Domingo, 29 de março de 2009 - 20h36
Danilo Macedo
Agência Brasil
Brasília - O Brasil já recolheu mais de 100 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos usados pelos agricultores desde que entrou em operação o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), em março de 2002. A taxa de retorno chegou, em 2008, a 95%, bem superior à de outros países que têm programas semelhantes.
Segundo o coordenador de agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luís Carlos Rangel, o Canadá, o Japão e os Estados Unidos têm taxa de retorno entre 20% e 30% das embalagens. O diferencial brasileiro, segundo ele, é o sistema de fiscalização aplicado aqui, no qual o revendedor e o comprador são identificados e a devolução das embalagens monitorada, inclusive com punições previstas.
“Esse é o sistema que o Brasil identificou como sendo o mais inteligente e que estamos conseguindo ensinar para o resto do mundo para que eles também possam agregar esse conhecimento para o sistema de recolhimento de embalagens deles”, afirmou Rangel.
O Inpev, uma entidade sem fins lucrativos criada para gerir a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos, foi criado no fim de 2001 e conta, entre seus associados, com 99% das empresas fabricantes de defensivos agrícolas do Brasil e as sete principais entidades de classe do setor. Os recursos para seu funcionamento vêm das contribuições que cada empresa dá ao instituto, proporcionais ao seu faturamento.
Cerca de 95% das embalagens recolhidas são recicladas e as restantes, incineradas. O ganho ambiental gerado pelo volume reciclado em seis anos do programa equivale, segundo o instituto, ao plantio de 491 mil árvores, ou 98 mil toneladas de gás carbônico - o principal gás do efeito estufa - a menos na atmosfera. O sistema gera mais de 2,5 mil empregos diretos e indiretos.
O presidente da Câmara Setorial de Insumos do Ministério da Agricultura, Cristiano Simon, acredita que o programa pode servir de exemplo para outros setores.
“É considerado um exemplo mundial de um trabalho onde todos participam: o agricultor, a revenda e, principalmente, a indústria, subsidiando esse trabalho. Faz o que era um lixo rural, que contaminava o meio ambiente, numa mercadoria útil, através da produção de tubos pra fibra ótica, de recipientes plásticos para lubrificantes, até embalagem para defensivo agrícola. Todos participam em uma cadeia de cooperação exemplar e que poderia servir para outros setores que estão preocupados com o meio ambiente e com a sustentabilidade”, relata Simon.
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