, 30 de abril de 2025 - 08h20

Um
dos brasileiros mais respeitados em todo o mundo, o cacique Raoni disse em
entrevista à imprensa internacional que vai pedir ao presidente Lula da Silva pata
não incentivar a exploração de petróleo na margem equatorial. Raoni, a exemplo
de muitos brasileiros, ainda não percebeu que o presidente no Brasil não é mais
o que foi nos tempos de Getúlio Vargas, dos presidentes militares e dos
primeiros presidentes do período pós-ditadura, a exemplo do próprio Lula.
Depois
da cassação de Fernando Collor de Mello e de Dilma Rousseff o Congresso
Nacional ganhou força para compartilhar o poder com o presidente eleito,
forjando uma espécie de semipresidencialismo ou semiparlamentarismo. Nele, o
titular da Presidência resolve o dia a dia do governo, mas não decide os
grandes temas, especialmente os polêmicos, se não contar com base majoritária
de apoio na Câmara e no Senado.
O
Congresso, entretanto, é dominado pelo Centrão, um conjunto de partidos com
siglas diferentes e objetivos semelhantes que só aceita pautas provenientes do
PT ou da extrema-direita se lhe derem vantagens. O Centrão controla a maioria
dos municípios e é deles que vem a força eleitoral dos deputados e
governadores, bases para a eleição dos senadores. Pode-se pedir tudo ao
presidente, mas sem o aval do Centrão nada acontecerá no Brasil, inclusive a
exploração do petróleo na margem equatorial.
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Troca-troca
É
esperado um grande troca-troca de partidos para as eleições do ano que vem. O
ex-governador Ivo Cassol, deixando o PP, agora sob controle da deputada federal
Silvia Cristina. O deputado federal Lucio Mosquini aguarda negociações com
outras agremiações para deixar o MDB. O ex-prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves vê incômodos na criação da federação PSDB/Podemos e sinaliza deixar os
tucanos. O deputado Fernando Máximo, traído e sabotado no União Brasil nas eleições
municipais, para evitar um novo punhal da traição está pulando fora do seu
partido. E assim caminha a humanidade.
Janela partidária
No
caso dos deputados federais eles precisam aguardar a janela partidária de março
do ano que vem para a troca de agremiações. Antes disto perdem o mandato. São
os casos de Fernando Máximo (União Brasil) e Lucio Mosquini (MDB). No caso de
Mosquini o partido está tratando da sua expulsão e sendo expulso ele pode mudar
de sigla sem a punição da perda do mandato, mesmo porque ele vai apoiar um candidato
ao governo estadual bolsonarista, caso de Marcos Rogério (PL), o favorito da
temporada. Mosquini virou um cavalo de Tróia no MDB, a serviço dos adversários
do senador Confúcio Moura candidato do partido ao governo estadual.
Faltou ajuda
Pelas
reclamações que rolaram na aldeia faltou
ajuda das esferas municipais, estaduais e federais para as pobres famílias dos
ribeirinhos desalojadas em mais uma cheia do Rio Madeira. Tanto o prefeito Leo
Moraes, como o governador Marcos Rocha, como o presidente Lula estão devendo mais
respaldo. Centenas de ribeirinhos não receberam ajuda e estão entalados em dividas,
já que suas produções de banana, macaxeira, melancia, abacaxis foram por água
abaixo. O povão, como sempre padece nestas situações. Muitas promessas, ajudas
midiáticas e uma difícil reconstrução. Muitas moradias foram inutilizadas nos distritos
e localidades ao longo Madeira.
O clã dos Rocha
O
clã Rocha vem com tudo para as eleições de 2026. O governador Marcos Rocha
(União Brasil) disputando uma das duas cadeiras são Senado – diga-se de passagem
enfrentando enorme concorrência na capital rondoniense - sua esposa Luana Rocha
disputando uma cadeira na Câmara dos Deputados (ela está bem posicionada em
vários municípios) e o mano Sandro Rocha, diretor do Detran, na peleja de uma
vaga a Assembleia Legislativa. Todos com boas chances de atingir seus objetivos
e com isto um poderoso clã político se instalando no cenário rondoniense a
partir do ano que vem.
Conflitos a vista
Com
os deputados estaduais enciumados com alguns secretários de estado de Rondônia
disputando cadeiras a Assembleia Legislativa e muitos vereadores querendo
ferrar secretários municipais de Porto Velho pelo mesmo motivo, teremos muitos
conflitos a vista no decorrer da campanha eleitoral de 2026. As guerras
paroquiais vão se estender também em municípios polos, como Ariquemes, Ji-Paraná,
Cacoal e Vilhena, cidades onde serão travados embates entre lideranças
políticas antagonistas. Lideranças políticas mais antigas vão se digladiar com
novas lideranças.
Via Direta
**** Sob ataque pelos desvios de recursos e de criar um antro de marajás apaniguados dos ex-presidentes, a Associação Rondoniense de Município-ARON anuncia uma auditoria externa para colocar toda situação em pratos limpos *** Tem muita sujeira por lá para ser desvendada e se a auditoria funcionar para valer vai pegar vários ex-presidentes que usaram a entidade para benefício próprio *** A violência campeia em Rondônia. Os municípios mais violentos tem sido Porto Velho, Vilhena e Ariquemes com elevada taxa também de feminicidios, disputas por terras, etc *** O tráfico de drogas e a presença de carteis de drogas da Bolívia, Peru e Colômbia tem tudo a ver com a situação que impera neste estado.
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