Quarta-feira, 17 de janeiro de 2024 - 08h00

Nas
asas da tecnologia, ser dono de um pedaço da Amazônia para amar e proteger
ficou tão fácil quanto pedir uma pizza. Há várias formas de obter a propriedade
do direito de vigiá-la e preservá-la para si e o mundo. Uma das mais recentes é
a startup Amazon Guardian, que fornece um acre (pouco mais de 4 mil metros
quadrados) a ser acompanhado em tempo real, por de satélite, via georreferenciamento.
Sendo
uma microfloresta real, o dono do direito terá relatórios periódicos sobre as
condições da área e se quiser sentir o solo sob os pés poderá se deslocar até a
área e senti-la. Só não pode mexer nela, claro, porque o princípio desse
direito é proteger a área para que nada destrutivo aconteça. É pagar pela
prestação de serviços ambientais (desmatamento evitado e manutenção florestal)
por meio de títulos de preservação ambiental.
A
tecnologia já permite a aquisição de equipamentos e programas que criam a sensação
de imersão física em ambientes virtuais, proporcionando sensações, emoções e
diversão. A diferença é que ao se tornar um guardião da sua microfloresta o
participante do projeto não experimenta uma ilusão. A tecnologia lhe dá acesso
ao que realmente existe e não apenas a sensações artificialmente produzidas. Aliás,
ter a ilusão imersiva da realidade virtual custa bem mais caro que proteger a floresta
real, com árvores, águas e bichos de verdade.
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Uma muleta
Num
estado conservador como Rondônia, os partidos bolsonaristas consideram uma
eventual aliança com o PT do presidente Lula, uma gelada, daquelas dos picos
nevados do Chile. Mas é uma união que pode acontecer entre o MDB e PT no
estado, com o MDB funcionando como muleta para os petistas. O senador Confúcio
Moura manda nos cargos federais, comanda a distribuição de recursos para os
municípios de Rondônia, se comportando como um verdadeiro governador paralelo.
Em troca tem o dissabor de encaminhar alianças do seu MDB com o PT.
A polarização
As
eleições municipais de outubro caminham para nova polarização entre os partidos
alinhados ao presidente Lula com as legendas conservadoras dominadas por
bolsonaristas em Rondônia. Esta perspectiva é forte em polos regionais importantes
como Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena. Em Porto Velho, onde o PT já
elegeu prefeito e reelegeu, deputados federais e uma senadora, o bolsonarismo
não é tão forte, mas os principais candidatos ao prédio do relógio são deste
segmento. Mariana Carvalho (Progressistas), Fernando Máximo (União Brasil), Leo
Moraes (Podemos) e Cristiane Lopes (União Brasil)
PL nas paradas
O
presidente do Diretório Nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, está orientando
aos diretórios estaduais para o partido lançar candidaturas próprias nas
capitais. Em Rondônia, onde o partido é forte e conta com dois senadores e
grande representatividade na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, a
legenda ainda não tem um candidato definido. Caberá ao presidente estadual
Marcos Rogério cuidar das tratativas. Acredita-se que os entendimentos já foram
iniciados e o nome cotado pertence atualmente aos partidos da base do
governador Marcos Rocha. Será?
Batata assando
Com
a decisão do ministro Dias Tofolli do Supremo Tribunal Federal para investigação
do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) se acelera o processo para condenação
e posterior afastamento do parlamentar paranaense. No Paraná tanto o PT como o
bolsonarismo já se movimentam para eleições suplementares projetando candidaturas
a cadeira de Moro nos dois segmentos. Pode rolar uma disputa entre duas leoas:
Michele Bolsonaro, esposa do ex-presidente e a deputada federal Gleici Hoffmam,
ungida de Lula para a possível peleja no estado. Como se vê, a batata de Moro
está assando e já está bem tostada.
Cenário nacional
Com
o ex-presidente Jair Bolsonaro já considerado inelegível para as eleições de
2026, vários governadores se movimentam para disputar o Palácio do Planalto,
assumindo o espólio do bolsonarismo. Entre eles, Tarcísio de Freitas (São
Paulo), Ratinho Junior (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado
(Goiás). Unir o segmento também parece um desafio e desde já se vê a perspectiva
de um racha nos herdeiros políticos do bolsonarismo. Na esquerda, quem dita os
rumos é Lula e ele já se prepara para mais uma jornada buscando seu quarto
mandato.
Via Direta
***
O ministro Flávio Dino deixa o Ministério da Justiça em fevereiro devendo ações
na esfera da segurança pública na Amazônia. Poucas ações foram desencadeadas
para combater o narcotráfico ***
Em Rondônia os carteis das drogas deitam e rolam e estão armados até os dentes,
tanto em rotas fluviais, aéreas e terrestres. E coisa de louco *** Tudo indica que o ex-prefeito de Porto
Velho José Guedes se aposentou e deixou as disputas eletivas *** Ainda na
ativa, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando reforça as
paliçadas para disputa em 2026. Pode ser ao Senado ou uma cadeira a Câmara dos
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