Quarta-feira, 20 de agosto de 2025 - 10h30
AEGEA
É
estranho o movimento político feito pelo presidente da Assembleia Legislativa,
Alex Redano, em desqualificar uma das maiores empresas que atua no nicho
milionário do saneamento básico e fornecimento de água potável sem que o
processo licitatório ainda esteja conluído.
ANTECIPANDO
Estranhamos
a denúncia do parlamentar ao antever o vencedor do certame, uma vez que os
procedimentos licitatórios estão longe da conclusão. Embora o alerta de Redano
possa parecer preventivo, é uma forma
incomum antecipar o certame. Das duas, uma: ou o parlamentar têm informações
sobre um suposto direcionamento, ou está retaliando em razão dos problemas
contratuais da empresa com a prefeitura de Ariquemes, onde a prefeita, Czarla
Redano, é a cônjuge do presidente.
REGRA
Não
mentira que a empresa seja alvo de críticas nos municípios em que explora o
nicho, inclusive graves, mas para isto os gestores possuem os instrumentos
próprios para exigir da empresa os serviços contratados. Uma eventual
desclassificação do certame tem que seguir as regras licitatórias e não
políticas.
PESQUISA
Os
números da pesquisa Paraná que apontam os nomes mais competitivos ao Governo de
Rondônia e ao Senado Federal estão bem próximos aos dados apurados por um
instituto rondoniense e revelam um ano antes da eleição uma disputa bem
acirrada entre os prováveis candidatos, seja a governador, seja a senador. Largam em vantagem significativa.
FAVORITOS
Não há
dúvida de que o deputado federal Fernando Máximo e o senador Marcos Rogério
pontuam bem, tanto para governo quanto para o senado. O primeiro foi o
parlamentar federal mais bem votado na última eleição e, o segundo, foi ao 2º
turno para governador com Marcos Rocha na disputa com o resultado mais apertado
de todas as demais eleições estaduais. O recall das eleições de 2022 lhes dão
atualmente um favoritismo expressivo em relação aos demais candidatos
pesquisados. Isto não significa que serão eleitos em 2026. Muita água ainda vai
passar por debaixo da ponte até a eleição de fato.
SUPREENDENDO
Pelos
cenários pesquisados, a novidade para boa parte do eleitor são os percentuais
alcançados pelo jovem prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD). Com uma
administração municipal bem avaliada, Fúria tem conseguido chamar a atenção dos
eleitores dos demais municípios e começa a consolidar uma liderança interiorana
até então alcançada por Ivo Cassol e Valdir Raupp. Analisando atentamente os
números, é hoje o candidato que mais canibaliza o eleitor de Ivo Cassol. Uma surpresa neste feito.
MITO
A
pesquisa quebra um mito da “viúva” de Ivo Cassol que, mesmo inelegível, sonha
com sua volta à disputa pelo governo. Os números obtidos pelo ex-governador não
são tão expressivos como seus séquitos imaginavam e revelam uma dificuldade
enorme em se descolar dos demais concorrentes. Quem apostava que ele venceria
no primeiro turno – numa hipótese de voltar à elegibilidade -, é surpreendido com um percentual bem distante
das especulações feitas pelas “viúvas”. Aliás, os percentuais apontam uma
razoável dificuldade para Cassol alcançar uma das vagas para o segundo turno. O
que até pouco tempo era inimaginável, inclusive para alguns analistas de
plantão. Um mito em decadência.
RESILIÊNCIA
Único
membro da bancada federal declaradamente da base governamental do presidente
Lula, o senador Confúcio Moura (MDB) pontua na quarta colocação para senador,
aparentemente longe do escalão que parte na frente, mas é o mais longevo
político estadual com mandato e com um portfólio de ações concretas em Rondônia
capaz de oferecer durante a eleição um conjunto de feitos que pode levar a uma
reflexão de comparação em relação aos concorrentes. Mesmo sendo um estado
majoritariamente bolsonarista, há um eleitorado silencioso, que não expressa as
posições, e que pode migrar em direção à reeleição de Moura. Por ser um
político ‘manhoso’ e de uma resiliência enorme, é bom o pelotão da frente
espiar para ele que larga atrás, uma vez
que dos lulistas rondonienses o senador Confúcio já conquistou os votos.
BRAÇADA
Marcos
Rocha, Marcos Rogério, Confúcio Moura, Sílvia Cristina e Delegado Camargo devem
protagonizar a disputa pelas duas vagas senatoriais mais acirrada de todos os
tempos em Rondônia. Todos iniciam a campanha acima de dois dígitos e todos têm
chances de crescimento, dependendo de como vão utilizar as mídias digitais na
campanha. Esqueçam aquela campanha tradicional com a cobrança de propostas.
Atualmente somente quem não está antenado com a realidade digital vai cobrar
feito ladainha uma campanha propositiva. Perda de tempo. Lamentavelmente a
realidade é mais cruel e real e a campanha nessas plataformas vai bombar com “a
nova verdade” e posições que beiram à
imbecilidade. Nadará de braçada quem souber utilizar tais ferramentas da
forma mais extensa e “malandra”, infelizmente. O resto é lorota de intelectual.
INESPERADO
Segundo
os dados pesquisados pela Paraná para o Senado Federal, tudo pode acontecer em
Rondônia. Seis candidatos pontuam com dois dígitos e cinco disputam o mesmo
eleitor que professa a ideologia de direita, o que tende a levar essa maioria
eleitoral a se dividir pulverizando os votos do espectro. Os eleitores de
esquerda não chegam a trinta por cento, mas o percentual que declara votos na
esquerda somados ao eleitor médio e esclarecido do centro pode dar uma vitória
inesperada ao candidato mais próximo do lulismo.
ABERTA
Isto
significa, ocorrendo a hipótese acima suscitada, uma eleição imprevisível para
o Senado. Está aberta a disputa e qualquer um dos concorrentes com pontuação de
dois dígitos pode vencer. E quem parte na frente pode tranquilamente perder
fôlego e terminar derrotado: algo muito
corriqueiro em eleições rondonienses, especialmente para o Senado.
PODCAST
Começamos
a gravar as entrevistas com os pré-candidatos a governador que publicamente
anunciarem a intenção real em disputar o governo de Rondônia. Na próxima semana
vamos veicular a entrevista de Hildon Chaves (PSDB) primeiro pré-candidato
oficialmente lançado. Estamos agendado com Fernando Máximo, Adailton Fúria e
Sérgio Gonçalves. A um ano das eleições, são estes quatro nomes hoje lembrados
pelo eleitor para a vaga governamental. Não convidamos Marcos Rogério porque em
entrevista recente anunciou que é candidato à reeleição em obediência a decisão
do padrinho Jair Bolsonaro. Caso volte a pleitear o governo, será convidado.
BLEFE
Não
estão na lista dos entrevistados Ivo Cassol e Lúcio Mosquini em razão do
primeiro estar inelegível e, o segundo, ter anunciado um blefe quando disse que
era candidato à sucessão de Marcos Rocha. Caso o cenário mude em relação aos
dois, também serão convidados. Aliás, Ivo até que foi convidado. Não como
pré-candidato, mas pela capacidade de produzir um conteúdo explosivo quando as
entrevistas são conduzidas sem submissão, isenta dos blefes.
TALIÃO
O
podcast Resenha Política também entrevistou o Secretário de Segurança Pública
do Estado, coronel Vital, que fez declarações corajosas e polêmicas. Para ele,
o delinquente com reiteração ao crime deveria receber uma pena descrita no
Código de Talião, ou seja, “Dente por dente. Olho por olho”. Também classifica
os movimentos do trabalhadores rurais sem terra de terroristas. A entrevista
será veiculada na próxima semana. Vale a pena conferir e comentar.
AREJAMENTO
Na
sequência, para arejar o ambiente, o podcast entrevista o psiquiatra e
intelectual Henrique Nascimento que aborda os problemas emocionais que acometem
um número expressivo de pessoas da era digital.
TERRORISTA
Ninguém
em pleno juízo deveria tratar o influencer Enzo Master e aprendiz de terrorista
como uma maluco qualquer ou, equivocadamente, um simplório irresponsável pelo
ato criminoso em colocar um artefato (falso) no aeroporto com o objetivo de
causar pânico na capital. O ato criminoso deveria ser enquadrado como
terrorismo, visto que a conduta do suposto influencer era de causar violência
psicológica à população e às autoridades. O terrorismo não se define apenas
pelo uso da violência física, a tortura psicológica atrai o tipo penal. Caso seja
diagnosticado com traços de debilidades mentais, que seja interditado,
inclusive o acesso à internet.
LIVRE
A
patifaria que fez revela bem o caráter belicoso do indigitado e merece passar
um bom tempo confinado para refletir o ato insano e criminoso que praticou.
Saiu barato a decisão responder livremente sem sequer uma mínima reprimenda
pelo que fez. Por condutas menos
danosas, outros ficam presos preventivamente. Com se autodenomina
"influence", sem restrições para acessar a internet, vai continua nas
plataformas digitais agindo a margem da normalidade.
As cenas violentas protagonizadas por lulistas e bolsonaristas são altamente reprováveis
VIOLÊNCIAAs cenas violentas protagonizadas por lulistas e bolsonaristas, na última sexta-feira, nas imediações do Palácio das Artes, durante o evento
A entrevista com Sandro Rocha, atual diretor-geral do Detran, teve enorme repercussão
FLOPOUEmbora o evento na capital, convocado pelos bolsonaristas no domingo passado com o objetivo de protestar contra o ministro Alexandre de Moraes
Veja a entrevista: