Quarta-feira, 3 de setembro de 2025 - 16h51
O Governo Federal, por meio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e
da Controladoria-Geral da União (CGU), pediu investigação da Polícia Federal
sobre a concessão do Seguro-Defeso do Pescador Artesanal em diversos municípios
brasileiros.
O pedido ocorre após apurações conduzidas pelos dois ministérios
constatarem indícios de dois tipos de práticas criminosas. Em um dos tipos,
atravessadores estariam coagindo pescadores artesanais legítimos a repassarem a
eles parte de seus vencimentos. Em outro, os atravessadores, em troca de
remuneração, estariam induzindo e orientando pessoas que não têm direito ao
Seguro-Defeso a obter o benefício de forma irregular, por meio de fraude e
declaração de informações falsas ao governo.
“Adotamos uma medida preventiva de gestão para maior controle do
programa, com a realização de uma auditoria por iniciativa do governo, e
constatamos casos muito graves em que pessoas sem direito ao benefício eram
orientadas sobre como obtê-lo, em troca de parte do valor recebido”, relata o
ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho.
“É muito sério ver uma política pública, criada para proteger as
famílias de pescadores e os recursos pesqueiros, que precisa de meses de
interrupção da pesca para se recuperar, sendo desvirtuada apenas para ganho de
alguns criminosos. O governo sempre atuará para combater as fraudes, de modo a
assegurar o pagamento a quem de fato tem direito”, destaca o ministro da Pesca
e Aquicultura, André de Paula.
As apurações realizadas pela CGU fazem parte da
primeira etapa de uma auditoria que já integrava o Plano Anual de Atividades de
Auditoria Interna (PAINT), antecipadas por decisão do governo federal. Até o
momento, ela incluiu entrevistas em 23 munícipios de 7 estados com elevada
proporção de beneficiários do Seguro-Defeso. Os primeiros achados da auditoria
– que só deve ser concluída em dezembro – já foram enviados, em sigilo de
justiça, à Polícia Federal.
APRIMORAMENTO DE GESTÃO - Além de aprofundar as investigações,
o Governo Federal também anunciou novas medidas para o controle dos requisitos
legais e a proteção dos profissionais legítimos que recebem o benefício do
Seguro-Defeso do Pescador Artesanal.
Com o objetivo de fortalecer os mecanismos antifraudes, o Ministério do
Trabalho e Emprego passará a fazer verificação presencial dos requisitos para
habilitação como uma etapa de validação do requerimento digital, que hoje é
realizado integralmente de modo remoto, por meio do aplicativo e da central de
atendimento telefônico do INSS.
Em um primeiro momento, o MTE deslocará equipes para atuar nos estados
do Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará e Piauí. Juntos, estes cinco estados
concentram 75% de todos os pescadores artesanais registrados no país.
“As equipes vão atuar com o propósito de assegurar os direitos dos
pescadores artesanais que, de fato, atuam de forma exclusiva e ininterrupta. O
compromisso do governo é garantir um processo ágil e transparente em benefício
dos pescadores e pescadoras que vivem de seu trabalho,”, aponta Luiz Marinho,
Ministro do Trabalho e Emprego.
O PROCESSO – previsto para ter início em outubro, mês que coincide com o aumento
dos pedidos de Seguro-Defeso – envolverá critérios mais rigorosos para a concessão
do benefício. Com isso, o MTE passará a verificar as seguintes documentações e
informações:
Segundo o MPA e o MTE, as medidas reforçam o compromisso com a justiça social, a transparência e a proteção dos direitos dos pescadores artesanais que dependem da atividade para garantir sua subsistência.
AÇÕES DE GOVERNO - As ações anunciadas neste dia 3 de setembro
fazem parte de um esforço constante do Governo Federal para combater fraudes no
programa e garantir o Seguro-Defeso a quem de fato tem direito a ele.
Desde setembro de 2024, a Lei nº 14.973/2024 exigiu o cadastro
biométrico a todos que quiserem requerer o Seguro-Defeso. Todos os pescadores
artesanais deverão possuir Carteira de Identidade Nacional (CIN) até dezembro
de 2025, medida que garante ainda mais segurança para a identificação dos
beneficiários.
Em junho deste ano, a Medida Provisória nº 1.303 limitou a concessão do
benefício à dotação orçamentária do ano e previu a homologação da situação do
pescador localmente, que será feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Além disso, o Decreto nº 12.527, publicado no final de junho, determinou
a revisão periódica do Seguro-Defeso e a limitação da sua concessão às pessoas
que moram perto em municípios abrangidos pelas portarias do Seguro-Defeso.
Estabeleceu também a obrigatoriedade de os pescadores apresentarem, anualmente,
o Relatório de Exercício da Atividade Pesqueira (REAP), no qual o pescador deve
informar as espécies pescadas e quantidades.
Ao longo do ano de 2025, medidas de saneamento do Registro Geral de
Pescadores (RGP) já levaram ao cancelamento de 312.707 cadastros.
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