Quarta-feira, 9 de abril de 2025 - 08h30
No
Brasil, dominado pelo personalismo dos líderes e radicalismo das bolhas, os
projetos sociais são anunciados mais para obter dividendos eleitorais e causar
impactos emocionais que para efetivamente resolver os problemas da população. O
abuso dos slogans patrióticos (“Brasil acima de tudo” ou “o Brasil é dos
brasileiros”, por exemplo) põe o país, a pátria e a sociedade como reféns ou
bens a serviço da identificação partidária com os líderes.
Tendo
o objetivo de funcionar eleitoralmente, bons projetos são descartados enquanto
os mais midiáticos são mantidos. Há os que pegam e os que não pegam. O PAC
(Projeto de Aceleração do Crescimento) foi o mais visível de todos, ao lado do
Minha Casa, Minha Vida. Este pegou porque a população sem-teto incorporou o
slogan como seu, mas o primeiro esbarrou em obstáculos financeiros e
estruturais: as obras do programa se arrastavam no tempo, contrariando a
prometida aceleração.
Um
programa que merece pegar é o Projeto Povos das Águas. Já experimentado na
Amazônia, e estendido agora ao Nordeste, tem bons padrinhos: o Instituto
Internacional de Educação do Brasil (IEB) em parceria com a Agência da ONU para
Refugiados. Com a vantagem de não depender dos humores dos líderes políticos
para continuar, mas da eficiência das atividades, o foco do projeto é
justamente favorecer a eficácia das ações sociais e culturais dos povos. Seu
potencial, portanto, é imenso.
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As conversações
Seguem
as conversações entre os governadoraveis rondonienses visando as eleições do ao
que vem. Ao mesmo tempo em que o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) começa a se
afastar do governador Marcos Rocha e do vice Sergio Gonçalves (União Brasil),
ele abre contatos de avaliação com outros possíveis postulantes ao governo estadual,
como Confúcio Moura (MDB) e Ivo Cassol (PP). Na verdade, os candidatos estão sondando
(entre si) os adversários para possíveis
composições. Hildão se dá bem com Cassol, e se o rolimorense não disputar CPA o
tucano terá grande chance de contar com este apoio.
Não dá liga...
Já,
o ex-governador Ivo Cassol (PP) e o senador Confúcio Moura, que também foi governador
eleito e reeleito como Cassol, não se bicam. Lembro que em campanha em que Ivo
tentou eleger seu sucessor, João Cahula, Cassol taxava El Carecon de frouxo e
banana. A pecha não pegou e Confúcio se elegeu. De lá para cá, ambos não se
toleram e sempre que pode Ivo cutuca o adversário. Se ambos entrarem na disputa
do CPA a coisa pegará fogo, já que Cassol não tem papas na língua, Confúcio
sabe responder a altura. Para quem quer confusão e o circo pegar fogo, é torcer
que esta disputa se confirme.
Mais civilizadas
Constato
que as campanhas eleitorais estão bem mais civilizadas nos tempos atuais em Rondônia.
Nos idos de território, recordo que o então deputado federal Jeronimo Santana
foi fazer campanha em Pimenta Bueno e o cacique local desligou a energia do
comício e mandou aliados atirar ovos podres no popular Bengala. Anos mais tarde,
Jeronimo seria eleito governador e seu adversário Vicente Homem Sobrinho, seu
opositor, prefeito e deputado estadual nos anos 80, com relações mais
institucionais. Ambos já falecidos. Mas quem não lembra que nos anos 80, o
deputado Edson Fidelis ameaçava e afugentava adversários oriundo de outras
cidades, em Ji-Paraná? Era um verdadeiro coronel em Jipa.
Tinha até espionagem!
Nos
bons tempos rolava uma espionagem danada nas campanhas eleitorais em Rondônia.
Participei de uma delas em que o adversário plantou espiões na campanha do meu
candidato ao governo estadual, o antigo Palácio Presidente Vargas. Desconfiei
da coisa porque sempre que chegava em alguma cidade do interior para um comício,
na equipe precursora o “inimigo” já sabia da agenda completa da nossa campanha
e se antecipava nas ações e até davam m jeito de boicotar nossos comícios.
Voltando a Porto Velho, numa grande reunião de comando de campanha, denunciei
que estava rolando espionagem. Ninguém acreditou e fui afastado da equipe por
fomentar a desconfiança, intrigas, etc. Depois, com a vitória do adversário
vários coordenadores de campanha garantiram emprego no governo estadual. Levei
um pé! Coisa de louco!
O bicho vai pegar
Já são quase 2 mil municípios
brasileiros atingidos pela seca, numa estiagem que vai do Sul do País,
centro-oeste ao Nordeste. E a batata de
Rondônia também está assando, já que as previsões são no sentido de o estado padecer
com uma grande estiagem no segundo semestre. Parece mentira falar em seca agora
com o Rio Madeira transbordando, invadindo ruas dos distritos, as localidades
ribeirinhas e algumas ruas centrais de Porto Velho. As perdas já são enormes na
zona rural do município repetindo o que ocorreu naquela cheia histórica de
2014.
Via Direta
***
Melhorou sensivelmente a questão da segurança pública nos conjuntos habitacionais
mais populosos da capital, casos do Orgulho do Madeira e Morar Melhor até pouco
tempo dominados pelas facções criminosas do PCC e Comando Vermelho *** Com
isto se constata que com boa vontade é possível melhorar as coisas na terrinha *** O vice-governador Sergio Gonçalves vai
confirmando a disposição de disputar o CPA Rio Madeira. Fará dobradinha com o
atual governador Marcos Rocha que vai pleitear uma cadeira ao Senado *** A
grande carta na manga de Gonçalves é a máquina do governo estadual a sua
disposição. Mesmo assim é uma presa fácil para políticos do calibre de Hildon
Chaves e Fenando Máximo, numa possível peleja entre eles.
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