Quarta-feira, 16 de julho de 2025 - 11h40
LIVE
Foi de uma
ingenuidade a live do vice-governador, Sérgio Gonçalves, que utilizou das
ferramentas digitais para se defender das acusações de traidor feitas pelo
governador Marcos Rocha. Além da perda do time – aguardou mais de uma semana
para dar as explicações -, Gonçalves fez uma fala defensiva, piegas e
vitimizado com a situação. Nada na live ajudou o vice que tenta se viabilizar
como candidato a candidato a governador, muito pelo contrário, revelou seu lado
fraco, taciturno e encurralado.
RACHA
Como a relação entre
ambos (governador e vice) azedaram de vez e os assessores que os rodeiam ajudam
a jogar gasolina nessa fogueira de vaidades, era uma boa oportunidade de ter
feito uma fala altiva, direta e sem melancolia. O que assistimos é um
racha que não é bom para ninguém, muito menos para o Governo, embora muitos
estejam comemorando nos dois lados. Logo, quando a poeira baixar, verão a
bobagem que fizeram.
IDIOTICE
Quem ouve atento e
sem tomar partido dos lados dessa desavença do governador e o vice, percebe o
quão foi inábil Sérgio Gonçalves ao se deixar influenciar por quem não enxerga
política além do próprio nariz numa articulação idiota para que o Legislativo
Estadual declarasse vago o cargo de governador pelas razões amplamente
conhecidas.
GOLPE
Quem conhece a alma
da maioria dos parlamentares rondonienses sabe antecipadamente que contar com
eles para um golpe, antes de qualquer coisa, avaliam as probabilidades da
vitória e ficam sempre ao lado do mais forte. E se desgrudam do lado mais fraco
sem nenhuma pena. E Sérgio é a outra banda fraca dessa briga e que terminou
sentindo o golpe entrar no meio das próprias bandas.
TRAIÇÕES
Não há atividade mais
fértil para traições do que na política. Em Rondônia, como na maioria dos
demais estados, grupos políticos sólidos de anos que trocam amabilidades e
juras de amor eternos brigam e tornam-se adversários ferrenhos. Os exemplos são
inúmeros: Jerônimo X Olavo, Raupp X Cassol, Junior X Cassol, Acir X Marcos
Rogério, Junior X Bianco, Marcos Rocha X Jaime Bagattoli, entre outros. Portanto,
a suposta traição do vice contra o governador não é algo novo em nossa
política. Porém, abominável.
TEMPO
Na política, arte e
medicina são bem semelhantes. Todo mundo acha que entende um pouco e se sente
capaz de dar palpites. Um bom confronto de posições políticas num boteco
alivia tensões, pode levar a contusões e a inimizades. Saber dosar o confronto
é o segredo para novos e eternos encontros. Tanto Marcos Rocha quanto Sérgio
Gonçalves precisam de tempo para diminuir as tensões, desarmar os espíritos e
se livrarem do ódio. Se forem inteligentes, reconstruiriam os projetos,
restabeleceriam uma forma possível de convivência e delimitavam os
espaços de atuação, e o faço na forma de palpite.
QUEIMADAS
Ano passado as
queimadas causaram transtornos de toda ordem aos rondonienses, seja na
economia, seja na mobilidade, seja na saúde. Os meses agosto e início de
setembro tendem a ser os mais complicados com as queimadas e os céus de
Rondônia perdem o azul descrito no seu hino para um céu cinza e esfumaçado. Preocupada
com a garantia da qualidade de vida do seu cidadão, a prefeitura de Porto Velho
está se mobilizando para impedir que as queimadas criminosas se intensifiquem,
motivo pelo qual um trabalho preventivo de educação ambiental já vem sendo
promovido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Sema).
VIGILANTE
Quem conhece o
secretário Vinicius Miguel sabe que ele é duro com os crimes ambientais, uma
vez que é um especialista na área e com posições firmes sobre a preservação do
Meio Ambiente. A população agradece porque ninguém aguenta passar pelo que
passamos ano passado. O problema foi tão crítico que por diversos dias os voos
foram suspensos devido à fumaça que encobriu os céus de Rondônia. Vini está
vigilante para que este ano não passemos pelas agruras do ano passado.
PODCAST
Na quinta-feira, no
podcast Resenha Política, veicularemos a entrevista com o deputado estadual
Alex Redano, presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia. Durante
cinquenta minutos o parlamentar analisa os últimos acontecimentos políticos do
estado e avalia a produção legislativa do nosso parlamento, inclusive sobre as
críticas de projetos inconstitucionais. Também traça um prognóstico sobre as
eleições de 2026 e, para surpresa dos incautos, fala sobre ter celebrado a paz
com o ex-vereador Rafael Fera (Ariquemes), seu conhecido desafeto. Vale a pena
assistir a entrevista.
CASSAÇÃO
Alex Redano também
descarta uma suposta cassação do vice-governador Sérgio Gonçalves que vem sendo
algo bem comentado nos bastidores da política estadual. Segundo ele, tudo não
passa de mera especulação e qualquer proposta nesse sentido tem que estar bem
fundamentada e com a adequação jurídica pertinente aos fatos. Como essas
conjecturas começam com meras especulações é sempre bom ficar com um olho no
padre e o outro na missa para que ninguém seja surpreendido. Onde há fogo
sempre tem fumaça. Apesar dos esforços para evitá-la.
CONDENAÇÃO
Apesar dos esforços
da família Bolsonaro para tentar impedir que o chefe do clã seja condenado por
diversos crimes, segundo a Procuradoria Geral da República, inclusive com a
pressão de Donald Trump, ao que parece, nossa Suprema Corte está dando de
ombros nas pressões e tende a condenar o “mito” por mais de três dezenas de
anos de cadeia. A condenação é favas contadas, razão pela qual vemos toda
pressão estrangeira e interna contra o STF. Para que se salve, o ex-presidente
Jair Bolsonaro chegou a tecer palavras amáveis ao ministro Alexandre de Moraes
como forma de minimizar a pressão.
CHEFETE
O ministro Alexandre
de Moraes, conhecido nos meios forenses como um doutrinador equilibrado na
corte Suprema, não cedeu um milímetro as pressões e as chantagens dos
bolsonaristas. E tem colocado em cana todos aqueles que tentaram dar um
golpe: um a um estão sendo condenados a penas duras. Com o chefe da intentona
não vai ser diferente.
IMPREVISÍVEL
Ninguém ainda sabe
mensurar corretamente os estragos que as taxas de impostos baixadas por Donald
Trump contra os produtos brasileiros vão causar em nossa economia. Como o
presidente americano é imprevisível, há quem aposte que essas taxas não serão
cobradas a partir de agosto, conforme prometeu. A única previsão que podemos
abstrair desse tarifaço é que os reflexos políticos para o governo Lula foram
positivos e viraram uma tremenda dor de cabeça para os bolsonaristas que,
quando anunciadas, comemoraram. Agora, tão percebendo que foi um tiro no pé. Os
donos do capital são de direita, mas mudam de lado quando seus lucros estão em
risco. É o caso.
PLATÔNICO
Na rede TV CNN,
segunda-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que é apixonado pelo
presidente Donald Trump, mesmo depois da taxação que o amante americano impôs
ao Brasil. Não bastasse a taxação nos produtos brasileiros, Trump ameça agora
acabar com o pix por razões comerciais. Nas eleições de 2022 Bolsonaro fez de
tudo para perder para Lula, em 2026, ao que parece, usa da mesma estratégia. O
curioso é que Donald Trump revelou que "não é amigo de Bolsonaro, embora
seja um bom homem". Deduzimos, portanto, que seja uma relação de amor
platônica.
OPERAÇÕES
Depois meses de
calmaria em Rondônia as operações policiais voltaram a desvendar relações
prosmícuas de agentes públicos com a "viúva". Agosto, que é
tradicionalmente mês de cachorro louco, as coisas devem piorar.
PGR
A Procuradoria Geral
da República apresentou as alegações finais contra o primeiro grupo acusado de
atentar contra o Estado Democrático de Direito, entre outros crimes, com
pedidos de penas duras para todos, inclusive Jair Bolsonaro. É possível que o
ex-presidente se safe de alguma das imputações, mas a condenação é dado como
certa para a maioria dos penalistas. Mesmo que seja condenado em regime inicial
fechado, a idade e as condições saúde, podem livrar Bolsonaro de cumprir a cana
numa Penitenciária Máxima, visto que em casos similares a jurisprudência
permite o recolhimento domiciliar. Mas com restrições rigorosas. Ele
começou a luta para ser "descondenado".
Vários cenários estão se desenhando para as eleições de 2026
AUTOFAGIANão há uma crise institucional instalada no estado em razão das desavenças entre o governador Marcos Rocha e o vice, Sérgio Gonçalves. O que
A quebra de confiança entre Marcos Rocha e Sérgio Gonçalves
RETORNOEm entrevista ao programa de Everton Leoni, após um final de semana em completo silêncio, o governador Marcos Rocha chancelou a Nota Pública