Quarta-feira, 20 de dezembro de 2023 - 08h00
Na
variedade de assuntos, propostas, denúncias e egos ansiosos para se sobressair
na Cop28, em uma vasta quinzena repleta de eventos, seria impossível destacar uma
só personalidade e um só tema. Provavelmente só em um caso uma personalidade,
uma instituição e um tema interligados no mesmo evento se destacaram
simultaneamente: Aloizio Mercadante, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), que ele preside, e a proposta dele e do Banco de
criar o Arco da Restauração (AR).
Como
se fosse a providência que bloqueia um vazamento, o AR seria a resposta ao Arco
do Desmatamento, a fronteira agrícola na qual se concentram os maiores índices
de desmatamento da Amazônia. Se para a maioria dos problemas as duas principais
soluções são dinheiro e dinheiro, para esse importante projeto as melhores
consistem em criar já um fundo de US$ 10 bilhões para custear um cinturão de
restauro da vegetação perdida em áreas prioritárias e triplicar esse volume nas
décadas seguintes.
No
entanto, como é inútil tirar água da canoa avariada com uma caneca sem tapar o
furo, o projeto, custoso, difícil e de longo prazo, não vai funcionar se o
desmatamento criminoso continuar. A medida de recuperar a mata não pode ser do
tipo destrói hoje num minuto e repõe depois ao longo dos anos. Precisa começar
pela noção de que sem desmatar se pode ganhar muito dinheiro já e protegendo a
floresta se pode ganhar ainda mais no futuro.
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Nadando de braçadas
Se
é alguma coisa que o governador de Rondônia Marcos Rocha (União Brasil) e o
prefeito de Porto Velho Hildon Chaves – não se sabe qual partido está, se é o UB
ou o PSDB – é com a oposição. Não existe, tanto na Assembleia Legislativa, como
na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Só em temas muito desgastantes, como
foi o reajuste do IPTU na prefeitura de Porto Velho ou na definição do índice
de cobrança do ICMS no caso do governo estadual, alguns parlamentares chiaram e
assim mesmo muito poucos. Governador e prefeito nadam de braçadas, sem
fiscalização.
A polarização
Bolsonaristas
e petistas apostam em mais uma polarização nas eleições municipais de 2024.
Sendo assim, se tratando de Rondônia, mesmo com a aliança de Lula se fortalecendo,
onde o MDB tem apresentado grande crescimento com a liderança do senador Confúcio
Moura, o conservadorismo deve levar vantagem. O partido de Lula, o PT, não
apresenta candidatos viáveis nos principais colégios eleitorais do estado,
tampouco os demais partidos da federação Brasil Esperança. O caminho está livre
para o União Brasil, Partido Liberal, Progressistas e outros a direta ganharem
mais prefeituras.
A pele do governador
Querem
(os oposicionistas) a pele do governador Marcos Rocha (União Brasil) para fazer
tamborim. Pela terceira vez em menos de um ano o escritório jurídico do mandarim
rondoniense conseguiu sucesso nas instâncias da justiça, evitando a cassação do
mandato da chapa completa, com Marcos Rocha e o vice Sergio Gonçalves. Se na
esfera da Assembleia legislativa, Marcos Rocha tem maioria com sua base aliada,
no plano federal tem três senadores oposicionistas. Seja com Confúcio Moura
(MDB-Ariquemes), como os liberais Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Jaime Bagatolli
(Vilhena).
Correndo trecho
O
ex-senador Acir Gurgacz já corre trecho, na condição de presidente estadual do
PDT visando organizar o partido para as eleições municipais do ano que vem. Na
semana passada teve encontros em Ji-Paraná e Porto Velho ouvindo as bases para
traçar diretrizes e firmar alianças. Avaliando o cenário regional, Acir
enfatiza que o partido deverá crescer muito no pleito de 2024, recebendo e
estimulando novas lideranças. A prioridade para as alianças é nos principais
polos regionais, casos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de
Moura e Vilhena.
A questão do ICMS
A
questão do aumento da alíquota do ICMS nos estados continua gerando conflitos
políticos. Em Rondônia, o governador Marcos Rocha ganhou a parada aumentando o
percentual de 17 para 19,5 para recuperar a arrecadação pós-pandemia, com apoio
dos deputados estaduais. Mas em alguns estados, as pressões populares deram resultados,
e os governadores estão voltando atrás na iniciativa, como no Rio Grande do Sul
aonde o governador Eduardo Leite é um presidenciável, e para não perder pontos
com a população acabou deixando o reajuste do ICMS de lado. Vamos ver depois os
reflexos da sua decisão na economia gaúcha.
Via Direta
*** Com as chuvas nesta estação do
inverno amazônico, o lençol freático de Porto Velho já subiu o suficiente para
atender a população abastecida pelos poços caseiros tão prejudicados durante a
estiagem histórica na região *** Grande parte dos moradores na periferia foi
obrigada a aprofundar os poços no verão 2023 a razão de R$ 250,00 o metro *** Em Ji-Paraná, com o prefeito Esaú
Fonseca de volta ao Palácio Urupá, se renovam as expectativas de que ele dispute
a reeleição no ano que vem *** Segue o êxodo demográfico rondoniense em
algumas regiões do estado. A preocupação dos prefeitos é com relação as perdas
no rateio dos tributos federais.
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