A tradição dos governadores se elegerem ao Senado em Rondônia

Era um plano

Poderia ser um filme de James Gray, que em 2017 entregou ao público “Z – A Cidade Perdida”, sua versão da intrigante expedição do explorador britânico Percy Fawcett. Obcecado por encontrar uma cidade perdida na Amazônia, acabou ele próprio se perdendo sem jamais ser encontrado. Fawcett de fato existiu e sua história inspirou, além desse filme, a saga pop de Indiana Jones, de Steve Spielberg. Já a descoberta bem-sucedida da cidade fantasma de Lamego não veio da aventura de um desbravador heroico atrás de lendas e ilusões, mas da mais avançada tecnologia dos novos tempos, representada pelos sensores LiDAR.

Lamego poderia ser uma espécie de avó das cidades planejadas do Brasil, tais como Brasília, Belo Horizonte, Palmas ou Goiânia. Foi plantada na Amazônia, próxima ao Forte Príncipe da Beira, como parte dos planos de expansão do reino português e defesa contra a expansão espanhola. Embora o LiDAR a tenha apontado, para chegar a Lamego o “Indiana Jones” de fato foi o arqueólogo Carlos Zimpel Neto, da Universidade Federal de Rondônia.

Lamego não surgiu do nada, ao improviso: o traçado das ruas e a disposição das construções revela a clara intenção de criar ali um núcleo urbano integrado ao projeto de controle territorial e político da região. No fim das contas, mesmo depois esquecido e em ruínas, o plano acabou dando certo. Aliás, o Brasil tem muitos planos que ainda podem dar certo. Basta persistir.

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Bem enrascados

Dois governadores da região amazônica, Gladson Cameli (Acre) e Antônio Denarium (Roraima) estão bem enrascados com a justiça e serão julgados ainda neste mês de novembro. Ambos temem a inelegibilidade para as eleições do ano que vem. Os crimes variam desde questões eleitorais até malversação de recursos públicos. Um deles, caso de Gladoson Cameli lidera as pesquisas de intenções de votos para o Senado. Os concorrentes torcem para que ele se dê mal. Os processos de arrastam depois de tantas investigações da Polícia Federal.

Uma tradição

A tradição dos governadores se elegerem ao Senado em Rondônia é uma das apostas da base aliada do governador Marcos Rocha (União Brasil) para que ele garanta uma cadeira no Congresso nas eleições do ano que vem. Tanto Valdir Raupp (MDB), Ivo Cassol (PP), como Confúcio Moura (MDB) foram eleitos senadores. Sem contar, que também José Bianco, antes de se eleger governador do estado também foi senador da república. A militância está confiante nesta tradição e nas fortes nominatas formadas para a disputa das cadeiras a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados.

Sites fantasmas

A justiça entrou em ação e descobriu que existem sites fantasmas como grãos de areia no Rio Madeira rapinando recursos públicos no estado de Rondônia.  Foram criados de uma hora para outra para receber fatias da publicidade governamental e agora a coisa está apertando. Descobriu-se a participação de políticos no esquema, usando amigos e familiares na criação de jornais eletrônicos desconhecidos. Testemunhas estão sendo ameaçadas pelos rapinadores e pelo chefe do esquema liderado por políticos que se servem do esquema par encher os bolsos. Rondônia precisa ser passado a limpo. É muita pilantragem.

Missão na parada

Como foi amplamente noticiado, o Movimento Brasil Livre, de direita, conseguiu emplacar seu registro do Tribunal Superior Eleitoral-TSE e se transformou no trigésimo parido político registrado na justiça. Será denominado Missão e já tem até seu presidenciável escalado para as eleições de 2026. A nova legenda tem como desafio vencer as cláusulas de barreiras que impõe restrições dos partidos que não conseguirem eleger representantes nos estados.  Com embrião paulista, o Missão também vai disputar os votos da direita com o Partido Liberal, União Brasil e tantos outros do mesmo segmento.

Asas crescidas

  Como em Rondônia onde existe alguma rejeição ao nome do vice-governador Sergio Gonçalves para a disputa ao Palácio Rio Madeira, no Acre a vice do governador Gladson Camelli, Mailza de Assis, também sofre o mesmo problema para a peleja sucessória acreana. Os vices tentam sustentar suas candidaturas aos governos estaduais, mas vão passar por convenções difíceis no mês de julho quando os partidos vão homologar as candidaturas dos postulantes as gestões estaduais na região amazônica. Os vices também estão animados nos estados do Amazonas e no Pará, todos de asas crescidas e alvos de sabotagens das bases aliadas dos atuais governadores.

Batalha pelo Porto

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) está assumindo a causa do porto cai N’àgua, abandonado pelas gestões municipais , estaduais e federais,  sujeito as decisões do Dnitt e da Marinha de Manaus, transformado num cartão postal às avessas da capital rondoniense. O senador vai destravar recursos nas esferas federais para agilizar as obras relegadas a um segundo plano. Já estava na hora da bancada federal entrar na coisa e os deputados federais da capital deveram e deixar de fora das questões partidária e se juntar ao senador para agilizar a coisa, talvez com recursos de emendas parlamentares conjuntas.

Fora Carlucho!

Lideranças políticas e empresariais e redes de comunicação de Santa Catarina começaram uma campanha contrária a candidatura do filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o vereador carioca Carlucho Bolsonaro ao Senado por aquele estado. Ocorre que o ex-presidente em conjunto com a o atual governador planeja duas candidaturas ao Senado, casos de Carlucho pelo PL e Esperidião Amim pelo PP, deixando e lado a deputada federal Carolina Detoni (PL) de Chapecó, nome mais forte do partido para a peleja ao Senado. A campanha Fora Carlunho! Já está em andamento em território barriga verde.

Via Direta

*** As calorentas Manaus e Porto Velho terão patinação do gelo no Natal como ocorre nos países nórdicos onde o frio é intenso. Os eleitores riquinhos, em condições de comprar patins caríssimos, já estão fazendo a festa com o evento *** Em duas capitais tão carentes de saúde e segurança pública, gastar recursos públicos com pistas de patinação no gelo é realmente um exagero *** É como Ariquemes que construiu aeroporto sem voos de Tam, Azul e da Gol – e nem para lugar nenhum - para os políticos fazerem bonito no Vale do Jamari *** Trocando de saco para mala: vem aí uma nova pesquisa, de um instituo nacional, para governador, senador, deputados federais e estaduais. A temporada promete grana alta para os institutos.