Terça-feira, 31 de março de 2009 - 21h01
No Acre e oeste e sudoeste de Rondônia e Mato-Grosso, os próximos meses reservam temperaturas abaixo dos padrões.
Amanda Mota
Agência Brasil
Manaus - O nível das águas dos rios da bacia do Amazonas no primeiro semestre de 2009 deve ficar apenas um centímetro abaixo da média registrada no mesmo período em 1953, quando houve a maior cheia no estado. A informação é do superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil (CPMR), Marco Antônio Oliveira, que, nesta terça-feira (31), apresentou, em Manaus, o primeiro alerta de cheia para o estado em 2009. Segundo Oliveira, a cheia deste ano no Amazonas será de grande magnitude e pode ser a segunda maior já registrada nos últimos 100 anos no estado.
"Tudo indica que a cheia de 2009 vai se aproximar bastante da maior cheia já registrada no estado, que foi em 1953. Pelas nossas previsões, a cheia deste ano será de grandes proporções para a Bacia Amazônica. Esse tipo de cheia ocorre a cada 50 anos e, com relação à cheia de 1953, em 2009 o nível das águas deverá ficar apenas um centímetro abaixo da média registrada", declarou.
De acordo com o superintendente, este ano, o nível das águas no Amazonas pode atingir a marca dos 29,68 metros. Se isso acontecer, o registro de 2009 ficará atrás, apenas, dos anos de 1953 (29,69 metros); 1976 (29,61 metros); e 1989 (29,42 metros). A margem de erro é de 35 centímetros para mais ou para menos. Ainda segundo o CPMR, o nível dos rios no Amazonas tem subido em ritmo acelerado, com média de cinco centímetros por dia. Em Manaus, o nível do principal rio da cidade – o Rio Negro – está na marca dos 27, 45 metros. O objetivo do alerta de cheia é identificar que tipo de cheia haverá no estado no ano corrente.
"O alerta nos permite prever se teremos cheia de grande magnitude ou não e, com isso, preparar a população. Temos que aguardar o nível das chuvas e o comportamento dos rios. Por hora, sabemos que é uma cheia de grande intensidade, que deve afetar a população dos igarapés das bacias do São Raimundo e Educandos [dois dos quatro rios que cortam a cidade de Manaus] e também do interior do estado. O período de águas altas ainda deve se manter por volta de dois meses", acrescentou Oliveira.
A apresentação realizada nesta terça-feira na sede do CPMR em Manaus considera que a cheia é um evento climático anual que pode ocorrer com maior ou menor intensidade em comparação aos anos anteriores. Esse tipo de levantamento no estado é realizado desde 1903. Na Amazônia, o período das chuvas se inicia no fim do ano e se estende até maio ou junho do ano seguinte.
O chefe da divisão de meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Ricardo Dallarosa, confirmou que as chuvas no Amazonas acima da média estão sendo registradas desde outubro do ano passado. O evento ocorre em função do fenômeno La Niña (resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico). A média de chuvas deve se manter para o mês de abril nas regiões centro e norte do Amazonas; para Roraima; norte do Pará e Maranhão; e centro e sul do Amapá. No Acre e oeste e sudoeste de Rondônia e Mato-Grosso, os próximos meses reservam temperaturas abaixo dos padrões.
"Estamos caindo para o fim da estação chuvosa e a transição para o fim desse período deve se dar a partir de maio", concluiu Dallarosa.
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