Segunda-feira, 15 de abril de 2024 - 07h57
A
Amazônia está diante de problemas, desafios e escolhas que requerem debate
democrático – amplo, sem descartar nenhuma das forças em ação na floresta, e
respeitoso, segundo as melhores regras da convivência civilizada. Uma das
questões mais difíceis a resolver está nos pares opostos petróleo x manguezais,
que alguns também sintetizam na expressão “petróleo x onças”.
Começar
com escolhas excludentes é a pior forma de encarar o problema. Seria, na
verdade, o antidebate. O debate precisa começar pela busca de informações
amplas sobre o assunto, para poder sustentar um ponto de vista coerente. O
próximo passo é ter a capacidade de compreender os argumentos contrários.
Conseguir
ser razoável, defender com lógica e comprovação os próprios argumentos e
aceitar os bons argumentos contrários permite uma aproximação com o real e a
definição do possível. Como aplicar as regras civilizadas do debate ao caso
petróleo x manguezais ou onças? É difícil defender o petróleo na atualidade,
pois seus inimigos se fortalecem dia a dia, apontando sua finitude e potencial
de desastres. No entanto, é uma fonte de recursos que ainda não pode ser
desprezada. É preciso estimar valores.
Nesse
caso, não se pode descartar de pronto sua exploração em favor das onças. Mas a
exploração petrolífera na região só fará sentido se elas e os manguezais
tiverem a garantia de que não sofrerão impactos danosos. A relação
custo/benefício é essencial.
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Indicação de vice
Numa
grande coalizão como é o caso do conglomerado de partidos pilotado pela pré-candidata
Mariana Carvalho (União Brasil) a prefeitura de Porto Velho a disputa pela
indicação de vice-prefeito acaba causando arranhões entre as correntes envolvidas.
Por ser considerada agora a favorita para suceder o prefeito Hildon Chaves (PSDB)
se acirrou a disputa pelo cargo na composição super chapa branca (municipal e
estadual). Se depender do prefeito o indicado será o seu ex-secretário municipal
Fabricio Jurado, pinçado dos quadros tucanos. Mas tem mais gente buscando a
indicação.
Rondônia com Fé
De
tão favorita que é esta poderosa esquadra formada pelos partidos e caciques em
alinhamento com a ex-deputada federal Mariana Carvalho, que esta aliança lembra
a trágica coalizão “Rondônia com Fé”, nos anos 90, na disputa ao governo
estadual, que iniciou liderando a peleja com quase 70 por cento de intenções de
votos e no meio do caminho despencou por causa de disputas intestinas, com as
bases não se entendendo. Este é o grande desafio da família Carvalho e dos seus
articuladores, não deixar o ensopado desandar por causa de rivalidades tribais
mal resolvidas.
Como pensam
É interessante
o cara pálida leitor saber como pensam as forças envolvidas na empolgante
disputa em Porto Velho. Lideranças governistas consideram que no quadro atual,
com apoio do prefeito Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha, Mariana ganha
a parada ainda no primeiro turno, sem necessitar da segunda etapa do pleito. A
oposição, em suas reflexões, vê as coisas bem diferentes. Os dirigentes ligados
aos candidatos de oposição acreditam em eleições com segundo turno (isto pelo
excessivo número de candidatos fragmentando o eleitorado) e que o nome que
conseguir chegar ao segundo turno bate a postulante super chapa branca.
Entrando em campo
O
fato é que ainda existem algumas indefinições e todas elas acertadas vão
aumentar as chances de um pleito em dois turnos na capital. É o caso da
definição do ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos), uma postulação de grande
credibilidade e que agrada gregos e troianos, é considerado até a bola da vez
se entrar na parada. Também existe o caso do anuncio da candidatura do presidente
da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (PRTB) que ainda é considerada nos meios
políticos lançada apenas para negociar indicação de vice. Por último, o PL do presidente
Jair Bolsonaro que não brinca em serviço. O senador Marcos Rogério promete um
candidato a altura na capital.
Pelotões armados
Se
esta campanha fosse dividida por pelotões de brigadas (digo assim porque a
briga vai ser feia...), a coisa teria um primeiro pelotão de elite com Mariana
Carvalho (UB) e Leo Moraes (Podemos). Num segundo pelotão viria o candidato do
PL – ainda não anunciado – que vem aí com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro,
a primeira dama Michele e os senadores Marcos Rogério e Jayme Bagatolli – e
todo o restante – uns seis ou sete - dos demais candidatos em pelotões
inferiores. A primeira peleja seria quebrar a polarização ente Mariana e Leo
Moraes.
Via Direta
*** Está aberta a contagem regressiva
para as convenções partidárias de julho. Ainda tem muita coisa para ser
ajeitada e os governistas procurando uma formula para Mariana ser menos
rejeitada pelo eleitorado evangélico*** Ainda tem campo para surpresas e
reviravoltas na campanha 2024 na capital. Tem pré-candidato escondendo o jogo
só entrando em campo na reta final. Outros encenando candidaturas para buscar a
indicação de vices *** Não convidem o
deputado federal Fernando Máximo e o chefe da Casa Civil Junior Gonçalves para
a mesma mesa de tacacá *** As rivalidades tribais entre os dois estão virando
um fogaréu.
Léo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
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