Quinta-feira, 2 de outubro de 2025 - 08h20
Em
agosto, quando um empresário foi preso em Boa Vista com 103 kg de ouro
escondidos em uma caminhonete, avaliados em R$ 61 milhões e suspeitos de saírem
de garimpos ilegais em terras indígenas, talvez em Rondônia, uma consulta aos
registros apontou que essa foi a maior apreensão de ouro feita por agentes da Polícia
Rodoviária Federal, superando o recorde anterior, de 21 quilos, apanhados em
Roraima em junho do ano passado.
Quando
ocorrem fatos extraordinários como esses, a surpresa e a ampla divulgação
recebida passam a ideia de que os crimes aumentam. Quando se passam anos a fio
sem amplo noticiário sobre apreensões passa-se, ao contrário, a ideia de que o
garimpo criminoso está contido. No entanto, nem a grande divulgação nem o
silêncio interferem na rotina do crime. O que interfere são as providências
para proteger as áreas indígenas e punir os criminosos. As apreensões de
minérios extraídos ilegalmente não significam que as ações criminosas estejam
aumentando. Apenas sinalizam para a maior eficiência da fiscalização nas
estradas.
Por
outro lado, o brilho do ouro já começa a dar lugar a minérios menos conhecidos
cujo aproveitamento seria um salto importante na melhoria da distribuição da riqueza
no país: as terras raras. A questão é por que o Brasil não as aproveita, como
faz a China. Falta unir esforços para vencer o atraso, pois o Brasil tem a
segunda maior concentração de terras raras do mundo.
.........................................................................................
Nome pesado
Num
governo rachado, com interesses dispares para as eleições do ano que vem, o
nome do vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) é considerado pesado
para a disputa do governo estadual. Considerando a má performance do atual
vice-governador nas pesquisas eleitorais vigentes – levando pau em todas as
regiões do estado –existe um grupo político da base do atual governador Marcos
Rocha conspirando contra a aspiração do vice-governador na peleja. Os
insurrectos preferem Fernando Máximo ou até mesmo o atual presidente da
Assembleia Legislativa Alex Redano para pilotar a corrida ao CPA Rio Madeira.
Taca-lhe o pau!
Enquanto
os políticos defendem com unhas e dentes os garimpos ilegais, majoritariamente
tocados pelas facções criminosas com focos crescentes de tráfico de
entorpecentes e contrabando de armas, outro tem posição contrária. Taca-lhe o
pau. Os garimpos ilegais contaminam os rios e a natureza com o mercúrio
despejado nas águas, projetando epidemia de câncer com o consumo de peixes contaminados,
fomentam negócios escusos, como os já citados, além da lavagem do dinheiro.
Usam os ribeirinhos como escudo e políticos propinados. O lamentável da coisa é
o desemprego causado pelas intervenções. A União precisava oferecer
alternativas aos trabalhadores e suas famílias que ficam na pior.
Reforçando paliçadas
O
ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia Marcelo Cruz está reforçando
as paliçadas do seu partido, o PRTB, com vistas às eleições do ano que vem. Uma
das adesões mais importantes colhidas nos últimos dias foi do ex-deputado
estadual e ex-presidente do Legislativo estadual Hermínio Coelho que foi um
combativo vereador e atuante legislador estadual em seus mandatos no auge da
onda Lula em Rondônia. Tem grande prestigio com os servidores públicos já que
ao lado do ex-deputado estadual Mauro Nazif foi um dos grandes defensores da
categoria na década passada.
No mesmo balaio
Os
atuais deputados federais e senadores estão fazendo a festa com a aprovação de
um fundão eleitoral de R$ 5 bilhões para financiar a campanha 2026. Uma
concorrência desleal para as novas lideranças políticas, sem recursos para
enfrentar a jornada. A aprovação do fundão uniu petistas e bolsonaristas no
mesmo balaio, hebreus e fariseus, vermelhinhos e amarelinhos. É coisa de louco. Os dirigentes partidários também são
beneficiados com a medida para gastar adoidado nos próximos anos. Enquanto isto
a saúde e a segurança estão em colapso.
Federais mantidos
O Supremo
Tribunal Federal deu cabo naquele projeto que ampliava em mais de 80 parlamentares
na Câmara dos Deputados, alegando que existia uma grande desproporção de representatividade,
com alguns estados recebendo enormes contingentes de migrantes de outros
estados perdendo população. Com isto o supremo manteve os 513 parlamentares
vigentes. Na região Norte, Acre e Rondônia seguem com o mesmo número de
deputados, oito. O Amazonas seria beneficiado subindo para 10 cadeiras, mas
acabou ficando apenas com oito também. Rondônia ficou no lucro pois nos últimos
anos perdeu moradores para o MT, AM e estados do Sul do País.
Via Direta
***Até uns dois anos atrás os países
prediletos para imigração dos rondonienses era pela Ordem Estados Unidos e
Portugal. No entanto, com as restrições migratórias aplicadas pelos dois
países, o cenário mudou muito com as perseguições e deportações *** Na capital
rondoniense, os servidores federais aposentados estão optando por Florianópolis,
em Santa Catarina e João Pessoa na Paraíba. Pequenos e médios agricultores
apostam em terras mais baratas no Acre, na região de Conilza no Mato Grosso e Apuí,
no Sul do Amazonas *** E o enorme contingente
de garimpeiros de Porto Velho faísca ouro nas águas do Rio Madeira no Sul do
Amazonas ou em garimpos ilegais no Nortão do Mato Grosso.
Entender a situação econômica de Porto Velho é um desafio
Alguém vai lucrarEngana-se quem acha que os assuntos da COP30 se limitam a lamentar a piora do clima ou propor medidas que protejam melhor ar, terr
No plano federal o racha da direita já provoca prejuízos
Conspiração do AtlânticoA Amoc não é uma dessas tradicionais entidades que discutem comércio ou fazem o lobby de algum setor da sociedade para pres
Ainda existem brasileiros que resistem a esta migração negra no País
Tempo loucoRezar pela manhã, odiar à tarde e matar à noite é um comportamento desumano, mas há quem considere isso justo e natural, como se viu no a
As facções criminosas se espalharam para todos os rincões de Porto Velho
Mansões em cinzasChamados de catastrofistas e apocalípticos, durante décadas os climatologistas advertiram que as consequências do desmatamento ace