Segunda-feira, 27 de maio de 2024 - 07h55

Apesar
de servir a interesses duvidosos, o antiglobalismo localista não deixa de ter
razão quando entende que há diferentes realidades geográficas e não há como
definir regras gerais para a imensa diversidade existente, mais visível à
medida em que se ampliam as distâncias entre as regiões, salientando as diferenças.
A
Amazônia é a comprovação perfeita desse entendimento, como se nota pela
declaração do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República,
Ubiratan Cazetta, para quem “a Amazônia é composta por várias Amazônias com
diversas peculiaridades por conta de regime de chuvas, de cobertura florestal,
de um conjunto imenso de questões que precisam ser colocadas”. Estendendo a
avaliação do jurista, com ampla vivência no Pará, compreende-se que há vários
Brasis, e mais do que supunha o professor Darcy Ribeiro, que sugeriu cinco: os
Brasis Crioulo, Caboclo, Sertanejo, Caipira e Sulista.
Quem
conhece o mínimo da Amazônia sabe que é fácil encontrar os cinco Brasis em
qualquer um dos estados amazônicos: caboclos, sertanejos e sulistas se
encontram em cada esquina. As ideias de “Brasil Grande” e “uma pátria só”
empalidecem diante dessa realidade múltipla. Enquanto há seca em uma parte do
país, em outra há inundações. Não se pode considerar que o Brasil – e dentro
dele a Amazônia – seja um tijolo compacto, uma realidade única e sem
contradições.
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Na história
Poucos
presidentes da Assembleia Legislativa de Rondônia tiveram sucesso na disputa
pelo do governo de Rondônia e prefeitura de Porto Velho através dos tempos. O
primeiro a entrar na peleja pelo então Palácio Presidente Vargas, foi o médico
Oswaldo Piana Filho (com base em Porto Velho), que foi bem-sucedido, em 1990,
sucedendo o então governador Jeronimo Santana. O segundo a se dar bem, foi José
de Abreu Bianco (Ji-Paraná), em 1998, numa grande disputa com o então governador
Valdir Raupp (Rolim de Moura). O terceiro não logrou êxito, foi o deputado
Natanael Silva (Porto Velho), derrotado por Ivo Cassol (Rolim de Moura)
No Tancredo Neves
Na
disputa pela prefeitura de Porto Velho, denominado Palácio Tancredo Neves, só
um presidente da Assembleia Legislativa se encorajou até agora. Se de fato o
atual presidente Marcelo Cruz (PRTB) confirmar sua postulação em 2024, será o
segundo a encarar a difícil peleja. O primeiro foi Amizael Silva que era
vice-prefeito de Chiquilito Erse e esperava contar com apoio do então prefeito
para se eleger. Chiquilito não cumpriu o compromisso de apoio e Amizael se deu
mal, sendo derrotado pelo deputado federal José Guedes. Naquele pleito
Chiquilito apoiou Vitor Sadeck, indicado pelo então senador Odacir Soares.
Seriam favoritos
Ainda
falando em termos de ex-presidentes do Poder Legislativo, dois deles seriam
favoritos se entrassem na disputa as prefeituras municipais de seus municípios.
Seriam Alex Redano (Republicanos) em Ariquemes que optou em apoiar sua esposa,
a atual prefeita Carla Redano a reeleição e Laerte Gomes (PSD) em Ji-Paraná que
não anunciou ainda qual será seu candidato na capital da BR. Ambos sempre foram
bem articulados, estão em alta em suas regiões e desfrutam de prestigio perante
as suas bases eleitorais, tanto é verdade que foram os mais votados nas
eleições a ALE em 2022.
A grande seca
Os
rondonienses, acompanhando as chuvas ainda neste final de maio certamente não
acreditam nas previsões dos meteorologistas que apontam em 2024 a pior seca de
todos os tempos no estado. Mas é o que está previsto diante de sondagens espaciais
para os estados do Amazonas, Acre e Rondônia a partir do segundo semestre,
portanto estamos pertinho de uma nova catástrofe climática. Destes estados pode
se dizer que o Acre tem sido um dos mais prejudicados, já que de uma terrível
estiagem em 2023, sofreu recentemente uma baita enchente e agora meses depois
se vê diante da possibilidade de uma seca mais rigorosa. É coisa de louco!
Falta prestigio
A
classe política rondoniense anda mesmo sem prestigio. Rondônia perdeu importantes
voos para oura capitais brasileiras, o ex-presidente Jair Bolsonaro passa por
cima de Rondônia para apoiar os candidatos as prefeituras do seu partido em Rio
Branco e Manaus, evitando até escalas por aqui e o ministro da Agricultura e Pecuária
Carlos Favaro inventa desculpas, para não comparecer a maior feira do agronegócio
da Amazônia em Ji-Paraná. As lideranças da Vila Sapo que surgiram no diluvio no
Três Maias, devem ter mais prestigio que os políticos de nosso estado.
Via Direta
*** Os cassolistas dizem que Rondônia precisa de lideranças com
pulso mais forte para enfrentar as adversidades da crise aérea, segurança e
saúde e neste espaço é que o ex-governador Ivo Cassol começa a ganhar terreno
desde já para as eleições 2026 ***Arrogante, autoritário, brigão, Ivo está de
volta e se mantém com força no segmento da direita que aprecia este estilo
típico do mito Bolsonaro *** Trocando de
saco para mala: ex-deputados estaduais estão de volta n disputa de cargos eletivos a vereança em
Porto Velho no pleito deste ano ***. Fala-se de Hermínio Coelho, Borabaid,
entre outros nomes de destaque na política de Porto Velho.
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