Quarta-feira, 27 de agosto de 2025 - 09h05
REPERCUSSÃO
A entrevista
concedida ao podcast Resenha Política por Hildon Chaves
(PSDB), primeiro pré-candidato a governador anunciado oficialmente, repercutiu
intensamente nos meios políticos, especialmente na capital. Ao declarar que o
prefeito Léo Moraes deveria apoiá-lo — após um papo regado a Coca-Cola —, sob
pena de, em caso de derrota, voltar a disputar a prefeitura de Porto Velho,
Hildon soou mais como quem lança uma ameaça do que como alguém que busca a
conciliação.
BELIGERANTES
Quem conhece o atual
prefeito e o ex-alcaide sabe que dificilmente estarão no mesmo palanque em
2026, já que os dois não se suportam — embora, na política, o inimigo de hoje
possa ser o aliado de amanhã. O problema é que tanto Hildon quanto Léo possuem
temperamentos combativos e nutrem antipatia mútua desde a memorável disputa
municipal de 2016. De lá para cá, a distância só aumentou, seja no campo
pessoal, seja na arena política. É o retrato vivo do adágio: “a
política é a arte de separar para depois unir, mas também de unir para, em
seguida, separar.”
CONVITE
Hildon adiantou que
vem conversando com a deputada federal Sílvia Cristina (PP), a quem convidou
para compor sua chapa como candidata ao Senado. É um dado novo, já que a
parlamentar pepista hoje se mostra mais próxima da pré-candidatura de Adailton
Fúria. O ex-prefeito promete anunciar sua chapa majoritária em até dois meses.
PRIORIDADE
Em entrevista à
coluna, o senador Marcos Rogério (PL), bem avaliado nas pesquisas para
governador, reiterou que sua prioridade é a reeleição ao Senado. A eventual
candidatura ao governo dependerá das circunstâncias que serão analisadas no
próximo ano.
UNANIMIDADE
Nos bastidores,
Marcos Rogério trabalha para formar o arco de alianças mais amplo possível, na
esperança de encerrar a disputa já no primeiro turno. Confessou que tem
dialogado com todos os pré-candidatos que se dizem de direita sobre esse
projeto — embora nenhum tenha desistido da própria postulação. Por isso, a
prioridade, por ora, é a reeleição. Ainda assim, deixou claro ao podcast que
não descartou a corrida pelo Governo de Rondônia.
SURPRESA
Outra entrevista que
chegará às plataformas digitais nos próximos dias é a do comandante-geral da
PM, coronel Régis Braguin, que falou sobre o enfrentamento às organizações
criminosas e aos conflitos agrários. Após a gravação, em conversa informal com
este cabeça-chata, deixou escapar que cogita disputar o governo, dependendo
apenas de um sinal verde do governador Marcos Rocha. Como se diz no meio
castrense, “ordem dada é ordem cumprida”.
VICE
O vice-governador
Sérgio Gonçalves reafirmou sua disposição em disputar o Governo de Rondônia
pelo União Brasil. Questionado sobre sua relação com Marcos Rocha, respondeu
que o momento é de calmaria e que as desavenças nasceram de fofocas palacianas.
Adiantou que Rocha é seu candidato ao Senado, mas não confirmou a versão de que
teria recebido perdão pessoal do governador. A paz — ainda que pragmática — é
útil a ambos. Afinal, como ensinava Churchill, “a política é quase tão
excitante quanto a guerra, e não menos perigosa”.
ILHADA
A coluna não
compreende por que a magnífica reitora da Universidade Federal de Rondônia
mantém nossa única instituição pública de ensino superior tão distante da
realidade que a cerca. Por quatro vezes, nosso podcast a convidou para uma
entrevista que esclarecesse à população as ações de sua gestão. Enquanto Porto
Velho cresce em direção ao campus universitário, a reitoria opta por isolar a
comunidade acadêmica do convívio com a cidade.
DIFERENÇAS
O tripé que sustenta
a universidade — ensino, pesquisa e extensão — parece enfraquecido. O ensino da
Unir sempre foi referência regional, graças à qualificação do corpo docente,
incentivado ainda nas gestões de Ari Ott, Ênio Glória, Osmar Siena e Berenice
Tourinho. A pesquisa e a extensão também tiveram saltos qualitativos nessas
administrações. Hoje, entretanto, a opção pelo isolamento enfraquece a
instituição e priva a sociedade da transparência sobre os rumos adotados.
DESRESPEITO
A reitora, quando
agenda entrevistas, frequentemente desmarca de última hora, sem sequer permitir
ao entrevistador reorganizar a pauta. A forma deselegante de tratar a imprensa
revela muito do estilo de sua gestão. O que há de bom na Unir é fruto dos
reitores anteriores. Até mesmo o anúncio do Hospital Universitário é resultado
da resiliência do prefeito Léo Moraes.
INFLUENCERS
O número crescente de
“influencers” envolvidos em confusões e suspeitas de participação em jogos
eletrônicos ilegais chama a atenção. Acumulam milhões em caraminguás na mesma
velocidade com que arrumam encrencas. Nem todos se envolvem em malfeitos, mas a
nova “profissão” já carrega má fama, com vínculos perigosos à marginalidade. No
fim, vale a máxima: “quem vive de aparências, cedo ou tarde, se afoga
nelas.
COP-30: AMAZÔNIA NO
FOCO
A realização da
COP-30 em Belém do Pará colocará a Amazônia no centro do debate mundial. Não
será apenas um encontro de especialistas, mas um palco em que os governantes
terão de responder pela omissão diante do avanço do desmatamento.
POVOS ORIGINÁRIOS E
DIREITOS
Outro tema
incontornável é a proteção dos povos originários. Sem garantir seus territórios
e autonomia, qualquer promessa de preservação será mera retórica. A floresta
sobrevive porque seus povos resistem. O Brasil deseja ser vitrine da
sustentabilidade, mas ainda permite que comunidades indígenas sejam
encurraladas por grileiros e garimpeiros.
ECONOMIA VERDE OU
RETÓRICA?
O terceiro ponto é a
transformação da economia amazônica. Muito se fala em
bioeconomia, mas
pouco se vê de políticas públicas estruturantes que beneficiem a população
local. A COP-30 será o teste definitivo para saber se o discurso da “economia
verde” deixará de ser bandeira de palanque para se tornar alternativa concreta
ao modelo predatório da motosserra e do fogo.
EXTORSÃO
Os preços abusivos das diárias cobrados por hotéis, pousadas e unidades
particulares durante a COP, em Belém, representam uma vergonha em escala global
para o país. Muitas delegações estrangeiras já estão cancelando suas reservas
por não aceitarem a postura oportunista do setor hoteleiro paraense. Antes
mesmo de iniciar os debates sobre mudanças climáticas com outros países, o
Brasil deveria discutir, primeiramente, a conduta antiética da hotelaria
nacional. Nenhuma delegação — nem mesmo as brasileiras — aceita ser extorquida.
NÓ
Sem sequer passar pelo crivo da interpretação livre do Judiciário quanto ao
alcance da nova regra da Lei da Ficha Limpa, os apressados — que antes
aplaudiam normas mais rigorosas — já anunciam a reabilitação de Ivo Cassol e
Acir Gurgacz para as eleições de 2026. É preciso cautela para verificar quais
travas (ou “pegadinhas”) estão previstas no novo dispositivo legal e como
poderão ser aplicadas a casos concretos já transitados em julgado. Afinal,
nossos congressistas são mestres em dar nó em pingo d’água. A reabilitação,
conforme alardeiam os ligeirinhos, não é automática. Parte superior do
formulário
DESIGNAÇÃO
Agradeço publicamente ao Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil, Dr. José Alberto Simonetti, pela designação de meu nome para compor
a Comissão Nacional de Defesa da República e da Democracia. Registro, em
especial, o empenho pessoal do presidente da nossa seccional, Márcio Nogueira,
que chancelou a indicação. Considerando a realidade brasileira, trata-se hoje
de uma das mais importantes comissões da OAB Nacional.
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