Sexta-feira, 10 de outubro de 2025 - 08h16
Causando
muito impacto, o sábio naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire afirmou: “Ou
o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”. Resistiram ambos,
como se sabe, mas agora a grande ameaça é a poluição plástica. Cerca de 40% da produção
global de plástico, acima de 400 milhões de toneladas/ano, são de produtos descartáveis,
mas só 9% são reciclados. A nova saúva, portanto, é de plástico. Quase a metade
vai para aterros sanitários, 19% são incinerados e 22% são jogados a esmo no
meio ambiente, resultando em consequências negativas para os cursos d’água,
fauna, flora e a saúde da população.
O Brasil
é o quarto maior produtor mundial de lixo plástico, reciclando apenas 24,5% de um
milhão de toneladas por ano. Não há pedaço do Brasil livre da poluição
plástica, e a Amazônia apresenta uma situação preocupante, pois não se sabe ao
certo o grau de contaminação atual, como atestou pesquisa feita pela Fiocruz
(Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá.
O
Brasil possui um belo conjunto de leis regulando os resíduos, mas desde que se
estabeleceram postos do jogo do bicho em cada esquina as leis se repartiram
entre as que pegam e as que não pegam. Se a poluição plástica não for equacionada,
afirmou o epidemiologista Jesem Orellana, “daqui a algumas décadas
reconheceremos doenças associadas aos microplásticos”.
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As rachadinhas
A
justiça afastou o vereador Tesari por causa de suas rachadinhas com servidores
da Câmara Municipal de Porto Velho e lavagem de dinheiro. Se as autoridades
rondonienses levarem a sério as investigações que estão em andamento, vão
constatar que é algo comum nos legislativos, seja nas câmaras e vereadores ou
nas assembleias legislativas. Uma prática também já denunciada no Congresso
Nacional, nas prefeituras e secretarias de estado. Foi colocado o dedo na
ferida, mas a ferida é enorme numa situação que se tornou corriqueira na
política brasileira, transformada em balcão de negócios.
Grande ingratidão
O
senador Confúcio Moura (MDB-RO) não deixou de registrar seu protesto contra a
ingratidão dos rondonienses –principalmente dos políticos conservadores – com o
presidente Luís Inácio Lula da Silva que tem encaminhado caminhão de recursos
para o estado, projetando grandes obras como a ponte binacional em Guajará
Mirim, já com a empreiteira contratando operários na região fronteira,
inclusive em Nova Mamoré. De fato, os políticos locais tem sido mesmo ingratos
com os mais de R$ 1,5 bilhão de recursos destinados a Rondônia. A própria Assembleia
Legislativa aprovou moção de repudio a Lula em sua recente visita ao estado.
Piratas ferrados
Nem
sempre os piratas do Madeira ou aqueles que atuam em outros nos rios da região Norte
se dão bem no roubo de barcaças de combustíveis que tanto tem prosperado na Amazônia.
No final de semana os piratas, em plena ação na costa da Jatuarana,
proximidades de Manaus acabaram explodindo juntos com balsa, rebocador e tudo
durante a transferência de combustíveis para a embarcação dos meliantes. A
perigosa prática dos piratas de combustíveis tem sido duramente combatida pelas
autoridades de segurança em Rondônia, mas eles se multiplicam como as facções
criminosas que agem nos conjuntos habitacionais Morar Melhor e Orgulho do Madeira.
Frente Parlamentar
A
Câmara Municipal de Manaus criou uma frente parlamentar para lutar pela total
recuperação da rodovia 319 que conecta a capital amazonense a Porto Velho, num
trajeto de aproximadamente 900 quilômetros. Conforme a inciativa, o movimento
tem como objetivo acompanhar os desdobramentos para a liberação das licenças
ambientais bem como a pavimentação dos trechos deteriorados nas últimas décadas
da estrada. Atualmente existem aproximadamente 400 quilômetros asfaltados da
estrada, nos trechos Porto Velho Humaitá e de Manaus a Carreiro.
Audiência publica
É grande a expectativa
para a audiência pública convocada pela Assembleia Legislativa nesta
segunda-feira. Ela vai tratar da suspensão dos serviços de energia elétrica
para os assentamentos Margarida Alves (Nova União), Galo (Chupinguaia) e Padre
Ezequiel em Mirante da Serra. A
recomendação a Energisa partiu do Ministério Público Federal de Rondônia e
atinge centenas de famílias assentadas em reserva legal. É uma situação
dramática para as famílias dos assentamentos a maioria formada por pequenos
parceleiros que buscavam alternativa de vida. Ao mesmo tempo existem os rigores
da lei que atingem os mais humildes.
Estranhos no ninho
Já com as bênçãos da ex-primeira
dama Michele Bolsonaro o pecuarista Bruno Scheidt (PL) começou sua campanha por
uma cadeira ao Senado. O milionário patina nas pesquisas na sua própria base
que é a região central, onde tem domicilio eleitoral. É desconhecido em outras regiões,
um verdadeiro estranho no ninho político rondoniense. Pior ainda é o Cabo
Daciolo, um presidenciável fracassado que resolveu buscar abrigo com domicilio
eleitoral em Rondônia – mais precisamente em Ariquemes – na busca de uma
cadeira ao Senado. Já imaginaram dois estranhos no ninho representando Rondônia
no Congresso?
Atuação firme
Mesmo
fora do mandato há quatro anos, o ex-senador Acir Gurgacz (PDT) tem se
destacado pelas obras conquistadas com recursos de suas emendas parlamentares
para Ji-Paraná e região central. Como tem excelente interlocução com as esferas
federais, já que ele e o senador Confúcio Moura tratam da liberação de recursos
para Rondônia, em vista do excelente relacionamento com o governo Lula, sua
ação tem sido destacada por lideranças políticas e empresariais da capital da
BR. Acir projeta sua volta ao Senado ampliando seu raio de ações nas eleições do
ano que vem.
Via Direta
*** O deputado estadual Alan Queiroz
pede a implantação de mais totens de vigilância em Porto Velho como forma de
inibir a escalada da violência na capital rondoniense. A medida já foi adotada
em pontos críticos dando bons resultados *** Tudo se encaminha para Porto Velho
lançar três candidatos ao governo estadual nas eleições do ano que vem. O
vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), o ex-prefeito Hildon Chaves
(PSDB) e o deputado federal Fernando Máximo (possivelmente pelo Podemos) *** O divisionismo da capital é uma benção
para os candidatos do interior, onde estão concentrados dois terços do eleitorado
rondoniense e acima de tudo bairrista.
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