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Brasileiro passa a temer mais a guerra do que o coronavírus

Cobertura da mídia e redução de medidas restritivas contribuem para a mudança de percepção, avalia o sociólogo Antonio Lavareda


Professor Antonio Lavareda - Presidente do Conselho Científico do Ipespe - Gente de Opinião
Professor Antonio Lavareda - Presidente do Conselho Científico do Ipespe

O prolongamento da guerra na Ucrânia está ocupando o lugar da pandemia como grande temor do brasileiro. A conclusão é da pesquisa que o Ipespe divulgou na última sexta-feira (11.03). Segundo o levantamento, o medo da ampliação do conflito atinge 65% da população, enquanto os que ainda estão “com muito medo” do coronavírus somam agora 15%, bem abaixo dos 23% da última medição.

Em relação à pesquisa anterior do Ipespe, o índice dos que não têm medo do coronavírus subiu de 38% para 48%. “Os números são explicados pela centralidade na mídia da guerra na Ucrânia, acompanhada do recuo da quantidade de casos e o anúncio da desativação de medidas restritivas em várias cidades”, comenta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda.

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos brasileiros acha que a Ucrânia tem mais razão no conflito com a Rússia, mas apenas 29% defende que o Brasil apoie o país no confronto que acontece no Leste Europeu. O resultado foi comentado por Lavareda: “a solidariedade do brasileiro com a Ucrânia tem limites.”

Na pesquisa, 56% dos entrevistados deram razão à Ucrânia; 8% apontaram para a Rússia e 17% disseram que nenhum dos dois países tem razão. Os que defendem que o Brasil fique neutro nessa disputa atingiram 62%; apenas 2% defendem um posicionamento pró-Rússia.

A postura do presidente Bolsonaro no conflito é vista como “total ou parcialmente correta” por 42% dos entrevistados; outros 48% consideram a postura presidencial “total ou parcialmente errada”.

Para Lavareda, a opinião pública praticamente se divide nesse tema. Ele lembra que essa discussão não foi incorporada até o momento à pré-campanha eleitoral. “O encontro de Bolsonaro com Putin dias antes da invasão, muito criticado, parece não ter produzido efeitos negativos nessa dimensão. Sua conduta é respaldada por um percentual muito superior ao da sua aprovação geral. Mas estamos longe de ter um quadro definitivo. Quando os efeitos da guerra se fizerem sentir com mais força será oportuno revisitar a questão.”

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